Ah, se fosse no crime organizado pé de chinelo!
Mano Menezes não foi o único a ser demitido para alegrar o fim de semana. A chefa do escritório da Representação da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, também levou o chute no traseiro.
A afilhada deixada como mais uma das heranças benditas de Lula para o governo Dilma foi indiciada pela Polícia Federal por corrupção e tráfico de influência.
Aí, a primeira-presidenta Dilma Vana subiu nas tamancas, relembrou seus bons tempos de faxineira, tirou a vassoura detrás da porta do Palácio e varreu a finória que sequer contava com a simpatia da antiga primeira-dama, a galega Maria Letícia da Silva.
O advogado geral da União substituto, José Weber Holanda, também será exonerado da função de número 2 do organismo putrefato.
Agora sim, Dilma Vana está pondo em prática a tática de conquistar popularidade usada com enorme sucesso pelo seu antecessor: um escândalo atrás do outro, até que venha por aí mais uma eleição.
Não é que mais esse ninho de falcatruas esteja borrando as paredes do gabinete de Dilma Vana; esse cartel de corrupção bate à porta do padrinho da máfia que se infiltrou nas veias da República Federativa do Brasil.
É incrível, fantástica, extraordinária a capacidade do Capeta de tutti capi manter-se imune e ainda venerado e protegido justamente por aqueles a quem sempre abandona nos momentos mais difíceis e comprometedores.
Se isto ocorresse com um chefão do crime organizado pé de chinelo, ele já teria sido atingido por um taco de beisebol, por deixar seus companheiros se queimarem usando a lei da Camorra, o código do silêncio, em proveito próprio.
Sorte do Capeta que tudo isso acontece no seio do crime organizado de gravata vermelha e colarinho branco que tomou conta do Brasil da Silva.