Segunda-feira ao Jeito Lula de Ser

Plena segunda-feira. E lá estava no palanque, em São Paulo, a primeira-mulher-presidenta da República, Dilma Vana, atendendo a uma convocação de Lula, participando de um comício por Fernando HaHaHaddad.

Plena segunda-feira e lá estavam a seu lado, a hoje ministra da Cultura, Marta Suplicy e o irrevogável ministro agora da Educação Aloízio Mercadante. Plena segunda-feira.

Tá, a patacoada foi à noite. Não foi em hora de expediente. Não foi mesmo, mas o expediente já era para uma presidenta e dois de seus ministros. Ninguém deixa Brasília de uma hora para outra, sem perder pelo menos o trabalho da tarde.

Se essas três criaturas tivessem alguma coisa de útil para fazer, poderiam perder menos tempo do serviço que devem à nação, se o deslocamento para São Paulo fosse feito em um aparato voador qualquer desses que estão à disposição dos proprietários da coisa pública. Um bom helicóptero, por exemplo.

Deodó duvido que Marta tenha gastado sola de sapato indo a pé de Brasília a São Paulo; deodó duvido e faço pouco que Mercadante tenha tomado um ônibus e enfrentado as rodovias do Dnit que ligam o Distrito Federal à capital dos paulistas...

E deodó duvido também que, nesta terça-feira, qualquer um deles tenha retomado às 8h30, em Brasília, o expediente que interromperam ontem para atender aos apelos desesperados de Lula para se travestirem de cabos eleitorais do seu poste mais recente, Fernando HaHaHaddad, o hilário que editou o kit-gay, que não realizou uma prova do Enem sem um escândalo, que avalizou e pagou a cartilha que ensinava que dez, menos quatro dá sete e que é certo dizer "nós pega os peixe".

Pode-se duvidar à vontade, mas o melhor mesmo é a gente fingir que não vê. Afinal, esse é "o jeito PT de governar" que - conforme Marta sempre diz - "Lula nos ensinou".