O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

31 de jan. de 2012

REFORMA INOPERANTE

Com a reforma ministerial, a primeira-presidenta Dilma, enfim, está cumprindo pelo menos uma de suas promessas - já que aquela das seis mil creches, está no papel como as moradias do Minha Casa, Minha Vida e o resto é o resto, só conversa.

E cumpre o que timidamente prometeu, porque em janeiro de 2011 herdou de Luiz Erário da Silva nada menos de 15 craques de malfeitorias.

Um que outro pediu para sair - caso de Jobim que estava farto de andar "cercado de idiotas" - os outros malfeitores foram se escafedendo pela soleira dos fundos - que chovia  denúncia de corrupção, propina e malfeitos em profusão. Uma verdadeira revolta da natureza, feita pela indignação da mídia persecutória e vigilante; muito mais atenta e diligenta que a lenta presidenta .

Dilma está honrando a palavra palanqueada de promover a reforma, na marra. Teve um ano inteiro para programar a reconstrução de um governo seu mesmo - que ainda não aconteceu porque o PT e seu presidente de honra não deixam.

Teve tempo. Não programou, agora não tem mais. Tem que ir trocando por trocar. Empurra daqui, aperta dali e... geme que sai porcaria. Então dá descarga no que dá: têm saído os alhos e entrado os bugalhos; entram sempre seis nos lugares de meia dúzia.

O satírico escocês Thomas Carlyle já dizia que "toda reforma que não signifique mudança real do costume é sempre uma reforma inoperante". Uma lástima que nessa reforma Dilma não possa trocar o conselheiro Gilberto Carvalho por Carlyle.

ZAGUEIRO LIMPA-TRILHO

Reprodução/Internet
O jeito de Aldo Rebelo não é jogo de cintura. É retranca mesmo. Ele foi contratado para dar cobertura ao time do Esporte que estava perdendo de goleada.
A RECORDISTA
Assim que Dilma voltar de seu pequeno giro pelo Haiti e pela romântica ilha de Cuba, Marta Suplicy será preterida uma vez mais. Ela não será escolhida também para o lugar de Negromonte - o Mário que vai sair do armário. Nesse ritmo, Marta logo entrará para o Guiness como a mulher que mais deixou de ser ministra durante os governos de seu próprio partido.

OBSTÁCULOS
Para Marta ter alguma chance, teria que saltar barreiras intransponíveis. Uma começa na rampa do Palácio. Lá, a companheirada prefere ter Marta como rebelde na vice-presidência do Senado do que aturá-la como ministra de qualquer pasta. Outra é bater na corrida a turma que está na fila para suceder Negromonte no Ministério das Cidades: o líder do PP na Câmara, Agnaldo Ribeiro (PB), os deputados Márcio Reinaldo (MG), Beto Mansur (SP) e os senadores Benedito de Lira (AL) e Ciro Nogueira (PI). Dilma gostaria mesmo é de  ver Márcio Fortes outra vez como ministro das Cidades, ao invés de tê-lo como  Autoridade Pública Olímpica (APO).

TRABALHO ÁRDUO
A volta de Dilma traz também para a Esplanada dos Ministérios a expectativa de quem vai indicar o substituto efetivo de Carlos Lupi. Ele bota banca como presidente do PDT, dono do ministério que ele mesmo quase demoliu, e espera ser chamado pela primeira-presidenta para fazer a indicação de seu preferido, certtamente alguém que não promova a necessária devassa no ministério que precisa ser recomposto. O neto de Leonel Brizola está de olho. Sua escolha quebraria a banca de Lupi.

DUAS CARAS
Caiu o presidente da Casa da Moeda. Luiz Felipe Denucci foi demitido no sábado por suspeita de receber propina de fornecedores da casa, usando duas empresas no exterior em nome dele e da filha. Denucci merecia mesmo ir para o olho da rua: fabricava dinheiro e ainda queria mais. O coroa tinha duas caras.

30 de jan. de 2012

BOLA GENÉRICA

Meu Personagem da Semana
(Criação de Nelson Rodrigues)  
Por: Moisés Pereira
Porto Alegre

Um Conto chinês

Nos últimos dez dias o rádio, a televisão a web e o jornal tiveram como principal pauta na área de esportes no Sul do País a especulação sobre uma proposta do futebol chinês ao armador D’Alessandro do Internacional.
Consta que o Inter que tem os direitos do atleta em sociedade com o empresário gaúcho Delmir Sonda,  também dono de uma rede de Supermercados em São Paulo recebeu uma proposta de sete milhões de euros pelo jogador.

Concomitantemente D'Alessandro teve a oferta dos chineses de 10 milhões de euros por um contrato de dois anos além de outras regalias próprias  de uma transação internacional.  

O fato criou uma situação controversa entre o jogador e o clube. Enquanto D’Alessandro convivia com a possibilidade de um contrato milionário que aos 31 anos representaria o coroamento de sua carreira com independência financeira, o Inter rejeitava a proposta.

Era dada como certa a ida do atleta para a China quando houve a mobilização do Inter, torcida e direção no sentido de demover D’Ale  de seu objetivo.
E o final foi feliz. Afirma-se que pesou o envolvimento do jogador com o clube, as condições favoráveis para a família em Porto Alegre e principalmente uma renovação de contrato por três  anos com salários europeus.
Foi bom para quem?  A princípio para todas as partes envolvidas. O  Inter mantém  seu ídolo e fica em paz com a torcida. O jogador nem precisou mostrar a proposta chinesa ao Inter e teve um reajuste altamente significativo.  Os empresários Matias Aldao, procurador de D’Alle e Delcir Sonda, co-proprietário do “passe” e que queria a transação para ter o retorno de seu investimento, também devem ter ficado $atisfeitos.
Tudo isso às expensas da Banca colorada que mostra cacife  e compete com os mercados mais ricos da Ásia agora que a Europa mergulha na crise enquanto fecha a janela para novas compras.

D’Alessandro, o Meu Personagem da Semana,  está viajando para Manizales na Colômbia onde vai enfrentar o Once Caldas tentando acessar a fase de grupos da Libertadores.
Uma vitória será imediatamente consagradora e pontual no momento do Inter. Em caso de um resultado adverso tudo muda e não faltará quem pergunte: será que a proposta não era um Conto Chinês ?

No Rio, a vida é um buraco...

Bom Carnaval!

Ei você, que gosta de Carnaval!  A Prefeitura do Rio concluiu há mais de 20 dias o serviço de fresagem e recapeamento asfáltico na Avenida Marquês de Sapucaí e na Praça da Apoteose, no Sambódromo, no Centro da cidade. Para a revitalização da área de 14 mil metros quadrados foram utilizadas 1.300 toneladas de asfalto. Até agora não explodiu nenhum dos bueiros que foram cobertos pelo asfalto. Mas ninguém perde por esperar: a folia só começa no dia 21 de fevereiro.

Dilma y Los Románticos de Cuba

Dilma está com um pé em Cuba e outro no Haiti. No Haiti vai dar a sua força de paz. O foco principal é em Cocodrillo Verde, a ilha da música, de bolero, chá-chá-chá, conga, guajira, mambo, merengue, pachanga, rumba, salsa e muita trova.

Reprodução
Mesmo sendo apenas bons amigos e ainda que para marílias e dirceus Havana continue romântica de morrer, Dilma vai lá tratar de negócios. O que não quer dizer, em absoluto, que não vá bailar na curva. Hoje, a balança comercial entre os dois países co-irmãos, co-amigos e co-camaradas bons e batutas pesa a favor do Brasil.

Pelo Palácio do Planalto, em 2012, a perspectiva é de que o Brasil deva importar entre US$ 50 milhões e US$ 70 milhões de produtos vindos de Cuba. Já o Brasil deve exportar para Cuba cerca de US$ 500 milhões em produtos. Talvez Dilma queira mudar um pouco o ritmo desse quadro.

Com jogo de cintura, vai dar um jeito de trazer de lá só coisas boas: rum, tabaco, charuto e cigarro. Nada disso engorda, pelo contrário. Só vicia.

Mas, um dos principais passos dessa contradanza de interesses de Dilma em Cuba é a obra de ampliação do Porto de Mariel. O Brasil é responsável pelo financiamento de 80% da obra de apoio à ampliação do porto. Ela está estimada em US$ 683 milhões.

Reprodução/Románticos de Cuba
A estrutura marco-regulatória de comunicação da primeira-presidenta alardeia que o porto é "estratégico para o aumento do intercâmbio comercial de Cuba". É que além das demais iguarias, de repente, o Brasil pode importar um pouquinho mais de níquel e açúcar refinado. Ah, isso sim, engorda. Mas não justifica. É só um velho caso de amor caribenho.

