O Espírito de Porco se insurge
contra o Espírito de Corpo
Semana passada veio o Frei Beto dizendo que "O PT deve apurar e esclarecer tudo sobre o Mensalão". Para o ex-último dos moicanos intelectuais petistas, o esclarecimento devido aos brasileiros deve ser feito para mostrar todo bem ou todo o mal.
Agora vem o velho Genro, aquele Tarso que Lula já nem precisa mais, afirmando que o PT precisa esgotar a "agenda de solidariedade" aos condenados no mensalão. E, peremptório como sempre, conclama um ponto final para o assunto: "Já falamos o suficiente sobre isso.".
Uma privica, espertinho! Só os mensaleiros descobertos e os ainda não flagrados com a boca na botija é que acham que já falaram demais sobre isso. Na verdade, falaram de menos.
O que ainda há por levantar de remendos e emendas piores que as encomendas que continuam rolando por debaixo das mesas nessa verdadeira ceia de cardeais de araque é uma festa de panos de trapo. A conversa ainda nem chegou na cozinha. Está pelas portas de latrina. Melhor dizer uma festa de papel sujo.
De qualquer maneira, para que ninguém banque uma vez mais um pateta mais pateta que o presidente mais pateta que o Brasil já teve, é bom lembrar que por trás dessa peremptoriedade de Genro, está o aguçado espírito de porco que se insurge contra o espírito de corpo que Zé Dirceu, o líder dos mensaleiros condenados, quer despertar na desprevenida nação brasileira rumo a um combate sem tréguas com a democrática, legal e legítima soberania do Supremo Tribunal Federal.
Jamais convidem Genro e Dirceu para a mesma ceia de cardeais do PT, dos seus partidos terceirizados, dos elos da corrente majoritária do Partido dos Terceirizadores que não têm carteira de trabalho assinada, mas relaxam e gozam com o 13°, o 14° e o 15° salário, fora o alho.
Melhor, convidem sim. Vai ser bom ver um jogando o prato de sopa na cara do outro. Mais que bom, vai ser incrível, fantástico, extraordinário saber que os dois têm uma mira infalível.