O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

31 de ago. de 2009

ELAS & ELES



Dilma Rouchefe é hoje para Lula o que Zélia Cardoso foi ontem para Fernandinho Beira-Collor.























O MAL QUE FAZEM AO BRASIL

Um dos piores efeitos que um criminoso provoca é o sentimento bandido que ele passa para as pessoas de bem. Ele transfere para a sociedade o seu instinto, a sua bestialidade e o cidadão de paz passa a ter o desejo de fazer com ele o mesmo que ele fez com sua vítima. Isso é vingança.

O pior efeito que um governo pode provocar no povo é invadir a sua consciência. A banalização do escândalo e da esperteza provoca o sentimento da impunidade e traz a idéia de que os fins justificam os meios. Como tudo é possível – de golpes de referendo a cartões corporativos – o povo passa a agir como o governo; age tão sem moral e tão sem respeito quanto o governo. Isso é patifaria.

O governo roubou a auto-estima do povo. Faz com que ele se sinta bem com uma cômoda bolsa-esmola e na ociosidade do desemprego. Nuncanessepaís se viu o brasileiro tão feliz por ser um zero à esquerda. Isso é humilhação em forma de controle social.

Hoje, a maior perspectiva de vida do brasileiro da "pessoa comum" é ter acesso a uma carteirinha de aliado do governo. O grande sonho é ter um cartão corporativo do governo. Isso é amoralidade, despersonalização.

Educação, saúde, emprego, bom salário, segurança, dignidade, auto-estima, previdência social, casa, comida, transporte, lazer, qualidade de vida... O governo sabe: você é brasileiro, não desiste nunca! Isso é a ditadura que a sistemática maioria produz em qualquer regime. O governo fez do voto a parte mais perniciosa da democracia.

30 de ago. de 2009

MARINA E O IMPACTO

Foto: ABr

Marina Morena levou 30 anos para deixar o PT. Mas quando se pintou de verde, acabou causando o mais poderoso e fulminante imPACto na candidatura do poste preferido de Lula, dona Dima Rouchefe, mãe do PAC.

Marina é o símbolo nacional e internacional da defesa do meio ambiente, da fauna e da flora do Brasil. As obras do PAC são exatamente o avesso do que deve ser feito para melhorar a qualidade de vida no planeta.

O carro-chefe da candidatura de dona Dilma Rouchefe está saindo dos trilhos antes mesmo de entrar, já que emPACou justamente nos males que causaria a todos nós. O PAC afinal só serve para fazer os olhos de Lula tomarem o lugar do seu coração e se voltarem para o notável Antônio Palocci, mais uma "pessoa não comum" do grande colecionador de biografias, Lula da Silva.

BOLA GENÉRICA

Memória do Futebol
Moisés Preira

Fui assistir ontem ao Documentário do torcedor e cineasta José Carlos Asbeg – 1958 o ano em que o mundo descobriu o Brasil. O filme reaviva a memória da conquista do primeiro título mundial da seleção brasileira de futebol em 1958 na Suécia.

Lembro que acompanhei esta Copa como as de 50 e 54 pelas ondas do rádio e ainda jovem tinha o sentimento da frustração dos jogos contra o Uruguai em 50 e contra a Hungria em 54 na Suíça. Mas, desta vez o Brasil foi vencendo obstáculos durante a competição e encontrando um time que se consagraria finalmente campeão do mundo.
O excelente documentário de Asbeg recupera esta conquista e destaca o primeiro grande momento do futebol brasileiro que surgia para ser o melhor do mundo pelo menos em matéria prima embora carente de organização .

Depoimentos de dezenas de ex jogadores, jornalistas e torcedores de sete países ilustram a obra como testemunhas viva s de uma vitória marcante e memorável que estabelece a descoberta da preciosidade do nosso futebol.

Nelson Rodrigues, cronista, escritor e dramaturgo criou a imagem de complexo de vira latas para representar nosso subdesenvolvimento nas decisões anteriores. E no jogo final quando a Suécia marcava o primeiro gol os fantasmas pareciam reaparecer. Foi quando Didi, o príncipe etíope, pegou a bola no fundo da rede e caminhou até a nova saída conversando com Garrincha, Pelé, Vavá, Zito e Djalma Santos. E a virada aconteceu com o sonoro 5 x 2 consagrando Garrincha, Pelé com 17 anos assombrando o mundo, Djalma Santos que em apenas um jogo foi escolhido o lateral da Copa e Didi o melhor jogador da competição.
Os depoimentos de lendários ex jogadores europeus como Fontaine, venerando a virtuose daqueles craques e a nar-ração de locutores como Pedro Luis, e Jorge Curi, além de comentários de Luis Mendes também dão um toque de saudade e emoção a quem viveu essa época.

É sem dúvida uma obra imperdível que alem de retratar a melhor seleção brasileira de todos os tempos presta uma justa homenagem a uma seleção que mostrou o Brasil ao mundo e que descobriu Pele o Rei jamais desbancado de seu trono. Em Porto Alegre o documentário está em exibição no Cine Bancários na R. General Câmara. Vale a pena conferir.

28 de ago. de 2009

ACORDO BRASIL VATICANO & OTRAS COSITAS MÁS

A Câmara dos Deputados acaba de aprovar a ratificação de acordo entre o Brasil e o Vaticano, que prevê a instituição do ensino religioso em escolas públicas...

Peraí, tem mais: ensino religioso e isenções fiscais e imunidade das instituições religiosas perante as leis trabalhistas.

Peraí, tem mais ainda: o acordo não foi só com o Vaticano; foi também com a bancada evangélica, forte e firme na segunda maior casa de tolerância do Brasil que abriu o saco de bondades para as demais religiões.

Agora, você vai ver, o Brasil vai ter tanta escola quanto igreja. Vai ter mais que orelhões e, se comerem mosca, terá mais escola e igreja do que telefone celular.
Ensinar de amor e graça o caminho do céu é um paraíso.

Direito & Justiça

Governo escalou Palocci e ganhou. O Brasil perdeu, uma vez mais.

BIOGRAFIA NÃO COMUM

Você, de sã consciência, daria emprego em sua empresa a um pretendente que tivesse um currículo igual ao de Antônio Palocci? Pois, a folha corrida que ele apresenta vira biografia de "pessoa não comum" no momento em que se candidata a uma vaga de governador de São Paulo, ou de presidente da República. Merece todo o respeito dos brasileiros, pois amanhã ele estará examinando o currículo dos nossos filhos.

ATUCANAÇÃO

Um cadáver no colo de Yeda
Moisés Pereira

A Reforma Agrária entrou na pauta dos problemas sociais brasileiros, se a memória não me trái , desde que João Goulart, presidente da República em 1964, lançou as reformas de Base em famoso comício na sexta feira 13 de março na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, e que terminou por desencadear o golpe militar no dia primeiro de abril seguinte.

Passados 50 anos, muitos episódios tem marcado a luta dos colonos sem terra com a bandeira da Reforma agrária ao longo de nosso país. Todos os presidentes, pelo menos depois da democratização, prometem solução para o problema. É justo que se diga que alguns avanços ocorreram, mas num país de dimensões continentais e a grande injustiça de distribuição de renda longe está a paz esperada no campo.

É decorrente desta situação o surgimento do MST e da UDR que representam os extremos nos interesses de proprietários das terras e ocupantes ou invasores em seus movimentos reinvindicatórios.

No Rio Grande do Sul o primeiro grande movimento ocorreu com um acampamento na Encruzilhada Natalino em Sarandi na década de 70. E a partir daí diversas escaramuças vem ocorrendo no decorrer do tempo com o ciclo ocupação, reintegração de posse, grandes manifestações. Dependendo da ideologia dos governantes a administração dos conflitos tem acontecido com mais ou menos diálogo e repressão.

