Ai, Cacete!
Sarney bateu boca com Suplicy ontem no Senado. Confor-tável na sua cadeira de costas largas, fez de conta que não protagonizou o mais triste papel que a maior casa de tolerância do Brasil já pôde proporcionar a uma pessoa "não-comum" de biografia ilibada, tão pura e imaculada que precisou valer-se da defesa honrada dos não menos honrados Renan Calhorda, Fernandinho Beira-Collor e Lula da Silva, como já diz e basta o seu próprio nome.
Grande coisa Sarney armar barraco pra cima do Suplicy... Renan e Collor fizeram o mesmo com Pedro Simon. Até aquele maior nanico dsesvotado, o Salgado mais insosso que a política já viu, se meteu a pau de galinheiro.
O Brasil está virado nessa balbúrdia mesmo. Nsses últimos oito anos os que balançam a pança e comandam a massa botaram do lado avesso a consciência do povo brasileiro. Com seus exemplos de corruptos bem-sucedidos, transformaram cada pobre, cada desempregado, em um corrupto sem sucesso. Os coitados, sem querer, venderam suas almas boas, bonitas e baratas para os diabos que os carregam para onde bem entendem e querem.
Nada de bom precisa ser feito pelos poderes constituídos no Brasil. Basta que os descamisados e pés descalços sejam a absoluta e esmagadora maioria para que o donos do país, aqueles que privatizaram o Brasil de cabo a rabo, continuem se dando bem. Metendo a mão nas burras públicas e gargalhando a mais não poder da própria nação. A parte miserável e tropicalmente ociosa da democracia é que, como fulminante maioria, elege a minoria rica e futricante que bota o Brasil de pernas pro ar. E mete o cacete nele!