Dilma foi a Cocodrillo Verde tirar para dançar a dupla dos romanticos de Cuba Fidel e Raúl Castro. Y mientras tanto, nosotros nos estamos bailando mínimo salarial alrededor de aquí.

Governo faz saber; não sabe fazer

O programa Minha Casa Minha Vida emPACou e, na realidade, não existiu em 2011 para as famílias de baixa renda. Ao que tudo indica continuará nesse ritmo alucinante de marasmo em 2012.

Para empresários da construção civil, a alta dos preços dos imóveis, associada ao aumento das exigências como adequações para idosos e deficientes físicos inviabiliza a construção de unidades.

A alta é fruto da marolinha de inflação em que o país está surfando já nos atingiu, mas que o governo finge que não vê. A especulação decorre também da boa intenção governamental de adequar as residências às necessidades dos deficientes. A ideia, no entanto foi adotada de cima para baixo sem levar em conta os custos adicionais para os construtores. Na prática deu barraco.

Os especialistas garantem que o carnaval feito em torno do popularesco programa Minha Casa Minha Vida provocou a especulação imobiliária. Apartamentos que eram vendidos por R$ 90 mil no início hoje estão custando mais de R$ 170 mil.

Os que mexem com imóveis contam que o preço médio da moradia destinada a esse público subiu de R$ 42 mil para R$ 55,2 mil. Nos municípios da região metropolitana de São Paulo e nas cidades satélites e do chamado Entorno do Distrito Federal, o limite é de R$ 65 mil.

Em Brasília, o preço dos terrenos é tão alto que não foi construída nenhuma unidade para famílias com renda de até três salários mínimos. De novidade nisso tudo, só a inflação. O fracasso de tirar do discurso mais um programa do PAC já era esperado. Na hora de trabalhar o governo emPACa. Há dez anos que o governo lulático do PT faz saber, mas não sabe fazer.

29 de jan. de 2012

O diabo é que eleição não acaba com um presidente

Sinceridade? Pois o Sanatório da Notícia não gosta de Dilma como presidenta, como não gostava de Lula e também não ia com o nhenhenhem do FHC. Quem sabe até alguém tenha gostado de Zé Sarney, de Fernandinho Beira-Collor e um pouco mais até de Itamar Franco, o Pai do Real... Gosto não se discute. Cada um pede o que gosta. Um pede arroz, outro pede bosta.

O diabo é que um república tem que ter presidente. E a gente que se arrebente.Vem um atrás do outro; o outro pior que o um. Ou você já esqueceu que Collor saiu pela porta dos fundos do Palácio por causa do escândalo que os metalúrgicos de tocaia fizeram por uma camioneta Fiat Elba? Os que vieram depois pegaram mais leve, tá bom assim, foram grandes consultores, ou bebiam e dirigiam?!?

Então, nesse vai da valsa, lá se foram festivamente desperdiçados quase 50 anos de democracia. Tudo em forma de palanque de pau a pique ou eletrônico, discursos de improviso por escrito, promessas e pedras fundamentais, carga pesada de impostos, gandaia da máquina pública e migalhas de serviços essenciais.

Outro diabo é que nunca dá, nem dará, para acabar com um presidente desses à base de eleição em cima de eleição. Seja lá quem foi, seja, ou será o presidente.

Não dá para acabar com o presidente porque nesse país o voto não é direito é obrigação, é compulsório e o eleitor é levado a fazer dele uma arma e atirar no próprio pé ao escolher entre o ruim e o pior.

O presidente da democracia brasileira não é gente como a gente. É uma entidade, um ser sobrenatural, o resumo de tudo de ruim e de todos os piores que o levam a subir a rampa e enfaixar-se.

O presidente do Brasil é um sistema com cabeça, tronco e membros. É um esquema bípede e tem dois braços; dois olhos para não ver; duas orelhas, uma para vaias e outra para aplausos; e uma boca para falar o que lhe der na cabeça.

Já houve um caso sério em que o presidente do Brasil tinha tentáculos. Hoje é fashion, veste Prada, usa salto alto e bolsa Kelly família embaixo de um dos braços. No outro, um espanador ao invés de vassoura para varrer o entulho que abunda na Esplanada dos Ministérios. E como há.

28 de jan. de 2012

Nada de bom


Site Petrobras

Não há nada de bom, nem de bonito, na nomeação de Graça Foster para a presidência da Petrobrás.

O que há de menos ruim é que ela não é uma indicação de Luiz Erário Lula da Silva; o que há de menos feio é que Sérgio Gabrielli dançou bonito.
CARDÁPIO CUBANO
Semana que vem, a primeira-presidenta vai almoçar com Fidel Castro, em Havana. No cardápio só coisas ligadas à saúde: dietas compulsórias, como a que o povo cubano está acostumado a fazer - note que não há cubanos gordos, a não ser os que estão no governo; regulamentação profissional dos médicos formados em Cocodrillo Verde com direito as atuação no Brasil; olhares republicanos para o que acontece no mundo... Falarão e comerão de tudo um pouco, menos do regime castrista. Dilma e Fidel Castro são apenas bons amigos. Ah, sim... Fidel já foi obeso.
LÁ E CÁ
No Brasil, país de mais de 190 milhões de habitantes, há 14 mil juízes - entre estaduais, trabalhistas, federais, militares; na Alemanha - república presidencial-parlamentarista com 82 milhões de pessoas, há 120 mil juízes. Claro, o salário deles lá, não chega aos pés dos doutos julgadores daqui.

PRATO FRIO
O PT de Luiz Erário Lula da Silva sabe que precisa do apoio de Marta para viabilizar a campanha de Fernando Ha Ha Haddad à prefeitura de São Paulo. Marta que foi escanteada por Lula e ignorada por Dilma para qualquer ministério, come agora o prato frio da vingança: só vai a palanques de Ha Ha Haddad se continuar vice-presidenta do Senado, em flagrante desrespeito ao acordo submerso do PT fazer rodízio no cargo.

GANSO PORTUGUÊS
Diante da proposta do futebol português ao Santos F.C. o jogador Paulo Henrique Ganso já se revela um bom lusitano: "Estou disposto a jogar na Europa". Pô, a proposta é para jogar em Portugal, cara. Europa é Europa.

O PREÇO
No Brasil Dilma da Silva só grandes e absurdos salários fazem governantes, magistrados, parlamentares, ministros e policiais sérios. A honestidade virou só uma questão de preço.

AGORA AGUENTA
Jader Barbalho se submeteu a uma cirurgia na próstata. Ele já não aguentava mais o ostracismo. Com a próstata em dia, ele já marcou seu reingresso triunfal para o dia 6 de fevereiro. Vem prontinho para o trabalho. De volta ao Congresso, agora sim ele tem aquilo que aguenta.

27 de jan. de 2012

O Brasil Maniqueísta

O Brasil é um país que fica ao sul da América do Sul. Antes de emborcar no oceano Atlântico dá com os costados no Uruguai e faz roçado com a Argentina.

É uma extensão territorial enorme povoada por duas espécies de animais bípedes: as pessoas e os políticos.

O Brasil dos políticos obriga as pessoas a serem maniqueístas. Elas têm que ser de direita ou de esquerda. Democrata, nem pensar.

Como se pode ver, há mais de 500 anos o Brasil está precisando de uma reforma política. Os animais políticos, porque não querem, dizem que não sabem como concretizar esse velho sonho das pessoas.

E, para quem é do bem - nem de direita, nem de esquerda, apenas democrata - não há nada mais fácil: é só acabar com o voto obrigatório. Simples assim.

FÁBULA: SAPATEIRO É SAPATEIRO, DEPUTADO NÃO É METALÚRGICO

O deslumbrado que já foi metalúrgico, Marco Maia, hoje e ainda presidente da Câmara dos deputados, viajou escamoteadamente para o exterior. Não comunicou à Casa que ela estava acéfala e ao abandono.
Div/Stuckert F°
Ele escondeu a realização de sua viagem para a Alemanha e não repassou o cargo à primeira vice, Rose de Freitas (PMDB-ES), deixando aquela enorme casa de tolerância sem comando por cinco dias nesta semana. Não que alguém vá notar qualquer diferença; sim porque não pode. O cara pode ser processado por quebra de decoro.  E até perder o cargo e o mandato. É o que, há muitos e muitos anos, nessa república se chamava cassação de mandato.

