Então agora o Brasil já sabe que Lalau - o juiz esperto que fizeram de bobo - é mesmo o primus inter pares. Foi preciso aparecer Eliana Calmon para mostrar que Lalau foi só o primeiro entre os iguais.
Eliana chegou para provar que toga não é asa de anjo. "Ali, ninguém é santo" - diria Seu Encarnado, o que não desencarna, em solidariedade à persecutória criatura que, enfim, pode abrir a caixa preta do judiciário, como Luiz Erário da Silva ameaçou no início de seu primeiro governo há longínquos nove anos.
Sentindo que podem provar do mesmo fel de 26 anos de confinamento sem grades, imposto ao notório Nicolau dos Santos Neto, o Supremo tomou urgentes providências no sentido de cobrir com seu manto de probidade a marcha da legalidade que a corregedora geral da República elucubrou nos salões do Conselho Nacional de Justiça, organismo de ajuda à Justiça brasileira.
Só essa atitude já revela o purgatório em que a magnânima magistratura brasileira está residente e domiciliada. Eliana Calmon caiu do céu. Os donos da verdade estão com um pé no caldeirão da cozinha desse verdadeiro inferno astral.
RODAPÉ - O Supremo Tribunal Federal, altar-mor do Judiciário, cheio de pompa e circunstância foi transformado pela "estratégia de coalizão" de Luiz Erário da Silva, em mais um dos núcleos de domínio social do regime estabelecido nessa ditabrandura que tomou conta do Brasil.