Agora que recebeu, na visão de Lula, o salvo-conduto do STF, Antônio Palocci já pode - além de processar o caseiro Francenildo por injúria, calúnia, difamação e voyeurismo - Antônio Palocci já pode colocar sua biografia de "pessoa não comum" a serviço dos planos do governo. Ele tem tudo que Lula pode querer para ser candidato a governador de São Paulo, ou até - não duvidem - de dar um chega-pra-lá em Dilma Rouchefe e concorrer ao cargo do próprio Lula em 2010. Saiba o que é preciso para agradar e acalentar os sonhos de Lula, acessando a página da Wikipédia - a enciclopédia livre. Está ali, para quem quiser saber:
Antonio Palocci Filho (Ribeirão Preto, 4 de outubro de 1960) é um político e médico brasileiro, membro do PT, nacionalmente famoso por ter ocupado o cargo de ministro da Fazenda no governo Lula até o dia 27 de março de 2006, quando foi substituído pelo então presidente do BNDES, Guido Mantega. Exerce, atualmente, o mandato de deputado federal pelo estado de São Paulo (2007-2011).
É filho do artista plástico Antonio Palocci e de Antônia de Castro (Dona Toninha Palocci), que foi militante na década de 80 da organização trotskista Convergência Socialista. Formou-se na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Na juventude, militou em diversas correntes radicais de esquerda, destacando-se seu envolvimento na Libelu, corrente trotskista de extrema esquerda. Foi co-fundador do Partido dos Trabalhadores e presidente do PT-SP (1997-1998).
Como servidor da Secretaria de Saúde do estado, criou o ambulatório de saúde do trabalhador. Também chefiou a diretoria regional de vigilância sanitária (Anvisa). Aos 28 anos, depois de ocupar cargos em associações de classe, sindicatos e na CUT, disputou seu primeiro cargo eletivo como vereador. Palocci nunca perdeu uma eleição.
Acusações de corrupção
Palocci é acusado de chefiar um esquema de corrupção da época em que era prefeito de Ribeirão Preto - SP. Através da cobrança de "mesadas" de até 50 mil reais mensais de empresas que prestavam serviços à prefeitura, o ex-ministro da fazenda alimentava os cofres do seu partido, o PT, com dinheiro ilícito. Nada, porém, foi provado até este momento.
Em [[27 de março]] de [[2006]], Palocci foi demitido pelo presidente Lula do cargo de [[ministro da Fazenda]]. Sua situação ficou insustentável a partir da quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro [[Francenildo Santos Costa]], testemunha de acusação contra Palocci no caso da ''casa do lobby'', mansão alugada pela chamada "República de Ribeirão Preto" para servir de sede para reuniões de lobistas e encontros com prostitutas, conforme investigações da [[CPI dos Bingos]].
Francenildo declarou ter visto o então ministro freqüentando a mansão para reuniões de lobistas acusados de interferir em negócios de seu interesse no governo Lula, para partilhar dinheiro além de abrigar festas animadas por garotas de programa. Seu depoimento na CPI foi cancelado por uma liminar expedida pelo STF, a pedido do senador [[Tião Viana]] (PT do [[Acre]]).
O caso envolveu diversos níveis hierárquicos dentro da estrutura do Ministério da Fazenda. Segundo apura a Polícia Federal, o presidente da [[Caixa Econômica Federal]], [[Jorge Mattoso]], teria recebido ordem - sem amparo judicial - do gabinete do ministro para verificar se havia algo suspeito na conta do caseiro.
Descobertos alguns depósitos em dinheiro acima da normalidade da conta, o assessor de comunicação do ministro Palocci, [[Marcelo Netto]], vasou o extrato do caseiro para a revista [[Revista ÉpocaÉpoca]], do grupo Globo de Comunicações, no intuito de desmoralizá-lo. Com a matéria de capa na edição de 19 de março, a revista insinuou que estes pagamentos poderiam estar sendo feitos por membros da oposição, numa alusão de que Francenildo poderia estar sendo pago para mentir.
O [[COAF]] (órgão subordinado ao ministro) abriu um processo contra Francenildo por lavagem de dinheiro. Descoberto que os depósitos eram legais, a imprensa virou-se contra o governo, estupefata com o crime de quebra de sigilo cometido pelo próprio Estado.
Após uma semana de desmentidos, acusações da oposição, protelamento de depoimentos e com a pressão dos meios de comunicação e da opinião pública, Lula alegou "quebra de confiança" e pediu o afastamento do seu mais importante ministro, último homem de sua estrita confiança que ainda permanecia no governo. Assumiu o cargo o presidente do [[BNDES]], [[Guido Mantega]]. Saíra também Jorge Mattoso, que foi indiciado pela Polícia Federal, além de parte do segundo escalão do ministério.
Palocci agora deverá enfrentar indiciamentos pelos crimes investigados na sua gestão como prefeito de [[Ribeirão Preto]].
Mas isso só vai melhorar sua situação, como se pode depreender aí no rodapé a seguir:
RODAPÉ - Como vem escapando de todos os processos - sem ser considerado inocente em nenhum caso até agora - Palocci volta a ter a folha corrida ideal para o governo fazê-lo candidato a qualquer coisa nesse país. Até mesmo à Presidência da República. Ele e seus fãs estão se lixando para a opinião pública.