Maia está em viagem desde domingo, dia 22, e só deve retornar a Brasília no dia 30 de janeiro. Rose soube de tudo pela imprensa - sempre essa persecutória imprensa! Pois ela soube na quinta-feira, 26, que o presidente estava fora do País. Ela ficou revoltada.
Ela ficou revoltada e ele ficou mais viajado. Mais do que como um deputado deve proceder, ele age como se ainda fosse um metalúrgico, coisa que - todo mundo sabe - já não é mais. mas metalúrgico daqueles espertos que saltam das portas das fábricas para as cadeiras do Congresso, me Brasília.

Agora deixe que a gente relembre para vocês uma fábula da Seleta em Prosa e Verso - livro meio-bíblia do curso de 2° Grau nos bons tempos em que o Brasil tinha uma boa Educação:

Era uma vez, um sapateiro que não cobrou pelo serviço de meia-sola ou coisa parecida que fez para uma nobre senhor. Agradecido, o ente superior - tipo assim esses políticos que a gente hoje tem por aqui, misturados com as pessoas - resolveu lhe dar um presente. Não era propina; era uma alvíçara; uma compensação.

Mandou fazer um bolo e, no meio da guloseima colocou - não lembramos bem - dinheiro ou diamantes suficientes para fazer a independência financeira do humilde sapateiro pro resto da vida.

Na manhã em que o bolo lhe foi repassado, um mendigo bateu-lhe à porta. Estava faminto e precisava de algo para comer.

Sem mais o que ter dentro de casa, o sapateiro lhe deu o bolo que havia recebido. O mendigo ficou rico; o sapateiro ficou sapateiro.

MORAL DA HISTÓRIA - Quem nasceu para ser sapateiro, sapateiro será. Ou, metalurgia não é coisa pra qualquer deputadinho de meia pataca. Deputado é deputado; metalúrgico é gente como a gente, pô!

HAPPY END - Como ex-metalúrgico Maia tem tudo para voltar a ser metalúrgico. Como deputado, pode ser processado por falta de decoro parlamentar. No Brasil, tem tudo para continuar fingindo que é as duas coisas.

O câncer tem cura no Brasil

E então, no meio de um desses jornais de TV, você é supreendido por uma reportagem especial sobre os heróis brasileiros que venceram o câncer. Tudo começou com a visitinha de médico feita por Luiz Erário da Silva ao ator Reynaldo Gianechini que já recebera alta do hospital Sírio Libanês.

Aí, surgiram os cânceres, as lutas e as vitórias de Ana Maria Braga, Hebe Camargo, Dilma Rousseff,  Glória Perez, Patrícia Pilar, Herson Capri, Gianechini, Lula. Sim, o câncer tem cura no Brasil! Até faz bem para audiência e para qualquer eleição.

Nenhum dos grandes exemplos de firmeza, determinação, coragem e superação se tratou e nem pensa em se tratar pelo SUS. Sim, o câncer das elites tem cura no Brasil.
Que bom para eles. Que pena para o resto dos brasileiros que estão na fila de espera há tanto tempo.

26 de jan. de 2012

Fazer compras em São Paulo é um saco!

Agora é lei em São Paulo: estabelecimentos comerciais de todo tipo, inclusive supermercados, estão proibidos de fornecer sacolinhas plásticas para embalar as compras. Não fornecem, mas vendem. Por enquanto, cada uma custa 19 centavos. Pronto, está salvo o planeta Terra!

Pero no mucho. Antes que um novo Big Bang aconteça, ou desabe um simples delúbio sem arca de Noé, é bom proibirem farmácias de vender remédios em capsulas; desodorante, spray de qualquer tamanho e feitio; sandalinhas Melissa, carrinhos de brinquedo, bonecas, vasos, toalhas, cortinas, bijuterias, carrocerias, roupas, sapatos, qualquer coisa que tenha ou seja plástico e até cirurgias do mesmo padrão.

Seio de silicone, então, nem pensar. E prótese para quem perdeu os balacochetes do que um dia foi um pênis, muito menos. O Ministério da Saúde não adverte o que deve ser feito com os milhões de camisinhas one way que os mais chegados gostam de usar e botar fora.

Se ficarem nessa hipócrita operação colibri, levando água no bico para apagar o incêndio na selva de cimento, o universo vai agradecer quando São Paulo comemorar 485 bilhões de anos. Enquanto isso, o mundo fica dependendo dos destinos que lhe estão reservados pelo prefeito Gilberto Kassab e pelas chamadas forças-vivas, de São Paulo, capital mundial da ecologia de araque. Tem que ter saco de filó pra aguentar essa pandilha! 

Habemus Papam, ma non riforma

A imprensa italiana ficou sabendo que no ano passado, o arcebispo Carlo Maria Vigano, secretário-geral do Vaticano até 2011, denunciou em cartas enviadas ao Papa Bento 16, a "corrupção" e a desordem na administração do menor Estado do mundo.

E sabe lá você, o que foi que fez o papa Benedicto? Pois, tomou imediatas providências. Prontamente nomeou Vigano como núncio apostólico nos Estados Unidos da América de Obama, em agosto de 2011.

Na época, os melhores e mais entendidos observadores romanos interpretaram a promoção como um castigo para o prelado, famoso, mal-visto e mal-quisto pelo rigor na gestão do Vaticano durante dois anos.

Osana! Aleluia! O papa é brasileiro! E como ficou amplamente provado na sua campanha para chegar à presidência, Dilma Rousseff é católica, apostólica e brasileira o suficiente para comungar nessas horas com as ideias e atitudes do supra/Sumo Pontífice.

Aguardai pois, ó crédulos! Vem por aí fumacinha preta na Esplanada dos Ministérios. Non habemus riforma ministeriale.

Na festa de HaHaHaddad

Cheio de si, livre das pedras que tinha em seu caminho, Michel Temer foi à cerimônia de lançamento informal da candidatura de Fernando HaHaHaddad à prefeitura de São Paulo. Desafiou os astros.

Os peemedebistas que defendem a candidatura de Gabriel Chalita estão montados num burro. Não conseguem entender como é que até a Marta Sempre Suplicy - que ainda pensa que é do PT - boicotou o HaHaHaddad, porque o Temer foi meter o bedelho por lá.

Nem o próprio hilário HaHaHaddad sabe. Chalita pode encontrar a resposta no dia em que fizer uma visitinha de médico a Luiz Erário Lula da Silva.
O viciado faz o traficante
Reprodução
O Brasil é o País das Cracolândias. Há pelo menos uma delas em cada cidade. Não vai ser com slogans que o governo vai acabar com o crack. É preciso tratar o usuário como se fosse o traficante. Sem consumidor não há mercado. Sem negócio não há traficante. O viciado faz o traficante.
Lula, o solidário
Foto: Instituto Lula
Luiz Erário Lula da Silva, aquele que o Corinthians aprendeu a não colocar na foto antes dos jogos decisivos, visitou e abraçou o ator Reynaldo Gianechini, às vésperas de sua alta no hospital Sírio Libanês. A televisão brasileira não merecia tanto.

QUEDA PARA O ALTO
A vertiginosa queda para o alto do Brasil para o 99° lugar no ranking mundial da liberdade de imprensa, realizado anualmente pela organização Repórteres Sem Fronteira, não causa nenhum espanto. É só mais um título conquistado pela pandilha de sevandijas do PT do Mal. Um dos fatores decisivos para a obtenção dessa notável colocação no campeonato mundial de caça à liberdade de expressão, é a insistência de restabelecer a censura no País com a instalação do marco regulatório das comunicações, sonho dourado do seu presidente de honra que tem azia ao ler jornais. No ritmo dessa queda para o alto, não demora nada, o Brasil alcança o topo do ranking.

MOTIVAÇÃO
O chefe de gabinete de Negromonte, o Mário que te espera atrás do armário, foi demitido por Gleisi Hoffmann que, quando fala "é a Dilma que está falando". Saiu cercado de malfeitos, mas o Mário aquele agarrado no pincel, disse para a imprensa curiosa que "o servidor foi destituído por estar desmotivado". Vai ver que os que ficam têm motivação de sobra para continuar fazendo o que foi feito até agora.

25 de jan. de 2012

"Os canalhas também envelhecem"


O flagrante foi dado pela reportagem da TV Bandeirantes. Na hora da premiação depois da final da Copa São Paulo de Juniores, nesta quarta-feira, no Pacaembu, o presidente em exercício da CBF, José Maria Marin, "embolsou" uma das medalhas destinadas ao campeão Corinthians. Ex-vereador, deputado estadual e governador de São Paulo, José Maria Marin, de 79 anos, foi jogador do São Paulo e presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF). Perto dos 80 anos, Marin supreende pela memória. Não esqueceu nada do que fez na vida.

