O programa Minha Casa Minha Vida emPACou e, na realidade, não existiu em 2011 para as famílias de baixa renda. Ao que tudo indica continuará nesse ritmo alucinante de marasmo em 2012.
Para empresários da construção civil, a alta dos preços dos imóveis, associada ao aumento das exigências como adequações para idosos e deficientes físicos inviabiliza a construção de unidades.
A alta é fruto da marolinha de inflação em que o país está surfando já nos atingiu, mas que o governo finge que não vê. A especulação decorre também da boa intenção governamental de adequar as residências às necessidades dos deficientes. A ideia, no entanto foi adotada de cima para baixo sem levar em conta os custos adicionais para os construtores. Na prática deu barraco.
Os especialistas garantem que o carnaval feito em torno do popularesco programa Minha Casa Minha Vida provocou a especulação imobiliária. Apartamentos que eram vendidos por R$ 90 mil no início hoje estão custando mais de R$ 170 mil.
Os que mexem com imóveis contam que o preço médio da moradia destinada a esse público subiu de R$ 42 mil para R$ 55,2 mil. Nos municípios da região metropolitana de São Paulo e nas cidades satélites e do chamado Entorno do Distrito Federal, o limite é de R$ 65 mil.
Em Brasília, o preço dos terrenos é tão alto que não foi construída nenhuma unidade para famílias com renda de até três salários mínimos. De novidade nisso tudo, só a inflação. O fracasso de tirar do discurso mais um programa do PAC já era esperado. Na hora de trabalhar o governo emPACa. Há dez anos que o governo lulático do PT faz saber, mas não sabe fazer.