Eu trabalho mais...
Falando na posse da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Lula vituperou como se estivesse em casa: "Só há um jeito deles me derrotarem: é trabalhar mais que eu. Se ficar um vagabundo sentado numa sala com ar condicionado falando mal de mim... Vai perder"! E assim falou Zaratustra.
Mas diz aí, "me derrotarem" em quê?!? O vagabundo que falar mal de Lula "vai perder" o quê?!? Lula acabou de dizer para um bloco de governadores que não é candidato a coisa nenhuma... Então no que será mesmo que, os que trabalharem mais do que ele, vão derrotá-lo? Ele concorre a Mr. Brasil, por acaso? Deve ser, depois que não conseguiu sentar na cadeira da ONU, nem foi cogitado para ser Mr. Universo, o título de bacana nacional pode lhe cair como uma luva. Ou, como se trata de pura avacalhação, cair como um úbere de nove tetas.
Cá pra nós, Lula é um cara de peito. Não tem medo nenhum de jogar todas as fichas em cada rodada, em cada lance desse jogo político em que ele chafurdou o Brasil. Lula só trabalhou um pouco na vida, quando perdeu o dedo mindinho canhoto por providencial excesso de perícia, numa prensa eletrônica quando estava metalúrgico. Depois, só foi cabo-eleitoral dele mesmo e até dos outros, o tempo todo. Mas trabalhar, trabalhar mesmo que é bom... Nem pensar. Estão aí os PAC-1 e 2 e 3 que deixou no discurso em cima de cada pedra fundamental para Dilma Vana resolver.
Então, essa bazófia é só mais uma bravata de Lula. Quaisquer vagabundos, até mesmo aqueles que ficam falando mal dele numa sala com ar condicionado, trabalham mais que Lula. O cara tem peito. Não tem medo de ser infeliz. E nem qualquer temor ou vergonha de reconduzir a primeira-presidenta Dilma Vana à reles condição de um poste sem luz na rua escura da amargura.
Só há um jeito de Dilma derrotar Lula e continuar presidindo o Brasil: é aparecer um malandro, no sentido mais amplo da vagabundagem, que levante o dedo diga: - Eu trabalho mais que o Lula!
Pronto, esse vagabundo pode virar vice-presidente na reeleição de Dilma Vana em 2014.