Hoje, governante com prazo de validade vencido, bem remunerado presidente de honra e glória do PT, multi-aposentado, dono do Instituto que lhe rouba o nome, inventor de postes, palestrante oficial de cachês milionários e cabo eleitoral profissional, Lula não tem mais desculpas para suas incapacidades físicas e nem para o seu periódico e sempre oportuno déficit intelectual.
Já deveria estar usando, há muito tempo, aqueles diminutos e práticos aparelhos contra surdez, nas duas orelhas - a dos elogios e aquela que captura os apupos.
É coisinha simples, corriqueira que pode ser encontrada tanto em hospitais de alto padrão, fora do alcance dos brasileiros comuns, quanto em qualquer postinho avançado do Sistema Único de Saúde.
Sua baixíssima visão já teria clareado de vez, se o simiesco homem público tivesse tomado a iniciativa de agendar uma simples operação de catarata, hoje uma cirurgia ao alcance de qualquer aposentado do INSS. Esse processo requer um tiquinho a mais de tempo e precaução, já que se aconselha primeiro descataratar o olho que fica no padre, para só depois de alguns dias partir para a missão de desanuviar aquele outro que fica na missa.
Quanto ao problema de emudecer por não saber nada, bastaria, para saber das coisas, matricular-se no primeiro e mais próximo colégio da rede regular de ensino público.
Uma escola ali nas cercanias do seu apartamento em São Bernardo do Campo, cidade do ABC Paulista, onde foram descarregados os 11 caminhões de mudança procedentes de Brasília. Lula é cego, surdo e mudo por vocação bissexta. Com fortuitas e providenciais recaídas
E então estamos diante de um perigoso enigma políticossocial; diante de uma Esfinge cabocla que nos desafia a traduzi-la sempre que estiver sorrindo marota a nossa frente.
Vivo fosse, o mano Gordo Renato, o pensador popular mais intuitivo das últimas décadas que ocupava mesa de bar como se fosse consultório sentimental, ele nos ajudaria a decifrar o problema com toda simplicidade. Traduziria Lula com um de seus mais agudos e cristalinos conceitos de boteco e de butique:
- O pior cego, não é aquele que não quer ver, nem muito menos aquele que quer ver... O pior cego é aquele que, quando quer, se faz de surdo e mudo também.