O mensalão, os políticos e as emoções do esporte
José Cruz
Volto ao Mensalão, o fato histórico do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e repercuto no nosso ambiente de discussão, como fiz há alguns meses: há mensalão no esporte?
Por “mensalão” entenda-se não só o dinheiro pago a parlamentares para que se curvassem diante das vontades do Palácio do Planalto, mas a roubalheira de grana pública por “quadrilhas”, como concluíram os ministros do Supremo Tribunal Federal.
Por exemplo:
A Controladoria Geral da União determinou a devolução de R$ 50 milhões do programa Segundo Tempo porque o dinheiro não chegou ao seu destino. Então, quem ficou com a grana? Quem pagou o quê com o dinheiro que não lhe pertencia?
E se a Polícia Federal de Juiz de Fora constatou que R$ 2 milhões do programa Pintando a Cidadania foram desviados, quem se beneficiou dessa quantia?
O cara da “quadrilha” de lá foi encontrado? Quem é ele? Quando conheceremos o sujeito que embolsava a grana que não era sua, mas do poder público?
E os R$ 2 milhões da Federação Paulista de Xadrez, para o Segundo Tempo, que não foram aplicados como previa o programa, já voltaram ao Ministério do Esporte? E quando o Tribunal de Contas da União concluirá o relatório sobre falcatruas no Pan 2007?
Relembrando, aquele derrame de R$ 3,4 bilhões, há cinco anos, levou o ex-relator, Marcos Vilaça, a declarar que “faltou planejamento motivando improvisos e desperdícios”. Mas até agora tá tudo limpo, e a discussão principal, hoje, é sobre a proximidade do título do Fluminense e a queda iminente do Palmeiras. As emoções estão aí, no esporte.
O Brasil, lamentavelmente, é farto em corrupção e não há tempo para se acompanhar caso a caso, porque outro, maior, estrondoso, surge em seguida. É o que os ministros do STF chamam de “trama criminosa”. Sem fim, como se vê.
E tudo isso que narrei ocorreu apesar de o ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, ter afirmado que não havia provas de corrupção em sua gestão. Como se as constatações e determinações da CGU e TCU não fossem provas oficiais.
O crime está, também, em ser frouxo na fiscalização, facilitando a ação dos gatunos.
Se o ex-ministro tivesse tempo, suas explicações sobre esses casos seriam oportunas.
Mas não! Orlando Silva, derrotado nas urnas para a Câmara de Vereadores de São Paulo, está em campanha para eleger o prefeito do PT.
Com isso, ele poderá se candidatar a um espaço na Secretaria de Esportes e, lá, fazer campanha para a próxima eleição à Câmara dos Deputados, atrás de bom salário e imunidade parlamentar.
Política é assim, dinâmica. Depois, o STF que se vire.
Por “mensalão” entenda-se não só o dinheiro pago a parlamentares para que se curvassem diante das vontades do Palácio do Planalto, mas a roubalheira de grana pública por “quadrilhas”, como concluíram os ministros do Supremo Tribunal Federal.
Por exemplo:
A Controladoria Geral da União determinou a devolução de R$ 50 milhões do programa Segundo Tempo porque o dinheiro não chegou ao seu destino. Então, quem ficou com a grana? Quem pagou o quê com o dinheiro que não lhe pertencia?
E se a Polícia Federal de Juiz de Fora constatou que R$ 2 milhões do programa Pintando a Cidadania foram desviados, quem se beneficiou dessa quantia?
O cara da “quadrilha” de lá foi encontrado? Quem é ele? Quando conheceremos o sujeito que embolsava a grana que não era sua, mas do poder público?
E os R$ 2 milhões da Federação Paulista de Xadrez, para o Segundo Tempo, que não foram aplicados como previa o programa, já voltaram ao Ministério do Esporte? E quando o Tribunal de Contas da União concluirá o relatório sobre falcatruas no Pan 2007?
Relembrando, aquele derrame de R$ 3,4 bilhões, há cinco anos, levou o ex-relator, Marcos Vilaça, a declarar que “faltou planejamento motivando improvisos e desperdícios”. Mas até agora tá tudo limpo, e a discussão principal, hoje, é sobre a proximidade do título do Fluminense e a queda iminente do Palmeiras. As emoções estão aí, no esporte.
O Brasil, lamentavelmente, é farto em corrupção e não há tempo para se acompanhar caso a caso, porque outro, maior, estrondoso, surge em seguida. É o que os ministros do STF chamam de “trama criminosa”. Sem fim, como se vê.
E tudo isso que narrei ocorreu apesar de o ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, ter afirmado que não havia provas de corrupção em sua gestão. Como se as constatações e determinações da CGU e TCU não fossem provas oficiais.
O crime está, também, em ser frouxo na fiscalização, facilitando a ação dos gatunos.
Se o ex-ministro tivesse tempo, suas explicações sobre esses casos seriam oportunas.
Mas não! Orlando Silva, derrotado nas urnas para a Câmara de Vereadores de São Paulo, está em campanha para eleger o prefeito do PT.
Com isso, ele poderá se candidatar a um espaço na Secretaria de Esportes e, lá, fazer campanha para a próxima eleição à Câmara dos Deputados, atrás de bom salário e imunidade parlamentar.
Política é assim, dinâmica. Depois, o STF que se vire.