Domingo, dia de eleições municipais no País. Em Brasília, capital da República, só votam aqueles que não votam em ninguém.
Mais de 200 mil eleitores cumpriram a democrática obrigação de justificar o voto. Quer dizer, votaram como se concordassem com a legislação eleitoral; consagraram na urna o ditatorial voto obrigatório.
De qualquer maneira, melhor é desvotar desse jeito do que ser obrigado a escolher entre o ruim e o menos pior que já nos foram impingidos pelos caciques das facções políticas.
Como tenho 54 anos a mais que 16, estou livre, leve e solto para renegar mais esta imposição da democracia com jeitinho brasileiro.
Estou feliz da vida, porque não dei meu voto para os próximos prefeitos de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Belém, Salvador, Recife, Fortaleza, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre e Pelotas, a "minha pátria pequena que deixei no Sul".