Deve-se lamentar, além da falta de encaminhamento de solução para problema, tragédias provocadas pelos conflitos.

Lembro que há aproximadamente 20 anos um integrante da Brigada Militar foi degolado por um colono no centro de Porto Alegre.

Agora há uma semana na operação da desocupação de uma fazenda em São Gabriel, o sem terra Elton Brum da Silva foi baleado fatalmente pelas costas com uma arma calibre 12 com munição letal que rotineiramente não é usada nesse tipo de operações.

Causa espanto que decorrida uma semana de um crime praticado à luz do dia, em local público, com inúmeros testemunhas, até este momento não tenha sido esclarecido.

A Brigada Militar, os órgãos da polícia e o Ministério Publico, usando todos os recursos de perícia e inteligência não identificaram até agora o autor do disparo.
Convenhamos que o governo Yeda Crusius, que está enfrentando denúncias por improbidade administrativa e uma CPI na Assembléia Legislativa, tudo que não precisava era de um cadáver em seu colo e, pior, por tempo indeterminado.
Protestos e manifestações pipocam em diversos pontos do estado, e a tendência é de que essa situação tenda a agravar-se pelo menos enquanto não for responsabilizado o autor, ou autores do crime.

MAIS UMA "PESSOA NÃO COMUM"

Foto: Marcello Casal/ABr - Da Wikipédia
Agora que recebeu, na visão de Lula, o salvo-conduto do STF, Antônio Palocci já pode - além de processar o caseiro Francenildo por injúria, calúnia, difamação e voyeurismo - Antônio Palocci já pode colocar sua biografia de "pessoa não comum" a serviço dos planos do governo. Ele tem tudo que Lula pode querer para ser candidato a governador de São Paulo, ou até - não duvidem - de dar um chega-pra-lá em Dilma Rouchefe e concorrer ao cargo do próprio Lula em 2010. Saiba o que é preciso para agradar e acalentar os sonhos de Lula, acessando a página da Wikipédia - a enciclopédia livre. Está ali, para quem quiser saber:


Antonio Palocci Filho (Ribeirão Preto, 4 de outubro de 1960) é um político e médico brasileiro, membro do PT, nacionalmente famoso por ter ocupado o cargo de ministro da Fazenda no governo Lula até o dia 27 de março de 2006, quando foi substituído pelo então presidente do BNDES, Guido Mantega. Exerce, atualmente, o mandato de deputado federal pelo estado de São Paulo (2007-2011).

É filho do artista plástico Antonio Palocci e de Antônia de Castro (Dona Toninha Palocci), que foi militante na década de 80 da organização trotskista Convergência Socialista. Formou-se na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Na juventude, militou em diversas correntes radicais de esquerda, destacando-se seu envolvimento na Libelu, corrente trotskista de extrema esquerda. Foi co-fundador do Partido dos Trabalhadores e presidente do PT-SP (1997-1998).


Como servidor da Secretaria de Saúde do estado, criou o ambulatório de saúde do trabalhador. Também chefiou a diretoria regional de vigilância sanitária (Anvisa). Aos 28 anos, depois de ocupar cargos em associações de classe, sindicatos e na CUT, disputou seu primeiro cargo eletivo como vereador. Palocci nunca perdeu uma eleição.

Acusações de corrupção

Palocci é acusado de chefiar um esquema de corrupção da época em que era prefeito de Ribeirão Preto - SP. Através da cobrança de "mesadas" de até 50 mil reais mensais de empresas que prestavam serviços à prefeitura, o ex-ministro da fazenda alimentava os cofres do seu partido, o PT, com dinheiro ilícito. Nada, porém, foi provado até este momento.

Em [[27 de março]] de [[2006]], Palocci foi demitido pelo presidente Lula do cargo de [[ministro da Fazenda]]. Sua situação ficou insustentável a partir da quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro [[Francenildo Santos Costa]], testemunha de acusação contra Palocci no caso da ''casa do lobby'', mansão alugada pela chamada "República de Ribeirão Preto" para servir de sede para reuniões de lobistas e encontros com prostitutas, conforme investigações da [[CPI dos Bingos]].

Francenildo declarou ter visto o então ministro freqüentando a mansão para reuniões de lobistas acusados de interferir em negócios de seu interesse no governo Lula, para partilhar dinheiro além de abrigar festas animadas por garotas de programa. Seu depoimento na CPI foi cancelado por uma liminar expedida pelo STF, a pedido do senador [[Tião Viana]] (PT do [[Acre]]).

O caso envolveu diversos níveis hierárquicos dentro da estrutura do Ministério da Fazenda. Segundo apura a Polícia Federal, o presidente da [[Caixa Econômica Federal]], [[Jorge Mattoso]], teria recebido ordem - sem amparo judicial - do gabinete do ministro para verificar se havia algo suspeito na conta do caseiro.

Descobertos alguns depósitos em dinheiro acima da normalidade da conta, o assessor de comunicação do ministro Palocci, [[Marcelo Netto]], vasou o extrato do caseiro para a revista [[Revista ÉpocaÉpoca]], do grupo Globo de Comunicações, no intuito de desmoralizá-lo. Com a matéria de capa na edição de 19 de março, a revista insinuou que estes pagamentos poderiam estar sendo feitos por membros da oposição, numa alusão de que Francenildo poderia estar sendo pago para mentir.

O [[COAF]] (órgão subordinado ao ministro) abriu um processo contra Francenildo por lavagem de dinheiro. Descoberto que os depósitos eram legais, a imprensa virou-se contra o governo, estupefata com o crime de quebra de sigilo cometido pelo próprio Estado.

Após uma semana de desmentidos, acusações da oposição, protelamento de depoimentos e com a pressão dos meios de comunicação e da opinião pública, Lula alegou "quebra de confiança" e pediu o afastamento do seu mais importante ministro, último homem de sua estrita confiança que ainda permanecia no governo. Assumiu o cargo o presidente do [[BNDES]], [[Guido Mantega]]. Saíra também Jorge Mattoso, que foi indiciado pela Polícia Federal, além de parte do segundo escalão do ministério.

Palocci agora deverá enfrentar indiciamentos pelos crimes investigados na sua gestão como prefeito de [[Ribeirão Preto]].

Mas isso só vai melhorar sua situação, como se pode depreender aí no rodapé a seguir:
RODAPÉ - Como vem escapando de todos os processos - sem ser considerado inocente em nenhum caso até agora - Palocci volta a ter a folha corrida ideal para o governo fazê-lo candidato a qualquer coisa nesse país. Até mesmo à Presidência da República. Ele e seus fãs estão se lixando para a opinião pública.

REPÚBLICA DOS CALAMARES

Foto: AgSenado
Jucá - hoje líder de Lula como o foi ontem de FHC - explicou, mas não justificou nem convenceu.

Não importa o que digam Lula e seus mais recentes porta-recados da voz do dono sobre a segurança nos porões do Palácio. Agora já se sabe como é fácil seqüestrar ou sabe-se lá fazer o quê com um presidente nesse país. E mais ainda: sabe-se que Dilma não é a única mentirosa dessa democracia clara, de olhos azuis.


Antônio Palocci foi parar nos arquivos placáveis do Supremo Tribunal Federal. Resta saber quando é que o caseiro Francenildo vai ser preso. Deve ser acusado de voyeurismo.


Contas Abertas: Ministério da Pesca completa dois meses e duplica gastos no setor. Quando fizer um ano de vida mole, vai ter multiplcado por 12 a farra com os anzóis. Já se vê que por lá, o mar está pra peixe.

