Com a alegação de que o decreto que reserva metade das vagas de universidades e institutos federais para alunos de escolas públicas, negros, pardos e índios contribui "para saldar uma dívida histórica do Brasil com os jovens pobres" o governo mandão e preconceituoso de Dilma Vana inicia um verdadeiro Apartheid eleitoreiro.
A regulamentação da chamada Lei de Cotas está publicada na edição desta segunda-feira do Diário Oficial da União.
"Nosso objetivo, com essa lei, é ampliar o acesso às nossas universidades e aos nossos institutos federais para os jovens das escolas públicas, para os negros e para os índios. Essas universidades e os institutos estão entre os melhores do país e, muitas vezes, as pessoas vindas das escolas públicas têm dificuldade de ter acesso à universidade pública", ditou Dilma Vana.
A grande dificuldade de acesso à universidade pública decorre do péssimo grau de preparação do ensino no Brasil que começa no Jardim de Infância, com cara de creches prometidas e jamais cumpridas, passa pelo ensino(?) Fundamental, tropeça no Médio, se lambuza no ProUni e bate de cara na universidade, onde chegam sem saber ler nem escrever - coisas absolutamente desnecessárias para um país que teve um analfabeto como presidente e uma doutora com diploma rabiscado como ditadora.
O que estão fazendo agora é o mesmo que o inclusivismo está fazendo com as pessoas deficientes no Brasil: a título de promover a inclusão social, empurram-nas para as redes regulares de ensino,.
Enfiam-nas na marra, para escolas que não têm estrutura física adequada, salas de aulas adaptadas, professores especializados, mão de obra qualificada para tratar dos deficientes, como eles vêm sendo tratados a duras penas pela iniciativa da própria população, pela própria sociedade que anda sempre de pires na mão, à cata de recursos para cuidar dos 46 milhões de deficientes que o governo jamais soube cuidar e dos quais agora quer se livrar, como está se livrando dos despreparados que empurra para o ensino superior - sejam brancos, negros, índios, amarelos - oriundos de um ensino inferior como poucos em qualquer parte do mundo.
No programa semanal Café com a Presidenta desta segunda-feira, Dilma Vana já avisou que as universidades e os institutos federais terão quatro anos para implantar a Lei de Cotas de forma integral, mas que os processos seletivos para matrículas em 2013 já precisam oferecer uma reserva de vagas de 12,5%. E, entre um pãp imaginário e uma bela taça de café com leite, ela sentenciou: "A lei vale para todos os cursos – inclusive, aos mais procurados, como medicina e engenharia, por exemplo".
E, para encerrar o programa, com ar professoral usou o guardanapo e lavou as mãos: "Quero dar um conselho para os quase 6 milhões de jovens que vão fazer as provas do Enem agora em novembro: que vocês peguem firme e estudem bastante, porque o Enem pode mudar a vida de vocês."
Tá bom. Mas despreparados pelo ensino pífio e enganador desde o fundamental até agora, eles vão estudar aonde, com que roupa? Em cursinhos que não podem pagar, ou vão para mais um Enem na base do chute, única opção que o MEC lhes proporciona até agora?
Melhor é acabar com isso tudo; entra todo mundo, sem Enem, sem ProUni, sem vestibular, sem financiamento, sem cota, sem nada: basta ser homem, mulher, pobre, negro, pardo, índio, gordo, careca, feio, barrigudo, aposentado. Aprender a ler e e escrever é outro papo. Até lá o cara pode até ser presidente da República. Nem precisa ser médico, ou engenheiro. Quem sabe apenas um integrante da base aliada.