
Só a primeira-presidenta, em nome da velha amizade, já foi fazer uma "visitinha de médico",no mínimo e por baixo, meia dúzia de vezes. Isso, das fugidinhas rápidas que se sabe. Há suspeita de outras tantas. E todas sempre de enorme cortesia. Ninguém até agora pediu quebra de sigilo.
Esse caso dos encontros da criatura com o criador - você ainda se lembra disso? - é o típico avesso da visita médica: ela é quem pede consulta. E ele, paciente, dá a receita e nem cobra grandes coisas. Bom, pelo menos Dilma vai à cata do velho bruxo amigo e eterno companheiro guru.
Não há nada de charlatanismo nisso. Afinal, se trata de saúde política e não de algo que tenha a ver com pessoas. Só política, nada mais que política - uma coisa de políticos.
Os outros incontáveis papagaios de pirata, vão atrás de holofotes, fotografias e de 15 segundos de fama nos jornais de TV por declarações melodramáticas, tipo assim apoio moral, ajuda humanitária, como se o edifício de Lula fosse um Haiti.

Olha só o que fizeram com o presidente de honra do PT e diretor-geral e fundador do Instituto Cidadania que já atende pelo nome de Instituto Lula: o Cara está de volta às mãos da equipe médica do seu felizmente privado e merecido Plano de Saúde.

Já é hora de alguém dizer para essa pandilha e ao próprio Lula que solidariedade não é isso; não é essa invasão cotidiana da sua convalescência; solidariedade é o que os seus eleitores de verdade estão fazendo, desde que souberam do drama de seu líder: solidariedade é orar em silêncio e contritos para que Lula não se deixe cair em tentação e se livre de todo o mal, amém.