O governo Lula diz que nuncanessepaís se combateu tanto a corrupção. É o jeito de tentar dizer que a corrupção sempre existiu, mas que agora aqueles que provocam azia em Lula podem publicar o que sabem em seus jornais. Até pode ser também, mas não foi o governo Lula que inventou a liberdade de expressão. Se pudesse já teria posto em prática o Conselho Nacional de Comunicação que vem tentando implantar desde que bototu o pé no Palácio para monitorar o jornalismo.

27 de ago. de 2009

VÁ PARA A ARGENTINA

Foto: ig.com.br

O Brasil foi um dos primeiros a ter gripe suína e vai ser um dos últimos a sair dela. Essa frase de efeito não saiu ainda do Ministério da Verdade, comandado por Franklin Martins.

A dura realidade é que o governo Lula não soube e não sabe o que fazer contra essa pandemia: limitou o uso do Tamiflu como se fosse uma medida técnico-científica para enfrentar o mal, mas apenas estava escondendo o fato de que não providenciou o estoque suficiente do remédio que acaba com o risco de vida que a gripe provoca.



O Ministério da Saúde adverte: o Brasil é o campeão mundial de óbitos por gripe suína. A persistirem os sintomas, vá para a Argentina.

Suplicy escapa de levar uma bolacha de Heráclito

Fotos: Geraldo Magela/AgSenado
Na hora em que Suplicy deu um soco na mesa, durante o bate-boca com Heráclito Fortes, todo mundo pensou que o senador-pugilista amador-cantor com síndrome de Supla ia levar uma bolacha...

Não, porrada, não! Uma bolacha daquelas que Heráclito parece estar mastigando sempre que usa o plenário com aquele ar de quem fala de boca cheia.

26 de ago. de 2009

Brasil, Campeão Mundial em Gripe Suína!

Pronto! Confirmadas, pela Agência Reuters, as previsões do Sanatório da Notícia sobre a liderança absoluta do Brasil em casos de gripe suína. E o pior é que a notícia foi dada com orgulho e plena convicção de impotência pelo Ministério da Saúde deste país em que, para o presidente Lula, "a saúde é quase perfeita"! Deve ter sido um ato falho. Ele quis dizer na época "a doença é quase perfeita". Mas, leia o que Reuters já mandou para o mundo inteiro:

Brasil supera EUA e lidera
mortes por H1N1, diz ministério

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil é o país com a maior quantidade de mortes causadas pela gripe H1N1 no mundo em números absolutos, embora tenha apenas a sétima taxa de mortalidade entre os 16 países com maior número de óbitos, informou boletim do Ministério da Saúde nesta quarta-feira.

De acordo com o relatório, foram registradas 557 mortes no país até o dia 22 de agosto, o que põe o Brasil no topo do ranking de óbitos causados pela doença no mundo, à frente de México (179), Argentina (439) e Estados Unidos (522 mortes). O total de mortes nos EUA foi atualizado pela última vez no dia 15.

Foto: R. Stuckert/PR

RODAPÉ - Só com a gripe suína o Brasil já está em primeiro lugar no ranking, imagine quando começarem a computar os óbitos por febre amarela, malária, dengue, linfomas pelo SUS, bala perdida e tuberculose! (A foto é antiga; tão antiga quanto a promessa que faz o pano de fundo).

CRUZES!!!

Olha só Moisés Pereira, o romanesco jornalista Carlos Eduardo Behrensdorf inticando com os vascaínos. Trata-se, já se vê, de um mero e simples botafoguense que logo estará nas arquibancadas da 2a Divisão do futebol brasileiro, torcendo pelo reles Botafogo que estará ocupando a vaga deixada pelo pujante Vasco da Gama nesta barbada que é a Série B. Veja o que ele, adentrando o teu gramado, mandou baixar ao Sanatório:



CRUZ DE MALTA - A cruz de Malta ou cruz de São João. Baseada nas cruzes usadas desde a Primeira Cruzada. Emblema dos Cavaleiros de São João, que foram levados pelos turcos para a ilha de Malta.
Esta é a Cruz de Cristo
CRUZ PÁTEA - O Club de Regatas Vasco da Gama, para homenagear Vasco da Gama que deu origem ao nome do clube, adotou Cruz de Malta supondo que o navegador utilizava tal símbolo em sua velas. Na verdade, o símbolo que usam é a Cruz Pátea, a qual chamam de Cruz de Malta, consagrando o equívoco..






BOLA GENÉRICA

GRÊMIO NO DIVÃ
Moisés Pereira

Um assunto que é recorrente no noticiário esportivo gaúcho está também chegando às redações do centro do país. Afinal qual é a razão que impede o Grêmio de obter vitórias em jogos quando joga como visitante neste campeonato brasileiro? Ouve-se diagnósticos os mais variados tanto intra-muros no estádio Olímpico como externamente na mídia e na torcida.

Entre tantas teses tem-se falado muito em problemas psicológicos. Sinceramente não penso que seja esta a razão. Invertendo a questão, seria psicológico o motivo de os adversários do Grêmio não ganharem no Estádio Olímpico.

Recorro à estatística, embora tenha restrições em relação aos números para explicar as incidências do futebol. Até porque a estatística - como dizia Leon Eliachar - é que nem biquíni , mostra tudo e esconde o essencial.

Mas a soberana realidade registra que a prevalência de vitórias dos times quando jogam em seu estádio é definitiva no futebol brasileiro em todos os campeonatos e também em outros países, incluindo as competições internacionais. São muitos os fatores que determinam a vantagem dos times locais, ambiente, pressão da torcida, viagem, adaptação ao campo, postura do adversário, estratégia e disposição tática diferente daquela praticada em casa etc.

Assisti à maioria dos jogos do Grêmio como visitante, pela televisão, e até ao melhor deles - ao vivo - no estádio Palestra Itália em São Paulo.

O Grêmio perdeu quando jogava desfalcado na Copa Libertadores, quando teve jogadores expulsos em duas vezes, pelo menos, por erro de arbitragem e perdeu principalmente porque foi inferior animicamente e tecnicamente em outras oportunidades. Aliás, perdeu até quando jogou melhor que o adversário.

Enfim foram derrotas que o futebol explica por si só e procurar razões fora dele é mais um derivativo desses que a mídia estimula para gerar assunto e ocupar os consagrados espaços dedicados ao esporte nos nossos meios de comunicação.

O Grêmio vai voltar a ganhar logo fora de casa. Pode ser contra o Botafogo no próximo domingo. E aí será a grande notícia que sepultará a polêmica. “Porque o Grêmio não ganha fora de casa”?

CARTÕES

Outro dia, acometido pela síndrome de Supla, Eduardo Suplicy cantou em inglês no plenário; ontem mostrou cartão vermelho para um Sarney que nem estava na sessão; logo socou o púlpito que nem reagiu. Hoje levou um arco-íris de cartões. Inclusive um debochativo "cartão branco da paz" do próprio malhado presidente do Senado. Desse jeito Suplicy vai descobrir na velha fonte que o melhor mesmo é relaxar e gozar.

Houve quem dissesse até que Sarney teria sussurrado pelos corredores que prefere mesmo é um green-card. No fundo, no fundo, no fundo - diria Lula, falando de cátedra - eles preferem é um bom cartão de crédito.

De sua parte, a gente sabe, o que Lula e seus aliados mais gostam de usar é o cartão corporativo. Serve pra tudo e mais um pouco: de tapioca a bolsas de grife.

O FASCÍNIO DE SARNEY

Geraldo Magela/AgSenado

Para Lula da Silva, tanto faz que Paulo CaDuque tenha jogado no lixo um time inteiro de ações contra Sarney. O fascinante é que o criador de Marimbondos de Fogo, além de ser uma "pessoa não comum" é "branco de olhos azuis".

O BRASIL É DE MATAR!

