O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

21 de nov. de 2012

O Come Quieto

Com 10 anos e caqueradas de cadeia nas costas, Zé Dirceu não perde a pose. Agora distribuiu releases dizendo que põe em dúvida a "renovação" anunciada pelo PSDB.
 
Reprodução/AE
Grande coisa. Qualquer um no Brasil, conhecendo os tucanos que conhece, põe em dúvida essa tal renovação. Não precisa do palpite de nenhum presidiário. Tanto não precisa que ninguém lhe pediu para falar nada sobre coisa alguma.

Isto posto, diga-se a bem da consciência geral que essa opinião poderia soar como desfaçatez de um político em trajes de banho, com um pé na porta da cela... Mas saída assim da boca de Dirceu não causa nenhuma surpresa.

Não fosse quem é, ele já teria largado a chave do portão dos fundos do presídio do Tremembé e seguido o conselho do ministro da Justiça, Zé Eduardo Cardozo que, inconformado da vida com o sistema carcerário brasileiro, não cumpriria pena de cadeia nem morto, companheiro.

Sem essa disposição toda para enfrentar a grande aventura, as doces venturas e as amargas desventuras de um porvir em um presídio de segurança máxima brasileiro; sem a vocação de um herói da Eutanásia demonstrada por seu correligionário hoje à testa da Justiça de Dilma Vana, Zé Dirceu bem que poderia orientar-se melhor com relação ao guarda-roupa que vai levar para a temporada de reclusão.

Para não passar pelo pior - que o PCC e o CV estão de olho na rica e poderosa carne fresca que pode querer assumir o comando que hoje lhes pertence - Dirceu deveria comer em tranca. É a melhor estratégia de coalizão com os novos colegas para não correr o risco de passar de corrupto ativo a passivo. Pelo menos seria um interno com fama de Come Quieto.

RODAPÉ - Só mesmo no Brasil da Silva alguém é condenado pela mais alta corte de Justiça do País por corrupção ativa, formação de quadrilha e co-piloto de um deslavado esquema de propina, e ainda assim continua dando pitacos, comandando a massa e balançando a pança. Não há país no mundo que se ajoelhe diante de uma humilhação desse tamanho e feitio.