Réquiem para a CPI do Cachoeira

Coveiro faz a oração do funeral

Odair Cunha, confrade do baixo clero da Câmara Federal, alçado ao posto de presidente da CPI do Cachoeira vai ler sem pejo e sem qualquer sinal de constrangimento nesta semana que entra, o relatório final da comissão que, com mão de ferro e consciência flácida, ele ajudou a enterrar.

A maneira parcial e submissa às ordens superiores como foram conduzidos os trabalhos foi mais escandalosa do que o próprio escândalo que, investigado com a devida seriedade, seria - e é! -muito maior que o Mensalão.

Na realidade, o ato de leitura solene da farsa mista daquela grande casa de tolerância nacional não será mais nem menos do que um réquiem na composto para mais um funeral da honestidade e da democracia.

Não há um organismo do governo que não mostre pelo menos respingos dessa cachoeira de fraudes e assaltos aos cofres públicos. A oposição - que não teve forças nem jeito para desbancar o engodo - vai elaborar um relatório paralelo que será enviado ao Ministério Público.