O Brasil é de matar! O governo Lula acaba de enrolar outra vez as centrais sindicais - sob seu domínio há muito tempo - que dizem negociar em nome dos trabalhadores brasileiros, dos aposentados e pensionistas da Previdência.

Pois o governo e essas centrais sindicais chegaram a um acordo sobre aposentadorias. Uma pinóia! O governo ditou as regras, na sua mais perfeita forma de ditabranda ou democratura: fez sair na mídia que "aceitou uma proposta das centrais sindicais sobre a política de reajustes para aposentadorias acima de um salário mínimo".

E traduziu: ficou acertado que serão concedidos aumentos equivalentes à inflação mais 50% do PIB de dois anos anteriores (em 2011, por exemplo, o cálculo será feito com base no PIB de 2009). O ganho real desses benefícios em 2010 deve ficar em torno de 2,5%.

Só tem uma coisinha: para "aceitar a proposta" o governo fechou o acordo mediante a promessa das centrais não insistirem na aprovação de três matérias:
1) o texto atual do PL 3.299/08, sobre o fator previdenciário;
2) a emenda do senador Paulo Paim (PT/RS) ao PL 1/07 que garante, às aposentadorias, o mesmo percentual de reajuste do salário mínimo;
3) o reajuste de 16,7% para aposentados e pensionistas que ganham mais que um salário mínimo, aprovado pelo Congresso na forma de emenda à MP 288/06 e vetado em seguida pelo presidente Lula.

Quer dizer, as únicas propostas justas e merecidas, foram dadas de mão beijada por essas centrais que se arvoram a falar em nome da gente, para o governo Lula que espezinha os que trabalharam mais de 40/50 anos, mas que dá - sem qualquer reunião com sindicato nenhum - 10% de aumento no bolsa-família para quem nunca trabalhou nem quer trabalhar.
O Brasil é de matar! É nisso, justamente, que Lula, o Grande Ditador aposta: espera que boa porção dos aposentados e pensionistas batam as botas antes de irem às urnas, empunhando suas bengalas.

O DITADOR

Só não vê quem não quer. Lula é, neste milênio, a mais completa versão civil dos militares mais duros que no século passado promoveram a Redentora de 64. Aquele regime fechou e abriu o Congresso, mas nunca mandou nele. Lula nunca fechou o Congresso mas abriu suas portas e manda nele.

Nuncanessepaís - como gargareja Lula sempre que pode - um presidente interferiu tanto e de maneira tão escancarada, oportunista, imoral, explícita e antipatriótica quanto Lula da Silva. No mercado de oferta & procura que ele abriu nesses quase oito anos - muito mais que de governo, oito anos de poder - Lula descobriu que é mais fácil pagar o preço das suas constantes "negociações" com o Senado, posto que os senadores formam uma legião de membros moles numericamente menor que a caterva da Câmara que, de vez em quando, endurece.

Não que ele se importe com o preço da sua interferência, mas é ululante concluir que transar com 81 senadores é mais rápido do que com 513 deputados. Essa questão de preço não é coisa dele; é coisa nossa, dinheiro público, dinheiro nosso.

Lula transformou o Congresso Nacional na maior casa de tolerância do país. Tudo é sempre uma questão de preço. A fidelidade custa os olhos da cara. É paga à vista e em atos secretos com o dinheiro das burras públicas. E os frequentadores do lupanar agüentam tudo, com o maior prazer. Nem precisam relaxar para gozar.

O Congresso Nacional é hoje a Casa do Polvo. Seus tentáculos envolvem e pressionam de tal forma deputados e senadores de todas as cores e feitios partidários, como jamais as armas da ditadura conseguiram envolver e pressionar.

Lula, sem classe e sem pudor, manda no Palácio; manda no Judiciário; manda no Parlamento; manda no PT; manda no povo. Lula conseguiu em menos de oito anos se transformar na mais completa versão civil do ditador que usa farda. E um torturante band-aid no calcanhar.

CRISE EM CASCATA NA RECEITA

Sabe aquela dúzia de diretores e chefes que se demitiram da Receita Federal? Pois agora já são 60! O principal motivo do pedido de desligamento citado pelos demissionários é a provável mudança de foco na fiscalização. A crise vem em cascata. É o efeito Lina para a causa Dilma. E Lula, como sempre e até como agora mesmo no PT, diz que não vê nada, não sabe de nada. Que a crise não é do governo, "é deles lá"!

RODAPÉ - O risco agora é um monte, uma chusma, um bando de portadores de carteirinha do PT e de aliados do governo, se fantasiarem de fiscais. Vai ser um carnaval. Começa agora e vai até outubro de 2010.

EFEITO DO NATAL EXTRAORDINÁRIO

Olhe só que bonito: Inadimplência sobe para 5,9% e bate recorde em julho, diz BC

De acordo com o relatório de crédito do Banco Central divulgado hoje, a inadimplência subiu em julho pelo oitavo mês seguido e chegou ao nível recorde de 5,9%. Antes da piora na crise financeira, estava em 4%.

RODAPÉ - Bem-feito! Quem mandou acreditar no Lula que mandou vocês comprarem no Natal Extraordinário?!? Peçam agora para ele limpar seus nomes no SPC.

Deu no que deu...

Neste 25 de agosto de 2009, morreu o senador Ted Kennedy, irmão de John & Bob Kennedy. Em 22 de fevereiro de 1932, nasceu em Boston. Só podia mesmo dar no que deu. Não foi nascimento, foi premonição.

Quem nasceu para Ted, jamais seria Robert Redford ou Marlon Brando.


De Patético a Ridículo

Foto: Wilson Dias/ABr
Suplicy é patético sempre que abre a boca e ridículo sempre que fica de boca fechada no plenário. Depois de, na véspera, arranhar a cara de pau de Sarney que queria falar de Euclides da Cunha e não das 11 acusações de bandoleiragem que foram colocadas por Paulo CaDuque no lixo da política - isso é pelonasmo - o senador paulistano-quatrocentão resolveu aparecer de vez: mostrou um cartão vermelho para o impassível presidente da maior Casa de tolerância nacional.

Conseguiu o que queria: irritar Sarney e aparecer na mídia. De noite estava em todas as TVs; hoje, na fornada matinal de todos os jornalões do país e em suas respectivas versões virtuais. Antes de gozar os efeitos de sua genial iniciativa Supla-partidária, de patético passou a ridículo: o senador Heráclito Fortes, em sua roupagem de demo, em pleno e explícito ato público pediu aparte e tacou um beliscão no ego do arremedo de árbitro senatorial:

- Vossa excelência mostrará também esse cartão vermelho para o presidente Lula?!?

O ex-garoto propaganda de Marta - a Gozadora, mais do que revelar o lobo que se abriga na costumeira pele de cordeiro, assumiu a sua terceira personalidade: o velho lutador de boxe. Deu um soco na mesa - que não reagiu. Logo "expulsou" Heráclito mostrando-lhe também o cartão vermelho. Heráclito desdenhou do gesto:

- Vossa excelência devia guardar esse cartão vermelho para apontar para o presidente Lula, que é o responsável por essa crise toda. E vossa excelência não teve coragem de lhe apontar o cartão vermelho.

Suplicy então retirou seu time de campo. Não sem antes posar uma vez mais, com o cartão vermelho em riste, para os fotógrafos que tinham perdido o seu grande lance.

RECEITA, FERRAMENTA DA DITABRANDA

Os técnicos de notória competência estão saindo aos borbotões de suas diretorias na Receita Federal. Os portadores de carteirinha do partido e seus aliados estão pululando para entrar pela janela da casa do Leão.

Assim é que o governo Lula invade a área da Fiscalização e fica de dono e senhor de uma das mais poderosas ferramentas de controle da sociedade. Quero ver agora, um capitão da indústria ou até um simples empresário de fundo de quintal, manifestar-se contra o governo e seus dignos representantes. Vai levar ferro na hora e por muito tempo.

