Presídio de Segurança Máxima...
O que é isso, companheiro?
Já que Zé Eduardo Cardozo, ministro da Justiça de Dilma Vana e do PT, cheio de sentimentos solidários para com os companheiros condenados resolveu tocar no assunto, seria bom que o brasileiro de boa paz soubesse o quanto se deixa levar por frases de efeito e clichês cotidianos.
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 Zé Eduardo prefere a morte a uma cadeia com cheiro forte. Para ele é preferível morrer do que curtir uma temporada num presídio brasileiro. O notável é que ele abomina e teme logo esse tipo de cadeia que está justamente enquadrado nas metas, objetivos e atividades de um ministro da Justiça que seja atento e diligente na sua missão de governar a parte que lhe toca nesse latifúndio chamado Brasil. Brasil Dilma da Silva.
Zé Eduardo prefere a morte a uma cadeia com cheiro forte. Para ele é preferível morrer do que curtir uma temporada num presídio brasileiro. O notável é que ele abomina e teme logo esse tipo de cadeia que está justamente enquadrado nas metas, objetivos e atividades de um ministro da Justiça que seja atento e diligente na sua missão de governar a parte que lhe toca nesse latifúndio chamado Brasil. Brasil Dilma da Silva.Já se sabe o que o companheiro ministro há de descrever: uma espécie de masmorra hi-tech, cheia de aparatos tecnológicos, aço, ferro e cimento em abundância; afinal o que abunda não prejudica...
Dirá didaticamente que se trata de um tipo de lar amargo, com celas individuais, de entrada restrita e impossíveis saídas intempestivas; uma casa cercada de reforços concretos, com hora de recreio e banho diário de sol quando o clima não está para chuvas e trovoadas;
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 Será assim, no seu mode de ver, como uma grande casa de retiro com parlatório de vidro blindado para visitas nem tão intimas quanto aquelas que a mulher de Carlinhos Cachoeira faz de quando em vez e que as namoradas de velhos guerrilheiros de balas perdidas querem agora fazer todos os dias; um local onde celular não entra por cima dos muros que têm guaritas - só por baixo dos panos, até porque há fios de aço cruzados isolando o céu para inusitados pousos de helicópteros.
Será assim, no seu mode de ver, como uma grande casa de retiro com parlatório de vidro blindado para visitas nem tão intimas quanto aquelas que a mulher de Carlinhos Cachoeira faz de quando em vez e que as namoradas de velhos guerrilheiros de balas perdidas querem agora fazer todos os dias; um local onde celular não entra por cima dos muros que têm guaritas - só por baixo dos panos, até porque há fios de aço cruzados isolando o céu para inusitados pousos de helicópteros. Há poucos, muito poucos deles para um país de dimensões continentais como o Brasil da Silva. Os mais charmosos e conhecidos são o de Tremembé, Catanduvas, Mossoró, Porto Velho, Campo Grande, Papuda... É de lá, no entanto, companheiro Zé Eduardo que a luta continua!
Assim como de dentro dos presídios de segurança máxima o PCC, o CV e seus genéricos mandam no crime organizado das ruas, Zé Dirceu e seus mensaleiros apenados - se chegarem a ser hóspedes de uma cadeia dessas - continuarão mandando nos majoritários que ainda atuam com plena liberdade na máquina pública.
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 "Preparado para ser preso", Dirceu teria um projeto político-presidiário de curta duração. Se presidiário for, vai usar a cela e o tempo para redemocratizar a República, uma vez mais. Dizem que gostaria de sair de lá como um Nelson Mandela brasileiro. Não vai ter motivo nem tempo para chegar a tanto. Para ser Mandela, precisaria de um Apartheid por aqui e pelo menos passar 20 anos preso como o notável líder africano passou. Ah, sim... Ter a têmpera de Nelson Mandela é fundamental.
"Preparado para ser preso", Dirceu teria um projeto político-presidiário de curta duração. Se presidiário for, vai usar a cela e o tempo para redemocratizar a República, uma vez mais. Dizem que gostaria de sair de lá como um Nelson Mandela brasileiro. Não vai ter motivo nem tempo para chegar a tanto. Para ser Mandela, precisaria de um Apartheid por aqui e pelo menos passar 20 anos preso como o notável líder africano passou. Ah, sim... Ter a têmpera de Nelson Mandela é fundamental.A esta altura, só para não dizer que não se falou de flores, é bom saber que o Brasil tem hoje pelo menos 197 mil presos sem cela. E o Conselho Nacional de Justiça diz e não manda dizer que o país precisa construir no mínimo 396 presídios com capacidade para pelo menos 500 detentos cada, e só assim zerar o déficit de 197.872 vagas no sistema penal.
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 Pelas contas oficiais o Brasil tem neste novembro de 2012 nada menos de 498.487 pessoas condenadas ou em prisão provisória. O país ostenta o galardão de ter o terceiro maior contingente de presos do mundo. Só perde na desclassificação social para os Estados Unidos e a China.
Pelas contas oficiais o Brasil tem neste novembro de 2012 nada menos de 498.487 pessoas condenadas ou em prisão provisória. O país ostenta o galardão de ter o terceiro maior contingente de presos do mundo. Só perde na desclassificação social para os Estados Unidos e a China. E sabe lá então - só para voltar às falas do ministro que prefere morrer a ser preso no Brasil - sabe lá então o que quer mesmo dizer "presídio de segurança máxima", companheiro Zé Eduardo?
Quer dizer apenas que o resto do Brasil está desprotegido, totalmente a descoberto; que os outros presídios todos nem deveriam existir. Ora, se a segurança é pífia, os malfeitores agradecem e a população que se escape que o bicho tá pegando.
Se os presídios de segurança máxima são hoje pontos de referência para a coordenação geral do PCC, do PV e de novéis siglas partidárias que logo serão majoritárias no pedaço, então os outros presídios todos não passam de albergues de fácil acesso e constante vaivem dos bandidos mais baratos, mas tão perigosos quanto os malfeitores da máquina pública que apavoram e dizimam a sociedade brasileira.
