O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

7 de mar. de 2012

Enfim, lá só tem filho disso e daquilo; filha dessa e daquela

Sabe o que é que está acontecendo com o PMDB? Sabe essa rebeldia, quase rebordosa toda que está pondo as manguinhas de fora? Não é nada, não. É só o baixo clero do partido, louco de inveja reclamando contra as regalias da alta corte da mais famosa facção partidária desde que a Redentora de 64 passou a ser a democracia de hoje.

Os coroínhas - tamb´me bastardos - já não aguentam mais ver o padre tomar sozinho o vinho da consagração. Eles também querem dar uma bicadinha. Também são,  porra! filhos dos deuses - de Cristo a Lula e vice-versa e, embora redundante, de vice-versa ao contrário.

Como a coisa já tá virando um porre, a turma da sacristia já se insurge de puríbulos em punho para a mais sacrossanta lavagem na bancada do Senado e mira na alma impura de Renan, filho ingrato que deixa - ó Calueiros! - as vicissitudes da vida tomar conta da liturgia pseudopolítica que rege, guarda, governa e ilumina, as melhores bocas-ricas dessa República, amém.

Eia pois que surge como um anjo impuro e canalha o tal manifesto do PMDB da Câmara que tem mesmo tudo a ver com insatisfação da bancada em relação ao PT e ao governo puro e imaculado da... Virgem santa!

O pecado capital é que tem tudo a ver também e inclusive e o que mais lhes der na telha com a revolta contra a cúpula nacional do partido.

Essa coisa comum e corriqueira de cupular constantemente e sem parar também pode ser mortal; aquela gota que transborda, sabe?!? Cupula, bicho. Cupula! E que pule o mundo que eu não me chamo Raimundo!

O enrosco é o seguinte: o vice-mais presidente da história dessa República, Michel Temer; o imortal presidente do Senado, o imortal Zé Sarney (surpreendentemente do PMDB do Amapá e não do Maranhão), os líderes na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN) e no Senado, Renan Calheiros (das Alagoas que nem o Collor), o presidente em exercício da legenda, senador Valdir Raupp (RO), e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RO) só negociam com o lulático governo Dilma em favor de seus próprios interesses. Porrra, não sobra nada para o aprendizes de espertalhões!

Comove, emociona e até constrange como esses caras são quase espertos! Mas nem tanto em níveis que atinjam os supra acima citados membros duros e erectos da pandilha de sevandijas do parágrafo anterior.

O que sucede é que o movimento da Câmara nessa deputantada toda acaba de se refletir no Senado, grande espelho de narcisos da mesma espécie e temível bando.

O senador Vital do Rego (rego dele e do PMDB-RN) anuncia que não seguirá mais as determinações da cúpula peemedebista. Quer dizer, no Rego não vai nada. Não vai se for no rego dele. Começa, como de praxe, a ir no nosso.

Pois Vital comunicou sua decisão a Jucá - o que não tá nem cá nem lá - e disse que fará o mesmo para Renan e Sarney.

Com a defecção de Vital do Rego de um lado, a porção do Grupo dos Oito rebeldes do PMDB no Senado passa a ser composta de nove senadores. Nada mais, nem menos do que a metade da bancada de 18 peemedebistas na grande Casa de tolerância nacional.

Isso quer dizer apenas que agora o partido está rachado ao meio no Senado. E que está - graças aos deuses e pragas aos diabos que os carregam - ameaçada a eleição de Renan Calheiros para presidente da Casa.

Quiuspariu! Enfim, o PMDB não é o MDB companheiro da Arena e nem tampouco o PMDB é o PT disfarçado de PDT da Dilma! Osana! Aleluia! Salve, salve! O Renan pode não ser o Sarney amanhã!

E sabe onde, no fim de tudo isso, você está sendo levado em consideranção? Isso aí, gentem! Na casa da mãe Joana. Lá só tem filho disso e daquilo; filha dessa e daquela!

Por causa dessa Joana filha disso e daquilo, dessa e daquela, nuca jamais o Brasil vai ter odem e progresso!