Só para que se tenha uma idéia da crise que se instalou na Receita e que Lula e seus fiéis seguidores desmentem e minimizam, pediram exoneração, porque não gostaram da demissão de Lina Vieira e o que ela representa para a isenção profissional do organismo: o subsecretário de Fiscalização, superintendentes de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Maranhão, Ceará, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. O superintendente-adjunto do Rio de Janeiro. Os coordenadores-gerais de Cooperação Fiscal e Integração; de Contencioso Administrativo e Judicial; de Tributação; de Estudos, Previsão e Análise; e de Fiscalização.

Nuncanessepaís se tinha visto uma rebelião assim na Receita. Mas eles não gostaram também da demissão da chefe de gabinete de Lina , muito menos, de sofrerem cada vez mais a ingerência política na Receita. Querem uma Receita Federal técnica e competente, a ponto de denunciar desvios como aquele da PTrobras que, ao tempo em que fazia a farra dos seus proprietários, dilapidava os cofres públicos enchendo as burras partidárias e amparando palanques eleitorais.

A Receita hoje está a um bom passo da bagunça. Logo servirá como instrumento de pressão política e eleitoral para quem se deixou corromper definitivamente pelo poder. Mais uma ferramenta da ditabranda que vem se instalando paulatinamente no Brasil.

Esse atual secretário que se cuide. Vai ser apenas massa de manobra para deixar o campo limpo para o jogo pesado que Lula já reservou para Antônio Palocci, caso amanhã ele escape de ser réu no STF pela devassa que fez na vida do caseiro Francenildo que teve a ousadia de dizer que viu Palocci muitas e muitas vezes na Casa do Lobby e das farras, em Brasília.

Lula só espera por este desfecho para ver o que faz com seu amigo, companheiro e conselheiro, desde os tempos em que ele era prefeito em Ribeirão Preto, quando já se lixava para o que desse e viesse. Pode ser até que Palocci entre na vaga de dona Dilma Rouchefe que está saindo de cena, de fininho. Antes mesmo até que provasse ter condições de ser uma simples Mãe do PAC.

A Política é Dinâmica

É só abrir o portal Terra que a notícia está bem ali. Leia:

Irmã de Marina Silva é vítima de assalto no Acre
Redação Terra

Uma irmã da senadora Marina Silva (AC) foi vítima de um assalto contra sua residência na noite de segunda-feira na localidade de Vila Campinas do Bagaço, cerca de 70 km de Rio Branco (AC). Os criminosos agrediram os moradores da casa e levaram uma caminhonete Hilux e R$ 5 mil em dinheiro.

Segundo informações da Polícia Militar, a casa de Maria Deuzimar da Silva foi invadida por um grupo de homens armados. Ela estava na residência, mas a polícia não soube especificar se ela foi uma das pessoas agredidas durante o assalto.

A caminhonete da família foi recuperada hoje nas proximidades da fronteira com a Bolívia, segundo a Delegacia de Polícia Civil de Plácido de Castro, responsável pela ocorrência. Os criminosos ainda não foram encontrados.

A senadora Marina Silva anunciou semana passada sua saída do PT e no final do mês se filiará ao PV, partido pelo qual é provável que se candidate à Presidência da República.

RODAPÉ - Deduzir que a coisa já começou e induzir assim que isso é obra de aloprados, pode ser demais. Mas "a política" - como se sabe - "é dinâmica".

BOLA GENÉRICA

25 de agosto de 1961
Moisés Pereira

Porque estava fazendo o serviço militar no 9° R I, em Pelotas e era o Dia do Soldado, foi festa no quartel. Lembro da cerimônia de juramento à Bandeira e deixávamos de ser recrutas e passávamos a ser soldados.

Fomos dispensados cedo e repousava no Hotel Cacique no fim da tarde quando uma viatura veio recolhernos. O Exército entrava em prontidão. O presidente Janio Quadros renunciara e o Vice João Goulart estava na China Comunista. Esta palavra por si só era o suficiente para ouriçar os militares.

Foi uma experiência no mínimo interessante. Éramos o que, muito tempo depois viria a entender, massa de manobra e sem termos qualquer informação guarnecíamos os locais próximos ao quartel, aí incluído o Cemitério que na madrugada de muito vento zunia um ruído das coroas de metal que até assustava.

Alguns de nós fomos deslocados para Rio Grande criando um clima de mobilização militar. O que não sabíamos é que no centro do país o ministro da Guerra articulava contra a posse de Jango o vice-presidente e Leonel Brizola, governador gaúcho, liderava a Campanha da Legalidade com o apoio do 3° Exército comandado pelo Gen. Machado Lopes.

Não sei por quanto tempo ficamos nessa manobra, que nem cogitávamos, viria fazer parte da história contemporânea deste país na época da Guerra fria.

Lembro do dia em que tudo acabou: chovia muito e houve a cerimônia de dispersão no quartel com a presença de todo o contingente. Não participei deste ato porque exatamente estava de guarda, distante do quartel. Com fome, frio e molhado fui ser rendido com algumas horas de atraso. Isso levou-me a desacatar o sargento chefe da guarda na rendição que escondia suas insígnias sob o capote anti-chuva.

O Brasil ingressava na sua fugaz experiência de Parlamentarismo e todos comemoravam a volta para casa com a normalidade institucional. Menos eu que fiquei detido graças a minha rebelião contra o chefe da guarda. Foi a minha participação nesse episódio ocorrido em agosto de 1961, há 48 anos.

RODAPÉ - Bola genérica pra frente, Moisés! Quem sabe uma açãozinha de anistia - que nem Zé Dirceu, Ziraldo, Carlos Heitor Cony - pela detenção em tempos de guerrilha e revolta?!? Todo mundo é filho de Deus, né não?!?

25 de ago. de 2009

COM O CHAPÉU DOS OUTROS

R. Stuckert/PR
Lula mostrando como é que se toca uma obra.
Lula é o mais emblemático personagem do petismo que não sabe fazer, mas sabe fazer saber. Nesta terça-feira, em São Paulo, reclamou que tanto o governador Zé Serra quanto o prefeito Kassab "não divulgam a participação do governo federal nas grandes obras de infra-estrutura de São Paulo". E resmungou para os jornalistas que lhe dão azia: "Aqui temos obras muito importantes que, às vezes, não aparecem como se fossem do governo federal. Fico chateado porque eu viajo pelo Brasil, põe-se dinheiro, faz-se a obra e quando a gente vê o prefeito e o governador fazer propaganda dela, não falam que parte do dinheiro é nosso", afirmou.

RODAPÉ - De novo, Lula da Silva fala como se o dinheiro fosse dele; de novo, Lula da Silva não se dá conta de que o dinheiro que ele diz que "põe-se" não é favor nenhum, já que se trata apenas de devolução daquilo que o governo dele arrecada com os impostos sobre a produção dos paulistas; de novo, Lula da Silva, finge não saber que as obras do PAC que dona Dilma Rouchefe deveria "tocar" não saem do papel; de novo, Lula da Silva, faz cara de paisagem para a competência dos verdadeiros tocadores de obras; de novo Lula da Silva quer cumprimentar com o chapéu dos outros. No fundo, no fundo, no fundo - para não perder o bom "lulês" - Lula nem deveria se preocupar, Evo Morales provavelmente vai dar crédito ao presidente do Brasil na estrada de 300 quilômetros que vai construir com os R$ 332 milhões que Lula levou daqui para lá, no último fim de semana.

