Não Lewandowski não tem dupla personalidade; ele apenas assume, de quando em vez, a identidade de Zé Dirceu.
O maior defensor do chefe dos malfeitores que cometeram malfeitos contras as burras públicas, comprando ou deixando-se comprar, quer derrubar a teoria do "domínio do fato" - na insistente pretensão de fazer os demais ministros do Supremo a aplicarem o direito formal para sepultar de vez o direito moral. É a única saída que encontrou para salvar a pele do mais graúdo dos mensaleiros.
Quer provas. Cadê as provas, cadê?!? Refrão curtido e envelhecido pelos corruptos e corruptores que tomaram de assalto o Brasil Dilma da Silva. E o Catita do Regimento deu um passo à frente, ajoelhou e rezou: - Não existem elementos para condenar o réu e o absolvo! Só faltou acrescentar, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, amém.
A impressão que se tem, no entanto, é que Lewandowski, ao clonar Lula que não viu nada, não soube de nada, não encontrou nada, já tem sua biografia condenada. Mal concluiu a defesa de Dirceu, ele foi bombardeado por seus pares e ímpares da mais alta corte de Justiça do País. Nem notou a ausência de Joaquim Barbosa. Não foi preciso.
De qualquer maneira, o ministro revisor mostrou uma vez mais a quem interessar possa que vale a pena fingir-se de Lewandowski, bem do jeito que fez hoje e para sempre o ministro que não se importa de parecer o mais pateta do Supremo Tribunal Federal.