Carniceria Oficial: Corte de primeira

Gilberto Carvalho, o Mala Preta, olheiro de Lula no gabinete de Dilma Vana, não tem medo de ser feliz e monta sem qualquer cerimônia a farsa lulista de sempre. Ele começou esta semana dizendo que os órgãos de fiscalização e controle do governo federal nunca tiveram tanta autonomia e liberdade, e que as coisas não estão mais embaixo do tapete.

Na maior santidade, Carvalho fez o verbo ficar por cima da carne seca:  "A impressão de que há mais corrupção agora não é real. O que há mais agora é que as coisas não estão mais embaixo do tapete". Só não disse que cada monturo de lixo desentulhado só tem gente desse governo que "não rouba, nem deixa roubar". Nunca antes na história desse país um governo teve tanta vocação para carniceiro: vive cortando na própria carne. E de quando em vez, à base de punhalada pelas costas.

O som do silêncio

Senado que tem Zé Sarney na presidência, não precisa de mais nada. Muito menos, qualquer atenção. Quem não se respeita, não merece ser respeitado.

Num tremendo jogo de cena, deixa de convocar Rosemary, a primeira-dama do governo paralelo sediado em São Paulo e Lula da Silva, o Simiesco que não escuta, não vê e não sabe de nada e, chama para serem ouvidos e perqueridos justamente dois ministros que não levaram punhalada nas costas, mas foram mais traídos do que o maior pateta que já presidiu esta nação: Zé Eduardo Cardozo, da Justiça e Luís Inácio Adams, da Advocacia Geral da União.

Eles foram os últimos a saber. As comissões de Constituição e Justiça e de Fiscalização e Controle, poderiam homenageá-los com os troféus Chapéu de Viking e Boina de Vaca, não necessariamente nesta ordem.

Chuva no molhado

Depois de amanhã, quarta-feira de muita cinza, o STF vai tratar da perda de mandato do condenado no Mensalão. Há fortes indícios constitucionais de que aqueles que forem condenado a penas de prisão devem perder os direitos políticos e o mandato, se é que alguém tem algum.

Mas, do outro lado da Esplanada, sem pruridos de ética e moral, há os que defendem que só os plenários da Câmara e do Senado podem cassar deputados e senadores.

O impasse é, na prática, chover no molhado. Quem vai notar a diferença de um deputado ou senador condenado dos demais que circulam por lá?!? O Brasil tem o Congresso que não merece, mas que os cartéis partidários escolhem para o povo referendar nas urnas, eleição após eleição.