THE GUARDIAN: MARINA ENFRAQUECE CANDIDATURA DE DILMA

Conor Foley/The Guardian

O que Lula diz é sagrado para a matilha de fidelidade canina que o segue e obedece cegamente aqui no Brasil. Lá fora, a conversa é outra. Lula tenta desdenhar e minimizar a saída de Marina Silva do PT que ele preside com honra. Mas do território nacional pra lá, a história é bem diferente. Veja o que o The Guardian, jornal inglês acha da passagem de Marina para o PV:




Saída de Marina é o maior problema do PT para 2010

O site do The Guardian disse nesta terça-feira que a saída de Marina Silva do PT é o maior problema para a sucessão presidencial no Brasil e para a popularidade de Lula da Silva.

Para o colunista Conor Foley, Marina era "a segunda maior personalidade internacional do PT depois de Lula". Ele acha que a sua candidatura ao lugar de Lula em 2010 pelo PV pode até não ser vitoriosa, "mas fatalmente irá enfraquecer" a candidatura de dona Dilma Rouchefe.

Ele também comenta que a candidatura de Dilma, que o PT tanto deseja que "se contagie com a crescente popularidade internacional de Lula", ainda está atrás dos dois potenciais tucanos: o governador paulista, Zé Serra, e o governador mineiro, Aécio Neves.

O jornal inglês destaca os "impactos" sofridos pelo PT nas últimas semanas: as acusações de corrupção no Senado contra Zé Sarney, apontado por Foley como "o resumo do que muitos brasileiros consideram o pior da política do seu País". The Guardian também avalia o fato do PT ter exigido dos seus senadores que apoiassem Sarney, promovendo assim a revoada de diversos políticos do partido, além de Marina Silva.

Para ele, Marina representa "uma ligação mais profunda e emocional com as raízes do PT" do que os dissidentes do partido do tempo do mensalão, como a deputada gaúcha Luciana Genro que foi parar no Psol e a ex-senadora alagoana Heloisa Helena.

A matéria salienta coisas da biografia de Marina, como o analfabetismo até o início da adolescência; destaca que ela se filiou ao partido junto com o sindicalista Chico Mendes, assassinado no Acre em 1988; e lembra que foi a mulher mais jovem já eleita senadora no Brasil.

Conor Foley conclui que o PT "sempre foi mais fraco do que o seu carismático líder, mas a perda de Marina Silva torna ainda mais difícil para o partido definir o que ele ainda representa".



RODAPÉ - Se fizerem uma pesquisa CNT/Sensus, os índices de intenção de votos não terão a menor importância. Em compensação todo mundo vai ficar sabendo que "ninguém lê o The Guardian aqui no Brasil".

BOLA GENÉRICA

Do Plantão de domingo
Moisés Pereira

Dos eventos do último fim de semana destaco a seguir os que mais chamaram a atenção em diversos esportes no Brasil e no mundo.

Começo pela vitória de Rubens Barrichelo no Grande Premio de Fórmula-1 da Europa em Valência na Espanha. Considero que Rubinho manter-se ativo no topo do automobilismo mundial já é uma façanha. Nunca um piloto tão contestado, e objeto de piadas dos nossos humoristas conseguiu tanta longevidade nas pistas do grande Circo do automobilismo mundial. O certo é que atingiu sua décima vitória, a centésima do Brasil, o que é meritório num campeonato ainda indefinido e polêmico em 2009.

Não afirmaria tratar-se de um mau piloto, mas está longe dos nossos melhores, Airton Senna, o melhor de todos, Piquet, Emerson, e até Felipe Massa o mais recente.

Empolgante mesmo foi a oitava vitória do Brasil Gran Prix de vôlei feminino no Japão. A equipe de José Roberto Guimarães reina absoluta nos últimos tempos num esporte que a exemplo do futebol dá ao Brasil uma posição de destaque no cenário mundial. É gratificante assistir as companheiras de Mari, Sheila, Fabiana, Dani Lins etc. desfilando nas quadras do mundo com determinação, alta técnica e graça conquistando vitórias em série. Isto apenas prova que quando há boa gestão, e planejamento os resultados são alcançados.

No Tênis, esporte em que o Brasil deixou de existir depois do encerramento da carreira de Guga Kuerten, tivemos mais uma vitória do suíço Roger Federer no Masters de Cincinnati derrotando o sérvio Novak Djokovic. Federer mantém o primeiro lugar no Ranking da ATP. Apenas a título de informação o brasileiro melhor classificado no Ranking é Marcos Daniel na 57ª posição.

E chegamos ao futebol quando iniciou o Campeonato italiano e, não é que parece que o traíra (do Grêmio) Ronaldinho gaúcho ressurgiu com uma atuação surpreendente. Depois de um longo período de apatia e desinteresse teve uma performance excelente com assistências para os gols de Pato e até dando bicicleta. Seria influência do técnico Leonardo, do todo poderoso Berlusconi que decretou que deveria deixar aquela faixa neutra do lado esquerdo do campo, ou vontade de voltar a seleção.

Seja o que for o futebol agradece. Ronaldinho muito menos pelo seu caráter e disposição anímica e muito mais pela qualidade de seu futebol poderia ser um ganho expressivo para o time de medíocres do Dunga.

O BRASIL DE HOJE EM 25 DE AGOSTO DE 2005

O cenário é Brasília, celeiro e paiol que guarda os figurões dos três Poderes constituídos, nascidos e criados pelos quatro cantos do país e acomodados na capital da República de terças a sextas-feiras, quando voltam às suas bases de lançamento, onde se formaram nas artes e manhas que afundam o Brasil.

Deputados, senadores, ministros, grandes juízes, nobres servidores de fidelidade canina ao poder a que se aferram, nanicos de todos os tamanhos e sem-vergonhas em geral, canalhas de todos os tipos fazem de Brasília seu ponto de referência. É o lugar onde vêm aplicar e consolidar os golpes que aprenderam em suas cidades natais, de onde saem ilustres pobres desconhecidos e voltam arrotando grandeza e esbanjando prepotência. Dá nauseas.
Pois é nessa cosmopolita terra que, há exatos quatro anos, o advogado finório Rogério Buratti prestava depoimento na chamada CPI dos Bingos. E ele cantou a pedra: o então ministro Antônio Palocci recebeu mesmo propina de R$ 50 mil mensais, ao longo de dois anos, quando exercia sua segunda gestão como prefeito de Ribeirão Preto. A grana procedida da empresa Leão Leão que mordia os cofres da prefeitura a troco de diversos serviços, todos muito gerais.

A palavra de Buratti valia, naquele 25 de agosto, muito mais que a do pobre caseiro, até hoje desempregado e correndo o risco de ser preso por ter dununciado as farras e os achaques às burras públicas que Palocci fazia na mansão do lobby, em Brasília. Valia, porque Buratti era o vice-presidente da Leão Leão naqueles bons tempos.

Mesmo tentando livrar a cara de Palocci, Buratti foi explícito: “Eu sabia de onde o dinheiro saía, e para onde ia. No caso de Ribeirão Preto, acredito que foi entregue na sede do PT”. E avançou um pouco mais: "nenhuma empresa faz contribuição, nem pequena nem grande, sem que o principal, o 'patrão' seja prefeito ou o secretário, saiba. Então acredito que Palocci soubesse. Eu nunca vi ele participar de reuniões confirmando isso, mas acredito que soubesse".
O depoimento do "entregador" é patético: "lamentavelmente, essa é a regra do jogo em muitos lugares. O agente municipal impõe a regra". Diante de seus indagadores, Buratti deu o caminho das pedras: "No caso da Leão Leão, o dinheiro era contabilizado no caixa da empresa como prestação de serviço, ou então retirado diretamente no caixa da empresa e escamoteado com notas compradas. Era assim que os balanços eram forjados".

