Com a reforma ministerial, a primeira-presidenta Dilma, enfim, está cumprindo pelo menos uma de suas promessas - já que aquela das seis mil creches, está no papel como as moradias do Minha Casa, Minha Vida e o resto é o resto, só conversa.
E cumpre o que timidamente prometeu, porque em janeiro de 2011 herdou de Luiz Erário da Silva nada menos de 15 craques de malfeitorias.
Um que outro pediu para sair - caso de Jobim que estava farto de andar "cercado de idiotas" - os outros malfeitores foram se escafedendo pela soleira dos fundos - que chovia denúncia de corrupção, propina e malfeitos em profusão. Uma verdadeira revolta da natureza, feita pela indignação da mídia persecutória e vigilante; muito mais atenta e diligenta que a lenta presidenta .
Dilma está honrando a palavra palanqueada de promover a reforma, na marra. Teve um ano inteiro para programar a reconstrução de um governo seu mesmo - que ainda não aconteceu porque o PT e seu presidente de honra não deixam.
Teve tempo. Não programou, agora não tem mais. Tem que ir trocando por trocar. Empurra daqui, aperta dali e... geme que sai porcaria. Então dá descarga no que dá: têm saído os alhos e entrado os bugalhos; entram sempre seis nos lugares de meia dúzia.
O satírico escocês Thomas Carlyle já dizia que "toda reforma que não signifique mudança real do costume é sempre uma reforma inoperante". Uma lástima que nessa reforma Dilma não possa trocar o conselheiro Gilberto Carvalho por Carlyle.