Brasil, bom de Censura

O Brasil ficou no 99º lugar no ranking anual sobre liberdade de imprensa, elaborado pela organização Repórteres Sem Fronteira.

A listagem é feita há dez anos e avalia 179 países. O levantamento referente ao período 2010/2011 apontou a Finlândia, Noruega e Estônia entre os dez primeiros em 2010.

Aqui, na América Latina, o Uruguai foi o melhor colocado (32º). A Argentina ficou na 47ª colocação e Chile e Paraguai, empatados no 80º lugar. Piores do que o Brasil, aparecem Equador (104º) e Bolívia (108º). Nas últimas colocações ficaram Turcomenistão, Coreia do Norte e Eritreia.

Na semana passada, o International News Safety Institute (Insi) colocou o Brasil como o 8º país mais perigoso no mundo para o trabalho da imprensa.

Mas, não se impressione. Com o denodo, a garra e determinação que Lula, seu vassalo Franklin Martins e o PT do Mal se dedicam à instalção do Marco Regulatório das Comunicações, esse 99° lugar logo será superado. Ano que vem estaremos na 100ª colocação.

Pergunte ao Robin Hood

Um povo paga impostos para quê?!? Se você não sabe, pergunte ao Robin Hood. Ele roubava dos ricos que roubavam dos pobres, para devolver aos pobres o que os ricos não lhes devolviam em prestação de serviços. Pronto, é isso. Simples assim.
 
Em dez anos, por absoluta coincidência com o governo de Luiz Erário Lula da Silva, a carga tributária nacional subiu cinco pontos percentuais, saltando de 30,03%, em 2000, para 35,04%, no ano passado.

Esses dados são do IBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. Não é nada. não é nada, isso quer dizer que o aumento da arrecadação retirou R$ 1,85 trilhão a mais dos contribuintes brasileiros na última década.

Com essa micharia, o Brasil está entre os países que mais arrecadam tributos no mundo. Segundo o IBPT, estamos atrás apenas de nações europeias desenvolvidas como Dinamarca, Suécia, Itália, Bélgica, Finlândia, Áustria, França, Noruega, Hungria, Eslovênia, Luxemburgo, Alemanha e República Tcheca.

No bloco dos países em desenvolvimento, o Brasil ocupa a primeira colocação no achaque ao bolso do contribuinte, seguido por Coreia do Sul, Turquia, Rússia, China, Chile, México e Índia.

O drama dessa constatação é que, pelo segundo ano consecutivo, o Brasil é campeão dos campeões dentre os governos que menos oferecem retorno ao povo em qualidade de educação, saúde, segurança e investimentos públicos. O governo brasileiro é aquele que tem uma das mais caras máquinas administrativas do mundo e o que menos devolve para a população em serviços essenciais a dinheirama dinheiro que arrecada.

Desperdiça tudo em 38 ministérios que não prestam conta de suas atividades, numa infinidade de empresas estatais, em cargos de confiança para quem não tem habilitação, mas tem carteirinha do partido, em viagens ao redor do mundo, em shows palanques que se sustentam de corrupção e propina.

Para quê 513 deputados, milhares e milhares de vereadores; para quê tanto parlmanetar e cupinchas de politiqueiros; para quê tanto cargo de confiança sem concurso, sem qualificação? Nem se pergunte, você já sabe a resposta. Apenas perdeu a sua capacidade de indignação.

Reprodução/Abril
Agora, ao fazer de conta que só hoje sabe que o Brasil é bicampeão de má gestão e dizendo-se "convencida de que a gestão da máquina pública deixou a desejar no ano passado", a primeira-mulher-presidenta Dilma Rousseff tomou mais uma solução salomônica: decidiu criar a Secretaria de Gestão Pública, "especialmente incumbida de dar mais racionalidade aos gastos dos ministérios e ao trabalho dos servidores".

O objetivo de mais esse trambolho estatal é evitar o desperdício e melhorar o atendimento ao público. A ideia é estender a toda a administração federal mudanças como a alardeada nos postos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), onde as filas gigantescas cederam espaço ao agendamento por telefone (?) e à aposentadoria em cerca de 30 minutos. 

Aguarde então. Tudo estará resolvido a partir de agora. Não se atreva, porém, a ter um cancerzinho qualquer, desses que um dia todo mundo vai ter se não morrer antes de bala perdida.

Não se atreva, a menos que goze de um bom plano de saúde e tenha cacife suficiente para se tratar no Sírio-Libanês, no Albert Einsten, genéricos e similares. Qualquer coisa, pergunte ao Robin Hood.
 

24 de jan. de 2012

BRASIL, BICAMPEÃO DE MÁ GESTÃO

Enquanto a primeira-presidenta Dilma troca salamaleques com ministros que mexem no quieto e outros que só ficam quietos, o Brasil é classificado, pelas segunda vez consecuitiva, como o último colocado no ranking de países que não devolvem ao povo em serviços o que arrecada em impostos.

Isso significa apenas que o brasileiro paga a maior carga tributária do mundo e a grana vai toda para azeitar a máquina do Estado que, há mais de nove anos, é constituída por portadores de carteirinha do PT e seus coalizados, ao invés de voltar em forma de prestação de serviços ao contribuínte.

Quando um país vê despencar a cada mês um ministro, por ineficácia ou por extrema eficiência na consecução de malfeitos, tem mesmo é que ficar tranquilo e gostar muito de saber que uma carteira partidária vale mais que qualquer diploma

Não é pouco, não ser bicampeão de imposto posto fora. Mas pelo visto, a nação está feliz da vida porque paga o maior índice de corrupção da história desse país. Os 59% de aprovação ao governo - para quem acredita em pesquisa remunerada - revelam que não há nada melhor do que manter em dia esse regime de máfias que se infiltrou e se estabeleceu na coisa pública.

Esse triste título quer dizer apenas que o brasileiro já se acostumou a pagar pedágio para os malfeitores que se homiziam nos núcleos de domínio social.

23 de jan. de 2012

BOLA GENÉRICA

O Meu Personagem da Semana
(Criação de Nelson Rodrigues)

Por: Moisés Pereira /Porto Alegre

E começaram os campeonatos estaduais.  Uma competição ímpar no mundo do futebol uma vez que o nosso talvez seja o único país que tem essa disputa regional. São as primeiras escaramuças do futebol brasileiro em 2012. Campeonatos de curta duração com muitas equipes, o que determina que o formulismo impere no seu transcorrer.
Quando o calendário obrigou que a pré-temporada tenha sido de pouco mais de 10 dias as equipes de ponta começam o ano vacilando, às vezes com equipes emergenciais, uma vez que esta semana já começa a pré Libertadores.
Não é diferente no Gauchão, como é conhecido o certame no continente Gaudério.
Enquanto o Grêmio resolveu investir recursos que não tem e trouxe jogadores do nível de Kleber Gladiador, Marcelo Moreno, boliviano, não confundir com Mario Moreno o mexicano “Cantinflas”, e tenta repatriar Giuliano perdeu na estréia para o Lajeadense no estádio Olímpico.

O mesmo ocorreu com  o Inter  que no meio de um Conto Chinês para negociar  o seu maior Astro D Alessandro e tentando na Europa trazer reforços do nível de Dátolo, perdeu para o Avenida de Santa Cruz do Sul. Isto não quer dizer quase nada porque no final sabe-se que o campeonato será decidido nos Grenais, e o Campeão não será invicto para decepção dos estatísticos.

O meu Personagem da Semana poderia ser um destes jogadores em negociação Giuliano, Dátolo, D'Alessandro, Vagner Love, Nilmar namorando com o São Paulo, um dos três dirigentes do Grêmio que estão na Espanha, para negociar com um clube da Ucrânia, Fernandão que foi a Europa para reforçar o Colorado.

No entanto vi no Fantástico, na Globo no último domingo o Velho lobo Zagallo  repetindo a ladaínha de sua história no futebol brasileiro  num programa produzido para tentar perpetuar na memória do torcedor  a falsa verdade de que se trata de um fenômeno em matéria de méritos e conquistas.

Nada mais fantasioso. Zagallo foi um jogador medíocre que devido a política e rivalidade entre Rio e  São Paulo ganhou uma posição na Seleção Brasileira em prejuízo de Pepe, o ponteiro do Santos de Pelé, um artilheiro nato.

