O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

12 de dez. de 2012

QUARTA PÍFIA
E a quarta-feira 12/12/12 que tanto prometia foi pro beleléu. O Corinthians ganhou, Cachoeira não falou e Celso de Mello medrou. Amanhã é quinta-feira 13, pelo menos aqui no Brasil; no Japão é quase sexta. Azar deles lá. Para nós é só mais um dia de outro escândalo político, como outro qualquer. Outro qualquer dia, ou outro qualquer escândalo. Enfim, o início de mais um fim de semana que ninguém é de ferro.

AIÔÔÔ, CAVALARIA!
O governo e o PT montam sua tropa de choque para tirar Lula do fogo cerrado. Lula anda cambaleante, como quem tomou um direto no queixo e ficou nocauteado em pé. Quem não está acostumado, estranha. Lula só aguenta bem mesmo é punhalada nas costas. Atacado pela frente, dá no pé, foge do campo de batalha e só volta quando chega a cavalaria para ganhar a guerra. Assim, qualquer um banca o Zorro. Quero ver é ser John Wayne e acabar sozinho com os índios.

PAZ E AMOR
Depois desse enredo com Rosemary, a primeira-dama da Presidência da República em São Paulo, Lula anda meio acabrunhado. É que ele foi pego com as calças na mão. Dona Marisa nem precisa descobrir marca de batom na cueca, como o condenado Roberto Jefferson já avisou que não tem.

Basta que os dois se olhem olhos nos olhos. Quem baixar primeiro, perde. É por isso que, desde que sumiram as gravações de 122 telefonemas trocados entre o chefe e a chefa do governo paralelo, Lula também sumiu de vista. Só volta ao Brasil e ao aconchego do lar em São Bernardo, quando o uso do colírio dispensar os óculos escuros. Lula tem pavor de derrota. Ainda assim, vai ser uma parada voltar a chamar-se "Lulinha, paz e amor". Paz até que dona Marisa atura, mas "amor" é uma coisa que a deixa com a cara rósea de indignação.

LAR, DOCE LAR
Que casal! Quem ficou mais indignado: Lula com as declarações de Marcos Valério para a Procuradoria-Geral, ou dona Marisa com as declarações de Rose para Lula? A isso é que se chama botar a vida pública na privada. Ó lar, doce lar... Ó pátria, doce pátria.