Óbidos vale a pena
Carlos Eduardo Behrensdorf - Roma
Carlos Eduardo Behrensdorf - Roma
Falando sozinho por estes corredores do Sanatório – onde o diretor está mais ensandecido do que qualquer paciente – resolvi dividir com parceiros, com alta ou recente baixa desconexa, comentários simples sobre paisagens.
Sendo assim, vamos ao óbvio: quando for a Portugal arranje tempo para uma visita a Óbidos. Apelando para um estilo misto de séculos passados, transcrevo parte da descrição feita por Joaquim da Silveira Botelho no livro Óbidos Vila Museu, edição da Câmara Municipal de Óbidos.
Lembre-se dos seus exigentes professores de português e veja como é o estilo de um escriba obidense:
“Alcandorado sobre escarpada e altiva penedia que extensas e verdejantes planuras envolvem, salpicadas de onde a onde de álacre casario repousa, nostálgico e adormecido, velho burgo medieval. Óbidos – Vila-Museu – assiste triste e resignado ao rolar dos séculos”.
“Espreitando, com olhar merencório, o mar distante que outrora lhe beijava os pés, mais magoado pela incúria dos homens do que pelas feridas do tempo. Esta Vila de Antanho, salpicada de atalaias e miradouros que com melancólico orgulho ostenta o título de 'mui nobre e sempre leal' espraia-se em suave declive pelo dorso de elevado morro, em modesto casario, que ruas e vielas serpenteiam e robusta cintura de muralhas estreitamente abraça”.
Como temporariamente o responsável técnico pela edição de imagens encontra-se em fase meditativa da Ala Hare Krishna, usarei fotos feitas com minha veneranda Kodak. Quem quiser imagens de melhor qualidade vá à internet: clique Óbidos e tudo se resolverá.