Como treinador teve vitórias pontuais e previsíveis, inclusive com um empate em 1994. Não contribuiu em nada para a evolução do futebol  no ponto de vista tático, estratégico e de gestão. Entrou para o folclore das superstições expondo-se à  própria sorte e à influência do número 13 nos resultados obtidos, como se isso representasse grande mérito para o futebol.

O futebol brasileiro chegou onde chegou porque sempre teve jogadores extraordinários em todas as gerações. Os treinadores com honrosas exceções contribuiram quase nada com as nossas conquistas.

E já que engulimos Feola, Falcão, Cláudio Coutinho, Lazarone, Dunga,  além do próprio, engulamos Zagallo o velho lobo como meu Personagem da Semana.

1° Encontro de Dilma com seu Ministério em 2012

A primeira-mulher-presidenta Dilma Rousseff realiza hoje a primeira reunião ministerial do ano. Em pauta, os planos de governo para 2012. Participam do encontro 38 ministros. De pessoas, hoje na sala de reunião, só mesmo os garçons e os mordomos, para a água mineral e os cafezinhos de sempre.

Vão roubar os outros, bandidos!

Assalto a ônibus, sequestro de professor em estacionamentos de supermercados, roubo em casas de gente humilde de subúrbio em que na fachada está escrito em cima que é um lar... A insegurança é tanta e tão descarada que, nesse Brasil desbraguelado, pobre rouba de pobre.

Essa bandidagem desenfreada acaba provocando nas pessoas de bem, no cidadão comum, aquele espírito malúfico que há nos recônditos da alma humana:

- Pô, estupra mas não mata!

Vendo esse drama cotidiano de não se poder mais botar o nariz pra fora da porta, de não saber se os filhos voltam pra casa, de não ir à padaria, ao bar da esquina tomar uma birita sem correr o risco de levar uma bala perdida na cara, a gente pula o que determina o bom senso e a obediência às leis para virar conselheiro de bandido:

- Seus sacanas, nos deixem em paz! Vão assaltar a Esplanada dos Ministérios, vão pular os pátios das Assembléias Legislativas, vão roubar, sequestrar e ameaçar quem tem dinheiro; quem tem vida mansa e não precisa trabalhar amanhã!

O diabo é que fica só na vontade. Não dá para os homens de boa vontade se igualarem a esse bandidos chinelões, desengravatados e burros.

Tão burros que só eles não entenderam ainda que o perigo de um assalto, de um sequestro, de um roubo à mão armada contra um pobre trabalhador é tão perigoso e tem a mesma pena de cadeia quanto atacar um desses caras podres de rico que tomam o que é nosso todos os dias. Mas que dá vontade, dá.

Um dia os malufs, delúbios, lupis, rossis, nascimentos, orlandos, caloccis, dirceus, mensaleiros, consultores, bandidos de toga e os luláticos que vivem dentro de nós se revoltam e vão à luta para equilibrar um pouco essa sociedade em que todos deveríamos ser "iguais perante a lei".
DAQUI NÃO SAIO
Sérgio Gabrielli torce o nariz para o anúncio de sua demissão da presidência da Petrobras que, inclusive, já teria data marcada: 13 de fevereiro, quando sua subalterna, Maria das Graças Foster, amiga de Dilma, tomaria o seu lugar. Para a imprensa que o procurou e para Dilma que só lhe deu o ar da Graça Foster mostrou-se altaneiro conhecedor dos estatutos da estatal e sem nenhum apego ao cargo: "Quem decide isso é o Conselho Administrativo da empreesa". Dito isto, bateu ponto e seguiu trabalhando.

BOMBANDO INFLAÇÃO
A Petrobrás vem amargando prejuízos há muito tempo. Só de janeiro a novembro do ano passado, perdeu R$ 7 bilhões por passa gasolina para os revendedores abaixo do preço de mercado. Foi o jeito brasileiro de camuflar a inflação.

DILMA GOVERNA
Essa aprovação geral ao primeiro ano da primeira-mulher-presidenta Dilma no Palácio, em todas as camadas sociais, em todos os estados da Federação, revela uma notória realidade: desde que Lula parou de falar, Dilma começou a governar. bastou seuLuiz Erário da Silva sair de cena para o governo aparecer.

ASEÇOR DE IMPRENÇA
André Vargas, porta-voz oficial do PT, é um engolidor de esses e erres; usuário contumaz de cedilha onde nem deveria entrar a letra C. Logo será o primeiro aseçor de imprença no mundo a ter um ghost writer.

VALE DE LÁGRIMAS
Negromonte, o Mário que espera atrás do armário, não serve para ministro das Cidades. Vai ganhar a cobiçada Codevasf - Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco, a título de prêmio-consolação. Um reconhecimento a sua capacidade de realização e seriedade no trato da coisa pública nesse imenso vale de lágrimas.

ENTÃO TÁ
O Brasil continua sem hotéis e sem aeroportos para atender à metade dos turistas estimados para a Copa do Mundo. Ronaldo Fenômeno, laranjão de Ricardo Teixeira, garante que o Brasil vai fazer "a melhor Copa do Mundo". Ah, bom.

22 de jan. de 2012

Idiotia

Os índices de audiência de um programa imbecil como o Big Brother Brasil e os 59% de aprovação que o Ibope pesquisou para o governo Dilma, só podem ser comparados com a popularidade de Luiz Erário Lula da Silva, nos tempos em que ele se achava imune. Ninguém, de sã consciência, é capaz de explicar tamanha idiotia coletiva.

Sai Gabrielli, entra Maria das Graças

O canal Globo News deu neste sábado (22) que Sérgio Gabrielli pediu demissão da Petrobrás. A desculpa é que ele deseja governar a Bahia. Levaria, daqui pra frente, dois anos para selar sua candidatura a babalorixá dos baianos.

Grandes coisas. Isso nem seria notícia se não fosse a ameaça de que Maria das Graças Foster é a figura que ressurgiu para ocupar a presidência da maior estatal brasileira.

Isso não seria notícia se ela não fosse casada com Colin Vaughn Foster, dono da C. Colins, uma empresa do ramo de óleo e gás que tem mais de 40 contratos com a Petrobras, metade deles sem licitação.

Isso também não seria notícia nesse Brasil Dilma da Silva se os contratos da empresa do marido de Maria das Graças não tivessem dobrado em número e tamanho depois que ela virou diretora de Gás e Energia da cobiçada petrolífera brasileira. Essa foi uma das muitas graças que Colin encontrou em Maria.
Maria das Graças Foster é do porte físico e funcional de uma Erenice Guerra e tão amiga e tão companheira boa e batuta da primeira-mulher-presidenta Dilma quanto a astuta antiga dona da Casa Civil. Agora vai!

21 de jan. de 2012

PT da Bahia deu a largada para a volta da Censura

A Bahia que já nos deu régua e compasso, agora conta com um Conselho de Comunicação Social. Composto por 20 membros eretos da sociedade civil e 7 amestrados do poder público, o Conselho foi instalado e apresentado pelo governador petista Jaques Wagner, duro feiticeiro consagrado, como um “espaço” onde movimentos sociais, jornalistas, empresários e governo poderão discutir os “problemas” da mídia na Bahia.

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Como assim, "problemas" da mídia? Se a mídia tem problemas, o problema é dela. É como o filho de Jaques Wagner ser mal-educado e os seus vizinhos terem que bancar a educação do pestinha. Se a vizinha ao lado fosse a Nega Maluca, ela saberia bem o que fazer e dizer pra o Jaques: - Toma que o filho é seu!

O Conselho foi parido numa Cúpula Estadual de Comunicação, em 2008. Uma cópia do modelito recomendado por Franklin Martins, eterno vassalo de Lula, para todos o governadores coalizados.

Dentre outras aberrações vestidas de dourado, os cupulantes defenderam o “controle social da mídia” – codinome do esquema para amordaçar a liberdade da informação. Um golpe que só faz bem aos interesses dos grupos organizados que fingem representar a sociedade e apregoam que o poder público deve meter o nariz onde não é chamado.

O Conselho dá à pandilha o poder de fiscalizar a atividade de jornalistas e de empresas de comunicação, tanto públicas quanto privadas, além de avaliar denúncias de abusos de direitos humanos, no arguto entendimento da banda bandalha, que sejam cometidas pela mídia.

É a censura aí, gentem! Tais conselhos desejam apenas impor à imprensa limites incompatíveis com a democracia.

Reprodução
O desaforado Conselho de Comunicação Social da Bahia, arrepia, rasga a Constituição, que preserva a liberdade de credo, pensamento e expressão. É apenas a primeira célula de uma série que vai se espalhar pelo Brasil, onde quer que haja um governador do PT, ou de seu séquito de aloprados e domesticados.

