Ele só pensa naquilo
Assim como Lula do PT está de olho no lugar da primeira-presidenta Dilma Vana do PDT, Eduardo Campos do PSB está de olho no lugar do vice-presidento Michel Temer do PMDB. E assim é, então, que com Michel Temer sendo empurrado para o Senado, o PT vai perdendo a um só tempo o movimentado democrático Michel Temer e o socialista brasileiro Dudu Campos, um aliado de peso.
Como sem aliados o Partido dos Trabalhadores de Lula perde até para o espermatozóide capenga, o PT vai ter que engolir sapo e se juntar com os tucanos, já que Dilma Vana de coração brizolista pode ceder à estratégia de coalizão do PMDB, vencedor das últimas 200 eleições no Brasil, eis que desde os tempos da Redentora quando era MDB não sai das barras do poder.
O diabo é que tucano ãté se bica com petistas, mas nem por decreto pensa em aconchegar frutos do mar em seu ninho. Aí a porca começa a torcer o rabo.
É por isso que vira e mexe Lula da Silva está conversando e tomando um vinho com Dilma Vana no Paláciodo Planalto, ou nas acomodações do inerte Instituto Lula, em São Paulo. Por acaso, sempre às vésperas de qualquer anúncio ligado a 2014.
Para o Brasil e para o mundo ainda é cedo para estabelecer ligações perigosas com vistas às eleições presidenciais; para Lula, presidente com prazo de validade vencida, a hora é agora. Mas bem do jeito Lula de ser: dizendo uma coisa e fazendo outra, como quem só pensa naquilo.
Chama o Namor!
Mesmo sendo apenas a ponta do iceberg, o Mensalão expôs aos olhos até daqueles que não querem ver o perigo do cartel de corrupção e todos os malfeitos imagináveis infiltrado na máquina pública pela perniciosa "estratégia de coalizão pela governabilidade" confessadamente posta em prática por Lula desde 2002, quando estreou como presideus da República.
E o Mensalão só trouxe à tona meia dúzia de parlamentares que mergulharam fundo e não souberam livrar-se das iscas que lhe foram lançadas. Os outros 507 deputados e uns que outros dos 81 senadores, estão até hoje livres da rede de pesca e dos arpões da caça submarina, nadando de braçada a favor da correnteza.
O Cartel dos Calamares é um iceberg inteiro. Ainda vai fazer do Brasil um imenso Titanic. A menos que Joaquim Barbosa, uma vez presidente do STF, se transforme em Namor, o Príncipe Submarino.
Chama o Piu Piu!
Que ofensa essa obrigatoriedade de entregar os passaportes por suspeita de fuga para o exterior! Nem quando foram condenados como corruptos, lavadores de dinheiro e quadrilheiros, os mensaleiros se mostraram tão ofendidos, tão injuriados. Ó Deus, ó céus! Quanta maldade!
Pulo de gatos
Essa entrega espontânea e bem comportada de passaportes tem por trás pulo de gato. Os condenados podem recorrrer e recuperar os salvos condutos, pela sua natureza de "decisão monocrática", sem aval do plenário do Supremo. O recurso é imaginável principalmente para os blindados por dupla cidadania, caso de alguns como Pizzolatto, o injuriado condenado, cuja sentença ainda não transitou em julgado. Ainda nem é hora, mas a famiglia de Lula é também "italiana".
Humanização
Agora a notícia boa que vem lá dos meandros da fonte para qual a luta continua, companheiros! - é que a cada minuto pelo menos quatro pessoas são vítimas de uma tentativa de fraude no Brasil. Isso quer dizer, nas entrelinhas, que os malfeitos dos malfeitores do Mensalão, não passam de mais uma modalidade pura e simples do bom e velho jeitinho brasileiro. Se quase todo mundo no Brasil é salafra, por que os governantes e os parlamentares não podem ser também? Cometer malfeitorias é o caminho mais fácil para a humanização dos políticos. Pode até nem ser, mas espalha, espalha!
Fidelidade Canina
Em São Paulo, vereadores recebem doação de assessores do próprio gabinete. Parlamentares do DEM, PSD, PC do B, PSDB e PT estão entre os beneficiados por verba de funcionários. Quer dizer, os pobres bichos estão pagando para trabalhar. Isso é que é "fidelidade canina" ao dono da vaga. O funcionário é o cão, melhor amigo do homem; o vereador quer ser o homem.
Bobão
Diretor
da CIA pediu demissão depois de admitir um caso extraconjugal. David Petraeus revelou o romance, em carta redigida "em termos humilhantes"; Obama
aceitou a renúncia. Bobão, esse David. Deveria ter se aconselhado com Renan Calheiros, tão feio quanto ele e que, além de manter-se no poder, já pode até estar voltando a ser presidente do Senado.