O Meu Personagem da Semana
(Criação de Nelson Rodrigues)
Por: Moisés Pereira /Porto Alegre
E começaram os campeonatos estaduais. Uma competição ímpar no mundo do futebol uma vez que o nosso talvez seja o único país que tem essa disputa regional. São as primeiras escaramuças do futebol brasileiro em 2012. Campeonatos de curta duração com muitas equipes, o que determina que o formulismo impere no seu transcorrer.
Quando o calendário obrigou que a pré-temporada tenha sido de pouco mais de 10 dias as equipes de ponta começam o ano vacilando, às vezes com equipes emergenciais, uma vez que esta semana já começa a pré Libertadores.
Não é diferente no Gauchão, como é conhecido o certame no continente Gaudério.
Enquanto o Grêmio resolveu investir recursos que não tem e trouxe jogadores do nível de Kleber Gladiador, Marcelo Moreno, boliviano, não confundir com Mario Moreno o mexicano “Cantinflas”, e tenta repatriar Giuliano perdeu na estréia para o Lajeadense no estádio Olímpico.O mesmo ocorreu com o Inter que no meio de um Conto Chinês para negociar o seu maior Astro D Alessandro e tentando na Europa trazer reforços do nível de Dátolo, perdeu para o Avenida de Santa Cruz do Sul. Isto não quer dizer quase nada porque no final sabe-se que o campeonato será decidido nos Grenais, e o Campeão não será invicto para decepção dos estatísticos.
O meu Personagem da Semana poderia ser um destes jogadores em negociação Giuliano, Dátolo, D'Alessandro, Vagner Love, Nilmar namorando com o São Paulo, um dos três dirigentes do Grêmio que estão na Espanha, para negociar com um clube da Ucrânia, Fernandão que foi a Europa para reforçar o Colorado.
No entanto vi no Fantástico, na Globo no último domingo o Velho lobo Zagallo repetindo a ladaínha de sua história no futebol brasileiro num programa produzido para tentar perpetuar na memória do torcedor a falsa verdade de que se trata de um fenômeno em matéria de méritos e conquistas.
Nada mais fantasioso. Zagallo foi um jogador medíocre que devido a política e rivalidade entre Rio e São Paulo ganhou uma posição na Seleção Brasileira em prejuízo de Pepe, o ponteiro do Santos de Pelé, um artilheiro nato.
Como treinador teve vitórias pontuais e previsíveis, inclusive com um empate em 1994. Não contribuiu em nada para a evolução do futebol no ponto de vista tático, estratégico e de gestão. Entrou para o folclore das superstições expondo-se à própria sorte e à influência do número 13 nos resultados obtidos, como se isso representasse grande mérito para o futebol.
O futebol brasileiro chegou onde chegou porque sempre teve jogadores extraordinários em todas as gerações. Os treinadores com honrosas exceções contribuiram quase nada com as nossas conquistas.
E já que engulimos Feola, Falcão, Cláudio Coutinho, Lazarone, Dunga, além do próprio, engulamos Zagallo o velho lobo como meu Personagem da Semana.