O PT deu a partida contra a imprensa livre. Desse jeito os sevandijas petistas tentam acabar com a azia de Lula que, hoje se sabe, tinha outras razões mais sérias que lhe ardiam no peito e doíam na garganta.

O PT só não fala mesmo é na criação de um Conselho para tratar das denúncias da imprensa sobre o regime de máfias que faz da corrupção uma ordem de serviço nos já instituídos Núcleos de Domínio Social, infiltrados pela ardilosa e lulática "estratégia de coalizão" nos três poderes constituídos.
É bom até que nem pense. Estragaria a tão necessária idéia. É bom que o PT e suas circunstâncias se preocupe em amordaçar a liberdade de pensamento e expressão. Assim dá tempo para que a própria sociedade que ainda tem capacidade de indignar-se crie o Conselho Nacional Anticorrupção.

A Bolsa ou a vida!

À beira de um infarto, Duvanier Paiva, assessor de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento perambulou à cata de atendimento de urgência pelos hospitais de Brasília.

Não foi atendido porque, saiu às pressas de casa e não levou o talão de cheques com ele. Morreu porque não aceitaram seu plano de saúde e ele não pagou caução.

O Ministério da Saúde agora investiga a negligência e omissão de socorro nos hospitais que só atendem mediante pagamento antecipado em casos de risco de vida.

Todo brasileiro deveria abrir investigação para saber por que o Ministério da Saúde só agora se interessa por esse tipo de crime. Pelo menos meia dúzia de casos como o de Duvanier Paiva acontecem por dia em hospitais de cada estado da Federação.

20 de jan. de 2012

FALTA UMA RAPOSA NA ESPLANADA

A cada momento surge o nome de um político na Esplanada como provável escolhido por Dilma para um ministério. Para lidar com isso é preciso jogo de cintura. Ou ser uma raposa polícia. É sabido que a presidenta não tem o primeiro requisito e que, de raposa, não tem nada.

Essa temporada de vitrine serve, no entanto, para nos remeter à velha mineirice de Tancredo Neves. Ele tinha sido eleito governador das Minas Gerais. E todo cabo eleitoral de luxo se achava no direito de dizer-se convidado para ocupar uma das secretarias estaduais do novo governo.

Um astuto ex-deputado, espalhou por todos os cantos de Belo Horizonte que seria um dos novos secretários. Era o seu jeito de pressionar Tancredo. O Raposão das Gerais só ouvia; não dava um pio. O dia da posse se aproximava e o político que sonhava com o cargo, pediu uma audiência com o governador recém eleito.

Levou com ele uma falange de repórteres, fotógrafos e cinegrafistas. Foi recebido com toda a pompa e circunstância. Tancredo convidou-o a entrar na sua sala reservada, deixando a mídia ensandecida do lado de fora. O diálogo foi rápido:

- Pois, não meu querido deputado...
- Dr. Tancredo, todo mundo anda dizendo que vou ser um dos seus secretários.
- Ah, sim já ouvi mumúrios a respeito, meu amigo.
- E então, Dr. Tancredo o que é que digo pra eles quando sai daqui?
- Diga-lhes que eu o convidei e que você não aceitou...

Deu-lhe um afetuoso abraço, encaminhou-o até a pora do gabinete e entregou-o aos holofotes da imprensa, sequiosa por novidades.

RODAPÉ - O episódio fica por conta do folclore político mineiro. Hoje, não há dessa mineirice de ocasião nos corredores do Palácio. Na melhor das hipóteses, você encontra um rato no Senado. O resto á gato.

Missa de 7° Dia - Sermão do Mensalão

Segundo Millôr Fernandes, a memória do brasileiro vai só até à Missa de 7° Dia. O Sanatório da Notícia manda celebrar esse culto à lembrança dos eleitores que já chegaram ao 7° ano de distância do infausto acontecimento. Elevemos, pois, nossos pensamentos e oremos:

Sermão do Mensalão

Em junho de 2005, os brasileiros ficaram sabendo que o PT estava montado e andava a galope em um cavalar esquema de compra de votos de deputados na Câmara Federal, para aprovar projetos do governo. Foi o primeiro grande sinal da maquiavélica "estratégia de coalizão pela governabilidade" com que, aos trotes, Luiz Erário Lula da Silva atropelou o Brasil

O escândalo animalesco ganhou o nome de Mensalão. Cada deputado custava cerca de 30 mil dinheiros reais ao mês. A pule vencedora era paga na boca do guichê com dinheiro público, desviado por um esquema de barbadas aplicado por Delúbio Soares, tesoureiro do PT, com o cúmplice Marcos Valério, lobista cujas apostas viciadas eram cometidas sob o comando do então dono da Casa Civil, Zé Dirceu.

Os mequetrefes levaram um coice quando veio a furo um vídeo em que Maurício Marinho, então chefe de departamento nos Correios, sorrindo para as câmeras sem saber que estava sendo filmado, aparece recebendo propina de empresários em nome do presidente do PTB, Roberto Jefferson - o histriônico Bob Jeff.

Como não é desses comandantes italianos que tropeçam na proa do navio e caem num providencial barco salva-vidas antes que o barco afunde, Bob Jeff atirou na pá dos ventiladores da imprensa persecutória a existência de um esquema de pagamento a quem, por absoluta convicção cívico-partidária, se tornava membro erecto e eficaz do governo lulático.

Envolvimento

Em julho daquele glorioso e distante ano de 2005, Luiz Erário estava na China, falando mandarim com seus amigos, irmãos e companheiros emergentes. Com o crédito de quem não cumpre uma promessa que faz com a enorme facilidade de quem tem corrida e jogo de cintura, Lula declarou - peremptório como um Tarso Genro desses que andam por aí - não saber da existência da quadrilha encabeçada por Zé Dirceu e formada por homens de confiança do seu governo.

Resultado

Depois da escatologia se espalhar pelas paredes da República, o então procurador-geral da dita cuja, Antonio Fernandes de Souza, achou demais e denunciou a banda podre que juntava os rampeiros do Palácio aos porões do Congresso Nacional. Lula nunca explicou direito como foi possível armar ao seu redor uma quadrilha tão numerosa e organizada. Falou até em "facada nas costas".

O procurador Fernando Souza deixou em branco no organograma da pandilha de sevandijas o posto logo acima de Dirceu. Mas para o próprio Ministério Público a "organização criminosa" funcionava com o objetivo de sustentar o projeto de poder do PT. E concluía com fantástico sentido de observação que era —"evidente que o beneficiário era o presidente".

Incrível como um presidente esperto, ágil e macaco velho em arapucas e combucas, não estivesse informado sobre o que se fazia no coração de seu governo, dentro de uma célula como a Casa Civil, chefiada por um companheiro bom e batuta como Zé Dirceu, a quem ele mesmo errônea e propositadamente chamava de "capitão do time", ao invés de chamar de "chefe da quadrilha" - como está no processo que até hoje se arrasta no Supremo Tribunal Federal.

Sabe o que foi que aconteceu? Bulhufas! A cretinice não chegou a a arranhar bastante a figura de Luiz Erário da Silva - que chegou a se acovardar com a hipótese do impeachment - a ponto de impedir sua re-eleição em 2006.

A missa vale a pena porque a alma brasileira não é pequena. Fazem sete anos. O processo se arrasta na mais alta corte de Justiça do País. E Zé Dirceu e os seus 40 mensaleiros estão aí, livres, leves, soltos. Dando as cartas e jogando de mão.

Um olho no padre e outro na missa

Não se sabe muito bem quantas, mas pelo menos meia dúzia de vezes, o mensalão tinha chegado aos ouvidos de Lula. Besteira até, esta constatação. Lula não só sabia como coordenava, pulava e andava lado a lado com o esquema. Como bom "marido traído", negou sempre. Bancou o descalcificado. Os chifres não nasciam na testa do seu governo.

Parecia até que nem conhecia Zé Dirceu, seu vizinho do terceiro andar no Palácio do Planalto. E, no entanto, tratava-se do cara que como presidente do PT, ex-militante de esquerda, cassado e exilado durante a ditadura militar, tinha arquitetado a campanha que levou Luiz Erário Lula da Silva à Presidência da República.

Como ministro da Casa Civil, Dirceu era o homem forte do governo. Forte e enrolado. Pouco mais de um ano depois de atingir o apogeu, os problemas de Dirceu começaram.

Na Casa Civil, sua turma ficou conhecida como a banda podre do governo. Waldomiro Diniz, seu companheiro de apartamento e um de seus principais assessores, encarregado pela negociação de cargos e emendas com deputados e senadores, caiu em fevereiro de 2004 ao ser pilhado naquele vídeo em que pedia propina a um empresário de jogos de bicho e de bingos.