Lá pelas tantas Buratti diz que foi procurado pela GTech, multinacional que cuidava das Loterias da Caixa Federal. Tratava-se apenas de uma oferta de suborno que poderia chegar até às alturas de R$ 16 milhões. Tudo isso só para facilitar a renovação do contrato com a Caixa Econômica Federal. Aí, ao invés de correr com os caras da frente dele e denunciá-los à polícia, Buratti foi consultar Ralf Barquete, na Caixa.
Ralf Barquete, ex-assessor de Palocci, morreu em 2004.

Com toda a singeleza do mundo Buratti explicava na CPI: "Esse dinheiro não seria para mim, eles falaram claramente que era uma oferta ao governo, eles queriam que chegasse ao governo através do Ministério da Fazenda. Levei essa notícia ao Ralf, do mesmo jeito que ela me foi passada. Um dia depois o Ralf me deu a informação de que havia conversado com o ministro ou com alguém do ministro e que o ministro não iria interferir na negociação com a Caixa em nenhuma hipótese, que a negociação deveria continuar do jeito que estava... Técnica, que não havia interesse na oferta de recursos para o PT".

Buratti deixou escorregar a idéia de que havia uma outra razão para a falta de interesse de Palocci pela propina. Pela boca de Buratti não saiu nada com relação a isso, mas o que sua boca não disse tinha um ar de que o ministro tinha resolvido respeitar o interesse de outro ministro no negócio: o assunto já vinha sendo tratado por Waldomiro Diniz, o assessor que Zé Dirceu "mal conhecia" quando era morador da Casa Civil, lugar que por isso e muitas coisinhas mais, lhe foi tomado por sua velha amiga e companheira de guerrilhas urbanas, dona Dilma Rouchefe.

Resumo da opereta bufa: o contrato da Caixa Econômica Federal com a GTech foi assinado, pela micharia de R$ 650 milhões. Bolas, R$ 16 milhões é gorjeta num volume desses. Propineiro que se preza e é considerado, não deixa por menos de 10%. Isso daria uma bijuja inicial de pelo menos R$ 65 milhas. Debocharam de Buratti.

O Ministério da Fazenda, pouco depois e muito contra a vontade, reconheceu que Antônio Palocci concedera audiência a João Vaz Guedes, presidente da Somague, um grupo português da área da construção civil, por acaso, simples acaso, sócio da Leão Leão de Ribeirão Preto.

A reunião foi no dia 13 de maio de 2003 e Buratti foi quem marcou o encontro com Juscelino Dourado, chefe de gabinete de Palocci. O então ministro vinha negando a reunião, só para não admitir a influência de Buratti em sua agenda.


E assim foi o dia 25 de agosto de 2005. Hoje, 25 de agosto de 2009. Daqui a dois dias, o Supremo Tribunal Federal decide se abre processo contra o deputado Antonio Palocci por suposto envolvimento na quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Assim é que o mesmo Palocci pode até escapar de ser julgado pelo STF e entrar na lista de postes preferidos de Lula para a sua sucessão, já que dona Dilma Rouchefe não emplacou até agora.

Como se vê, Lula tem preferência por fraudadores de agenda. Não só de agenda... Currículos, diplomas, desserviços. Já o caseiro Francenildo... Se não pegar 20 anos de cadeia, já tá bom demais pra ele.
R. Stuckert/PR
Lula cedeu tudo que deu em matéria de gás para os bolivianos. Agora foi até lá para deixar R$ 330 milhões na mão de Evo Morales para a construção de uma estrada de 300 quilômetros, boa para o trânsito, o tráfego de coca, produto de exportação do país mui amigo. Lula vai acabar sendo o melhor presidente da Bolívia em todos os tempos.

Sorria, você não está sendo filmado!

Agora se sabe: qualquer sequestradorzinho de meia-tigela pode entrar num carro de uma dessas "autoridades convidadas" e chegar pela garagem do Palácio ao presidente da República. Faz o que tem que fazer e vai embora sem que sua presença seja filmada.

Amanhã é quarta-feira...

Foto: ABr

Nuncanessepaís Euclides da Cunha foi tão importante para a vida e os destinos do Senado Federal. Zé Sarney - o que cospe marimbondos de fogo - se fez de bobo e falou uma hora sobre o centenário do heróico autor de Os Sertões.

Foi interrompido pelo malemolente petista, senador-cantor Eduardo Supla que queria explicações para as 11 denúncias, um time inteiro de acusações, contra o orador. Queria saber por que elas foram parar no lixo - já que Sarney já disse que não está lá para fazer a limpeza da cozinha da maior casa de tolerância do país.

Sarney ficou indignado. Acha que nem sua biografia, nem a de Euclides da Cunha mereciam tamanha curiosidade. Interrompida a liturgia da sessão baba-ovo, Sarney foi a personificação do que tem sido esse governo diante de qualquer escândalo: mudar de assunto - que há coisas mais importantes para serem tratadas. Amanhã, por exemplo, é quarta-feira, dia 26 de agosto, até a meia-noite.


RODAPÉ -Euclides da Cunha, nasceu Euclydes Rodrigues Pimenta da Cunha, em 20 de janeiro de 1866, no Cantagalo, Rio de Janeiro. Tornou-se imortal pela Academia Brasileira de Letras em 21 de setembro de 1903 e morreu, pois é morreu, em 1909 quando já imortal invadiu, armado, a casa de Dilermando de Assis, amante de sua esposa Ana, "disposto a matar ou morrer". A Academia deve até hoje explicações para a tragédia. Por certo, Sarney não seria o mais indicado para fazê-lo. Diria que foi o mordomo... Se Suplicy não fosse tão curioso.

24 de ago. de 2009

A alma nacional foi para os diabos que a carregam. Ou... Ai, cacete!

Foto: Jonas Pereira/AgSenado

Ai, Cacete!

Sarney bateu boca com Suplicy ontem no Senado. Confor-tável na sua cadeira de costas largas, fez de conta que não protagonizou o mais triste papel que a maior casa de tolerância do Brasil já pôde proporcionar a uma pessoa "não-comum" de biografia ilibada, tão pura e imaculada que precisou valer-se da defesa honrada dos não menos honrados Renan Calhorda, Fernandinho Beira-Collor e Lula da Silva, como já diz e basta o seu próprio nome.

Grande coisa Sarney armar barraco pra cima do Suplicy... Renan e Collor fizeram o mesmo com Pedro Simon. Até aquele maior nanico dsesvotado, o Salgado mais insosso que a política já viu, se meteu a pau de galinheiro.

O Brasil está virado nessa balbúrdia mesmo. Nsses últimos oito anos os que balançam a pança e comandam a massa botaram do lado avesso a consciência do povo brasileiro. Com seus exemplos de corruptos bem-sucedidos, transformaram cada pobre, cada desempregado, em um corrupto sem sucesso. Os coitados, sem querer, venderam suas almas boas, bonitas e baratas para os diabos que os carregam para onde bem entendem e querem.

Nada de bom precisa ser feito pelos poderes constituídos no Brasil. Basta que os descamisados e pés descalços sejam a absoluta e esmagadora maioria para que o donos do país, aqueles que privatizaram o Brasil de cabo a rabo, continuem se dando bem. Metendo a mão nas burras públicas e gargalhando a mais não poder da própria nação. A parte miserável e tropicalmente ociosa da democracia é que, como fulminante maioria, elege a minoria rica e futricante que bota o Brasil de pernas pro ar. E mete o cacete nele!

BOLA GENÉRICA

FUTEBOL CARIOCA
Moisés Pereira

Quando descobri minha paixão pelo futebol, lá nos idos da Copa do Mundo de 1950 realizada no Brasil era difícil não ter uma identificação com o futebol carioca. Era na capital do país que tudo acontecia e a Rádio Nacional pelas suas ondas curtas chegava a todos os confins do Brasil, inclusive no extremo sul, na minha cidade Santa Vitória do Palmar e, como minha formação esportiva foi do rádio, eu alimentava a minha fantasia e pelo áudio me aproximava dos ídolos.

