Ao querer pressionar Lina Vieira, exigindo-lhe como prova cabal e definitiva a agenda com o dia, hora e local do encontro, revelou-se: "Afinal, uma reunião com um ministro não é coisa que se esqueça". Ora grande porcaria, encontrar-se com um ministro. Quem paga o salário dele para mal e mal fazer o que deveria fazer muito bem somos nós. Ministro é coisa que dá e passa.
Mas o nanicão falou com se recitasse a letra de um bolerão dos tempos de Lucho Gatica. Quanto romance sob as luzes daquela ribalta! Na verdade, a única prova se encontra na consciência de cada uma delas - Lina, a Breve e Dilma, a Rouchefe. Lula foi quem lançou lá do alto da rampa a pedra fundamental desse castelo de areia: mostrar a agenda de um encontro que teria sido feito às escondidas. E o desvotado pegou a onda que morreu na sua praia.
Das pasadas que levou dos que navegam em águas de aliados - aliados de Lula; alienados do povo - Lina Maria Vieira foi sutil e incisiva ao dizer, sem perder o rumo: "A mentira não faz parte da minha biografia". Foi assim como desafiar com toda a serenidade: "peçam a Dilma para ela lhes dizer o mesmo". (Foto: J.Freitas/Ag.Senado)