Não é novidade nenhuma. Apenas matéria de fim de semana. Todo mundo já sabe que o brasileiro trabalha 150 dias por ano só para pagar impostos. Os outros 215 dias sua a camiseta para se conformar com a carga tributária que a máquina administrativa abocanha sem lhe devolver nada que preste em matéria de necessidades básicas como moradia, alimentação, saúde, educação, vestuário, higiene, segurança, transporte, previdência social.
Os governos brasileiros de todos os tamanhos - federal, estaduais e municipais - embolsam em tributos nada menos de R$ 47 mil por segundo, mais do que custa uma unidade do Minha Casa, Minha Vida; arrebanham R$ 2,8 milhões por minuto, o equivalente a 102 carros populares; metem nas burras públicas R$ 169 milhões por hora, o bastante para montar uma vila de 3.125 residências modelito Minha Vida ou comprar 6.149 carros populares.
O brasileiro cai como um pato todo santo dia diante de mais de 60 tributos entre impostos, contribuições, taxas federais, estaduais e municipais. Para os cofres do Palácio vão diretamente o Imposto de Renda e o FGTS; para a gordurama dos governos estaduais vão o ICMs e o IPVA e para as mãos do prefeito de sua cidade sobram o IPTU e o ISS.
E, com tudo isso no baú e com a chave do cofre na mão os governos ainda precisam de emendas parlamentares, consultores geniais e projetos mais mirabolantes do que especiais para fazerem saber o que não sabem e não querem fazer.
Depois você não sabe porque os têm tantos ministérios, tantas secretarias, tantas vagas de cargos em comissão para distribuir com os aliados terceirizados que, sem concurso e sem qualificação nenhuma, ganham mais que os efetivos que viram seus subalternos. E esses penduricalhos oportunistas é que decidem sobre o que nada sabem a respeito de tudo um pouco - de educação a saúde; de alimentação a transporte; de segurança a previdência social.
A notícia deste fim de semana é que o brasileiro já está acostumado a tirar o pão da boca dos filhos para dar aos governantes que se sustentam sustentando essa pandilha de incompetentes inertes. A entrelinha da notícia é que quem está acostumado, não estranha. Até gosta. Você percebe isso claramente, sempre que há uma eleição nesse País.