Saiu Waldomiro e entrou Bob Jeff que acusou Dirceu de chefiar o mensalão. Foi então que apareceu o procurador-geral da República Antônio Fernandes Souza para dizer e escrever que o velho guerrilkheiro Zé Dirceu era sim o chefe da quadrilha.

A listagem de malfeitos no relatório que pediu a cassação do mandato de Dirceu, em dezembro de 2005, tinha o cabalístico número de sete acusações: comando do pagamento do mensalão, participação na farsa dos empréstimos bancários ao PT, trafico de influência para beneficiar sua ex-mulher, favorecimento um banco com crédito consignado, facilitação a outro banco em investimentos de fundos de pensão, defesa de interesses patrocinados pelo consultor Marcos Valério e manutenção de um assessor na lista dos que comiam e se lambusavam com dinheiro do valerioduto.

Deu no que deu

Sabe o que se passou? Dirceu saiu pelos fundos da Casa Civil em junho de 2005, depois de nababescos 30 meses no governo. Dirceu gabou-se então que saía de "mãos limpas" e "cabeça erguida".

Ele retomou seu mandato de deputado para "esclarecer todas as denúncias contra ele". Deu com os burros n'água: em dezembro, ele teve o mandato cassado e perdeu os direitos políticos por oito anos.

Virou próspero - tanto, ou mais que Palocci - consultor de empresas. Continua, com a carcaças que os deuses lhe deram, atuando no sub/mundo da política. Já teve um "gabinete" num hotel de Brasília para tratar de política.

Seu processo está na barra do Supremo. É nesse libelo crime acusatòrio que o procurador-geral da República afirma que "as provas coligidas no curso do inquérito e da instrução criminal comprovaram, sem sombra de dúvida, que José Dirceu agiu sempre no comando das ações dos demais integrantes dos núcleos político e operacional do grupo criminoso. Era, enfim, o chefe da quadrilha".

Se os empurrões com a barriga cessarem de repente, ele deverá ser até que enfim julgado pelo Supremo por corrupção ativa, formação de quadrilha e peculato. A expectativa é que pegue até 111 anos de prisão. Mas, no Brasil ninguém fica mais de 30 anos atrás das grades. Se tiver bom comportamento, ganha o pleno sol da liberdade um dia depois de cumprir um terço da pena. Uma pena, sem dúvida.

19 de jan. de 2012

Naufrágio à Italiana

Cazzo, il capitano era ubriaco!
Reprodução/Veja

O inesperado depoimento da loira Dominika Cermortan a favor de Francesco Schettino, o comandante que tropicou na proa do navio e caiu, é deveras esclarecedor. Na hora do desastre ela jantava com ele. Aquela escuridão repentina não foi blecaute, foi romantismo puro: Schettino oferecia à jovem moldávia uma ceia à luz de velas. Tinha, com certeza, pão e vinho sobre a mesa. Vino, mio fratello, troppo vino... Cazzo, o capitão estava bêbado! Ele não tropeçou para cair num providencial bote salva-vidas; ele cambaleou! E pelo que tem dito de abobrinha, continua de ressaca.

Dança com Lobos

Pássaro Esperneante falou e disse: “De todos os caminhos desta vida, existe um que realmente importa. É o caminho para o verdadeiro ser humano”. Ele resumiu assim a trajetória de John Dunbar, aquele que partiu para conhecer a fronteira e acabou encontrando a si mesmo. Mas isso é um filme antigo de Kevin Costner , o "Dança com Lobos" e não tem nada a ver com a Dança das Cadeiras da Alcatéia do Palácio. Este é um filme que gente também já viu. E a dança já começou.
 
Ministério da Educação - Fernando Haddad (PT) - Já foi. Saiu-se para ser candidato de Lula à prefeitura de São Paulo. Seu lugar agora é de Aloízio Mercadante que logo adiante surgirá no set de filmagens irrevogáveis.
 
Secretaria de Política para Mulheres - Iriny Lopes (PT) - Já vai. Arranjou uma saída honrosa. Tenta ser prefeita de Vitória do Espírito Santo, amém.
 
Ministério das Cidades - Mário Negromonte (PP) - Putz Pariu, o partido que a pasta, mas não quer o Mário que pega atrás do armário; prefere o que Dilma manda querer: Márcio Fortes. O diabo é que o PMDB tá de olho na boca-rica.
 
Ministério da Cultura - Ana de Hollanda (Sem bandeira) - Agora sim, está à beira de desfrutar o sol de verão em Copacabana. Marta Sempre Suplicy é a sua sombra.
 
Ministério da Integração Social - Bezerra Coelho (PSB) - Deve ficar no cargo. Híbrido e arenoso, tem o perfil ideal para o governo Dilma.
 
Ministério da Ciência e Tecnologia - Antonio Raupp (Técnico) - vassoura nova no Ministério que foi de Mercadante que foi para o MEC e que foi chefe de Raupp
 
Ministério da Educação - Aloízio Mercadante (PT) - chegou para ensinar que é errado ensinar errado e que dois e dois são quatro assim como 10 menos 7.
 
Ministério do Desenvolvimento Agrário - Afonso Florence (PT) - Deve sair do ministério que vai virar Secretaria de Negócios Agropeculiares.
 
Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior - Fernando Pimentel (PT) - Está na balança. Pesa contra ele sua empresa de, digamos, consultoria - que nem a de Palocci e a de Zé Dirceu. Só isso já é currículo de sobra para o governo que aí está.
 
Casa Civil da Presidência da República - Gleisi Hoffmann (PT) - Está se sentindo como se estivesse em casa.
 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Planejamento - Mendes Ribeiro (PMDB) -Sua inércia o garante na pasta de Michel Temer. Outra garantia de permanência na pasta que confessa desconhecer, são as temporadas de reciclagem no SUS do Hospital Sírio-Libanês.
 
Ministério da Defesa - Celso Amorim (Não é nada) - Amorim é apenas uma triste rima para Jobim. Na Defesa fica na retranca.
 
Ministério da Fazenda - Guido Mantega (PT) - Faz da Fazenda o seu sítio preferido. Continua fazendo mal ao fígado de todos nós.
 
Ministério da Justiça - Zé Eduardo Cardozo (PT) - Ninguém melhor do que ele para dirigir esse escritório do PT.
 
Ministério da Pesca e Aquicultura - Luiz Sérgio (PT) - É bom que fique onde está; com ele "nós pega peixe".
 
Banco Central - Alexandre Tombini (Técnico) - Fica sentado no banco. Seu pesodificulta qualquer troca.
 
Ministério da Saúde - Alexandre Padilha (PT) - Já passou da hora de Dilma gritar: - Vai pra casa, Padilha! Com ele, a Saúde fica como está: excelente para quem se trata no Sírio-Libanês.
 
Gabinete de Segurança Nacional - José Elito Carvalho Teixeira (Com bandeira) - Imexível. Por enquanto.
 
Desenvolvimento Social e Combate á Fome - Tereza Campello (PT) - Continua com a Bolsa Família à tiracolo.
 
Ministério do Esporte - Aldo Rebelo (PcdoB) - Noviço rebelde.
 
Ministério das Minas e Energia - Edison Lobão (PMDB) - Cheio de energia se faz de apagadão. É da alcatéia de Sarney. Gosta das minas.
 
Ministério das Comunicações - Paulo Bernardo (PT) - Comunica que dali não sai, dali ninguém o tira.
 
Ministério das Relações Exteriores - Antonio Patriota (Repartido) - Alter Ego de Amorim no Itamaraty.
 
Ministério do Trabalho e Emprego - Paulo Roberto Pinto (PDT) - Interino. Vai dançar.
 
Ministério da Previdência - Garibaldi Alves (PMDB) - É todo sorrisos. Não consegue parar de mostrar os dentes.
 
Ministério do Meio Ambiente - Izabela Teixeira (Ibama) - Fica por lá até que o meio ambiente se complete. Vai demorar.
 
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - Miriam Belchior (PT) - Ex-quase-viúva do falecido Celso Daniel de memória insepulta nos quadros petistas. Isso é garantia de permanência que não acaba mais.
 
Secretaria da Aviação Civil da Presidência da República - Wagner Bittencourt (Partido alto) - Não avoa dessa vez.
 
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República - Helena Chagas (Sem partido) - Sua isenção jornalística não lhe permite ter e muito menos tomar partido. Fica como está para ver como é que fica.
 
