Moisés Pereira
Sempre admirei o Futebol argentino. Talvez pela minha origem quando o som das rádios portenhas ressoava nas barrancas do arroio Chuí e na voz dos locutores hermanos jogava-se muito mais do que dentro do campo.
Mas como não havia outro meio de conferir, a fantasia superava a realidade. Lembro da piada: O maior negócio do mundo é comprar um argentino pelo que vale e vendê-lo pelo que pensa que vale. Xenofobia à parte, acompanho na medida do possível o esporte bretão praticado em Buenos Aires e arredores. A ponto de lembrar a escalação da seleção co-irmã de 1957 que tinha Domingues , Delacha e Vairo; Gimenez, Nestor Rossi e Shadlein; e o famoso ataque, Corbata, Angellijo, Maschio, Sivori e Cruz. No famoso 2-3-5 do meu time de botão. Esse time ganhou de 3x0 do Brasil no Sul-Americano, em Lima, no Peru.
Seria desnecessário citar os grandes nome do futebol argentino e ficaria nos “vitaminados” Canilla e Maradona, o histórico Di Estefano, Ramos Delgado um dos melhores zagueiros que vi jogar no Santos, Perfumo, Passarela, e Batistuta. (Foto: Di Stefano e suas "copas").
Eis que agora o futebol argentino enfrenta uma crise sem precedentes, e até hoje não conseguiu iniciar o Torneio Clausura devido a insanáveis problemas financeiros. Foi instituído que clube com dívida com os jogadores não poderia participar do certame e faltaram integrantes para o campeonato.
Quem tinha jogadores que o mercado absorvesse vendeu e até o Corinthians paulista está importando o novo Messi, Defederico, um pibe do Huracán.
Lá como aqui o Estado, sempre ele, pela presidente Cristina instituiu a “Bolsa futebol”e liberou 600 milhões de pesos por 10 anos aos clubes em troca da transmissão por TV aberta que nada desembolsará aos clubes.
E assim vai o futebol no continente onde o Brasil passou a ser imperialista e por aqui temos dezenas de sul-americanos em nossas equipes.