O Vasco da Gama era a base da seleção de 50: Barbosa, Augusto e Juvenal; Eli, Danilo e Bigode; Friaça, Zizinho, Ademir, Jair e Chico . Seis jogavam no Vasco, e embora o vitoriense Juvenal atuasse no Flamengo eu torcia pelo Vasco da Gama. Anos depois na era Pelé fui torcedor do Santos e do Farroupilha. Hoje eu, o Renato e a Tatiana, meus filhos, e Marina a minha neta torcemos para o Grêmio e nada mais pode ser melhor.

Assim, lembro do emocionante Super-Super Campeonato carioca de 1958 quando Vasco, Flamengo e Botafogo terminaram empatados e foram para um supercampeonato que também terminou em igualdade levando ao Super-Super vencido pelo Vasco da Gama.

Se hoje parece estranho entender como sobravam datas para tantos jogos, não acontece o mesmo com a desconfiança de que houve “armação” para maior faturamento com tantos clássicos decisivos.

Hoje, ao nos depararmos com a realidade do futebol carioca somos tentados a fazer uma reflexão sobre essa acentuada decadência. É certo que com a mudança da capital para Brasília o Rio deixou de ser o centro do Poder político e institucional, mas o poder do futebol continuou. É lá que estão a CBF do monarca Ricardo Teixeira e os tribunais de justiça desportiva de Sweiter, Schmitd e outros quetais.

Não obstante este status quo, os tradicionais clubes cariocas que na seara doméstica eram incensados como maravilhas do mundo perderam espaço quando o futebol se globalizou e nacionalmente outros centros tiveram visibilidade e crescimento. O Flamengo que ostenta a maior torcida do país ainda sobreviveu com alguns títulos nacionais e internacionais nos últimos anos.

É notório que, porque o negócio futebol ganhou destaque economicamente e na mídia, dirigentes de clubes usassem essas marcas tradicionais para vantagens pessoais e aí surgiram Eurico Miranda, Montenegro, Márcio Braga, Francisco Horta e outros.

A conseqüência natural de más administrações foi que Botafogo, Vasco da Gama e Fluminense passassem a ser freqüentadores eventuais da Série B, e o Flu também esteve na C. No atual campeonato Botafogo e Fluminense ocupam posições cativas no G4 do Mal, a zona do rebaixamento e o Mengo já está se aproximando. Enquanto isso seus patrimônios decresceram e as dívidas são expressivas.

Para o futebol brasileiro não é boa essa realidade, mas por outro lado é o reflexo de que num momento totalmente profissional, quem não se organizar e não adotar técnicas de gestão modernas está fadado a não sobreviver.

NEM CHEIRO, NEM BOLSA...

Lula acha que não precisa provar para ninguém que é tão bom quanto dizem os seus aduladores. Esses caras tipo aquele em que, se alguém der um pontapé no saco do presidente, acerta em cheio na mão dele. Esses mesmos que agora jogam na pá do ventilador o grande furo do noticiário feito pelos editores que andam de joelhos, à espreita de uma boquinha rica nas tetas do governo: "Lina Vieira e Agripino Maia se encontraram duas vezes antes do depoimento no Senado". Grande coisa. Quantas vezes Lula e Dilma Rouchefe se encontraram antes disso?!? Descobriram que gambá não é raposa.

Um elefante... Dois elefantes... Três elefantes...


Brasil, hexacampeão!

Piores do que os times desse Brasileirão, são os seus donos; piores que os donos, são os jogadores; piores que os jogadores, são os seus procuradores; piores que os procuradores, são os treinadores; piores que os treinadores, são os árbitros; piores que os árbitros, são as torcidas organizadas; piores que as torcidas organizadas, são os tribunais de justiça desportiva; piores do que os tribunais, são os integrantes da mídia esportiva caolha; piores do que a mídia caolha, são os cegos que não querem ver. A sorte do futebol brasileiro é que, muito pior do que tudo isso, é a seleção da Argentina; pior do que a seleção da Argentina, é o Maradona; pior do que Maradona...

INÊS É MORTA!

Foto: R. Stuckert/PR
Só mesmo quem já vendeu a alma ao demônio, em nome da mais reles representação política, se deixaria envolver com um colar de folha de coca. Não sendo - como Lula não o é - um nativo como o índio cocaleiro, um colar desses é como uma corda em um cadafalso e não em um palanque. Lula já está longe - quase chegando onde o diabo perdeu as botas - daquele metalúrgico que não engolia sapo. Hoje enfia o pescoço em colares de coca. Essa imagem - se não corre o mundo, por insignificante que possa parecer ao planeta Terra um comício na Bolívia - vai se espalhar pelo continente americano. E assim vira apologia ao consumo dessa folha que se transforma em cocaína. E então o presidente do Brasil e dos seus bolsafamiliares vira garoto-propaganda da matéria-prima de um dos produtos mais perniciosos à vida humana.
RODAPÉ - A própria seleção de fotos de Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial do Palácio, sobre essa viagem de Lula para promover a reeleição de Evo Morales, saltita no site da Presidência da República, link Secretaria de Imprensa - Fotografia, sempre que o pescoço de Lula ostenta esse colar. No espaço de sua exposição aparece a informação: "não existem fotos disponíveis até o momento". As demais imagens - desfile em carro aberto, palanque, discursos, abraços e queijos - estão liberadas. Mas, agora é tarde, Inês é morta.

23 de ago. de 2009

BOLA GENÉRICA

Novo calendário
Moisés Pereira

Quando o Corinthians perdeu três jogadores na janela de transferência para o futebol do exterior, o presidente Lula, preocupado com o destino de seu time do coração, chamou Ricardo Teixeira - o Monarca da CBF e sugeriu a adaptação do nosso calendário de competições ao europeu.

Em princípio parece simples tanto que o genro do Havelange pensou até em dar um canetaço. Mas na realidade a mudança é bem mais complexa do que se pode pensar sem uma análise mais profunda.

O primeiro obstáculo é que no futebol de hoje, totalmente comercializado, nem o calendário pertence à CBF, ao Lula, ou a quem quer que seja. Foi vendido e é propriedade da Rede Globo até 2012 no mínimo.

Também não podemos desconhecer que em outro hemisfério com outro clima e outra cultura uma alteração dessa ordem violentaria os hábitos e costumes aqui cultivados. Pode-se imaginar um campeonato que tenha no dia 23 de dezembro, ou dia 02 de janeiro jogos ”atrativos” como Barueri x Náutico, ou mesmo um clássico FlaFlu se até lá estes estiverem na primeira divisão.
E os campeonatos estaduais, perderiam os times da Série A. Sacanagem, ainda mais agora que o E.C. Pelotas voltou à primeira divisão no campeonato gaúcho.
Outras dificuldades não dependem de decisão de nossos “cartolas”. Teria que mudar em toda a América do Sul e no México, porque isso interfere na Copa Libertadores e na Sul-americana.
Será que uma alteração dessa ordem iria impedir o êxodo de jogadores dos mercados emergentes para os grandes da Europa ou mesmo para os países árabes ou até os asiáticos especialistas em esquentar fortunas na lavanderia do futebol.
Esta discussão me cheira a utopia, ou virar piada, tipo revogar a lei da oferta e da procura. Se o objetivo é fechar a janela de transferências, acabaria abrindo outras. Ainda bem que o senador Mercadante não é o manda-chuva da CBF, caso contrário como iria dizer não ao Presidente Lula?
Este assunto vai longe. Com certeza a solução a ser encontrada não será consenso e, fatalmente atenderá interesses maiores que não serão com certeza os dos torcedores.