Ministério do Turismo - Gastão Vieira (PMDB) - Seu passaporte está visado com a garantia que lhe empresta o próprio nome. O que esse governo mais precisa e gosta é de um gastão.
 
Ministério de Assuntos Estratégicos da Presidência da República - Moreira Franco (PMDB) - Nem ele mesmo sabe o que quer dizer essa sua pasta, nem mesmo por que é que ela existe. O Lula faz tudo nesse campo de trabalho. É por isso mesmo que Moreira Franco fica onde está.
 
Secretaria dos Direitos Humanos - Maria do Rosário (PT) - Sua especialidade é tirar esqueletos do armário. Enquanto houver algum emparedado por aí, ela fica por aqui.
 
Secretaria dos Porto da Presidência da República - José Leônidas Cristino (PSD) - Está ancorado nas costas de Gilberto Kassab, pai de sua sigla.
 
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - Luiza Helena de Barrios (PT) - Fica e deixa tudo como está. Igualzinho, igualzinho. Tudo igual.
 
Ministério das Relações Institutcionais da Presidência da República - Ideli Salvatti (PT) - Garçonete ideal para o governo que serve a Dilma.
 
Gabinete da Presidêcia da República - Gilberto Machado (PT) - Garantido no serviço de pronta-entrega do Palácio. Araponga de Lula no gabinete da primeira-mulher-presidenta da República.
 
RODAPÉ - Então se você esperava grandes mudanças nessa prometida reforma ministerial, nessa verdadeira dança de cadeiras da alcatéia do Palácio, tome tento, porque quem pode dançar é você que não tem nada a ver com isso.

18 de jan. de 2012

CORINTHINAS 0X1 PORTUGUESA

Joguinho bom pra se fazer tempo diante da TV até começar a transmissão de mais uma rodada do Australia Open.

É sempre um prazer inusitado ver a bolinha em quadra, quando joga a Serena Wiiliams. Ela ocupa a tela inteirinha.

Outro prazer é a gente descobrir o dom da premonição: antever a derrota líquida e certa de Thomaz Belucci na segunda rodada de qualquer competição.

Mas, todo o prazer de assistir a um Australia Open se transforma em aflição só de se pensar na eliminação da russa Maria Sharapova. A expectativa de passar o torneio todo sem vê-la sacando, pulando e andando, voleando, suando e gemendo é uma tortura. Olhando Sharapova jogar, todas as outras são gordas. Sinceramente, além de jogar bem, o quê mais você acha que Maria Sharapova deveria fazer em quadra?

Ah, sim, sim... Portuguesa 1x0 Corinthians! O bom não foi a vitória da Lusa; o bom é que qualquer derrota no Corinthians vira crise. A Gaviões da Fiel já não aguenta mais esta série de derrotas que Tite acaba de iniciar nesta temporada.

E, por fim, esse futebol que a Portuguesa vem mostrando é bem feito para o Palmeiras. Tinha o Jorginho como treinador e o trocou pelo Felipão!

Vada a bordo, cazzo!

Na varredura geral pelos jornais de cada dia, não há um caderno de variedades que não traga uma manchete sobre o que está acontecendo no fantástico Big Brother Brasil da alcandorada Rede Globo. Não há uma só biboca no raio da Internet que não fale dessa grande atração da vida nacional; desse notável e definitivo campeão de audiência.

Não há um só colunista, de respeito ou sem um pingo de moral, que não meta o olho e o bedelho por baixo dos panos da enorme casa de tolerância que reúne uma pandilha de ilustres desconhecidos escancarando as entranhas de suas vidas sem qualquer importância, até que viram estrelas de uma sociedade cadente que parece não ter mais o que fazer.

Um estupro pra lá de previsível, pelo comportamento de um grupo de confinados que só pensam naquilo, tomou conta das casas e do imaginário  de um povinho que - antes a gente pensava - Deus colocou no Brasil para compensar o único país que Ele criara sem maremotos, terremotos e vulcões para ser apenas bonito por natureza.

Preocupa mais o que não disse o Grande Irmão Pedro Bial sobre a sacanagem que escapou do controle, do que a covardia do comandante Francesco Schettino que foi o primeiro a abandonar o navio Costa Concordia que bateu com os costados numa ilha da Toscana, às bordas da Itália.

Pais e filhos, psicólogos e cientistas sociais, padres, pastores e ateus convictos, pessoas e políticos tratam mais do mondo cane dessa velha patifaria televisiva que a Globo enfia goelas e cobertores abaixo de quem esteja no seu espectro de sintonia do que se importam com os destinos do Brasil da Silva que banaliza os escândalos e, qual um gigantesco e descontrolado BBB da Dilma, vem perdendo um ministro por mês e deixando uma quadrilha por dia na Esplanada dos Ministérios.

Pelo Big Brother Brasil - um reality show rasteiro, alienado e crápula que a Globo, em busca de audiência, trouxe para cá em 2002 - os brasileiros abandonaram o país na hora do mais evidente naufrágio da sua história política recente.

Interessa o estupro, muito mais que os escândalos cotidianos de corruptos contumazes que, num regime de máfias instalado nos porões do Estado já chegou ao convés dessa incomensurável nau de insensatos que aderna o Brasil.

Assim como o capitão Schettino abandonou o navio deixando a tripulação às voltas com os passageiros; assim como Dilma abandona a sua obrigação de cuidar do casco duro da República e fica à margem de tudo enquanto a nação afunda; assim está a sociedade brasileira, covarde e fujona de sua missão de ser um povo de bons costumes, com moral e vergonha na cara.

O brasileiro prefere discutir o Big Brother Brasil da Globo, do que mandar o governo fazer o que tem que fazer. O Brasil está afundando. Já está mais do que na hora de mandar Dilma trabalhar.

Na verdade, faz mais de nove anos que a voz rouca das ruas já deveria se fazer ouvir. Basta tropeçar e cair no bote salva-vidas gritando: - Vada a bordo, cazzo!

17 de jan. de 2012

ASSALTO EM LANCHONETE DA CÂMARA FEDERAL

Na semana passada, uma das lanchonetes da Câmara dos Deputados foi assaltada. O malfeito foi cometido no anexo-3. Os malfeitores levaram cerca de R$ 10 ou 12 mil em moedas, além de chocolates e uma máquina de cartão de crédito que estava ao lado da caixa registradora. A Polícia Legislativa não tem pistas. As imagens do circuíto interno de TV não têm nitidez suficiente para identificação dos malfeitores. Porta-vozes informam que, em se tratando da Câmara de Deputados, todos são suspeitos. Ali ninguém é inocente, até prova em contrário.

LULA, FORA

Pois então, Zé Mujica, presidente do Uruguai veio ao Brasil para visitar Luiz Erário Lula da Silva. Visitou, deu uma voltinha com a mulher pelos museus de São Paulo e se mandou de volta para a terra do Conrad Resort, capital de Punta del Este.
Foto Div/Instituto Lula
Almoço de Zé Mujica: Lula. No Instituto que tomou seu nome.

Ainda pensando que Lula é o presidente do Brasil, antes de se mandar, Mujica disse à mídia curiosa que está trabalhando com o companheiro Lula na construção de um grupo de personalidades para promover a integração latino-americana. “Estamos empenhados em formar um grupo de intelectuais e pensadores para dar corpo a uma doutrina para a integração” - falou e foi-se.

Como assim? Que grosseria, meu! Dizer uma coisa dessas, na lata do Cara... Se o grupo é de "intelectuais e pensadores", então Lula está fora.
Volta ao mundo com dinheiro público.


Valdir Raupp, senador e presidente do PMDB, com mulher dele, Marinha - deputada federal. Acabam de dar a volta ao mundo mais uma vez. Como sempre, com dinheiro das burras públicas. Chamado às falas pelos repórteres, Raupp alegou que não há nada de ilegal nas viagens e que todas foram a trabalho, as chamadas missões internacionais.

A verdade é que ninguém nota quando esse par de vasos viaja pelo mundo afora. O que faz falta para o trabalhador brasileiro é o dinheiro que eles atiram para o ar como se fosse deles. Esse é o tipo de gente que integra o regime de máfias que se infiltrou no Estado. A dupla faz parte do sistema implantado por Lula, o NDS - Núcleos de Domínio Social. Se o voucher deles fosse apenas de ida, a democracia nesse Brasil Dilma da Silva seria bem melhor.

Cínico e sorridente ele respondeu aos jornalistas com uma pergunta cheia de inocência:

- E qual é o problema?

Faltou alguém que lhe dissesse:

- O problema, senador, é que vocês voltaram.