Teoria da evolução
E então a nação brasileira começa 2013 com um bom feriadão e uma enorme ressaca pela celebração da desigualdade social cada vez mais flagrante no Brasil.
No dia 1° de janeiro de 2002, o trabalhador brasileiro festejava a graça divina-maravilhosa de estar empregado e ter um salário mínimo mensal de R$ 200. Naquele mesmo dia, os congressistas e os ministros do Supremo Tribunal Federal, não tinham motivo para festa alguma, pois seus salários eram de míseros R$ 8.280, quantia equivalente a 41 operários trabalhando oito horas por dia, de segunda a sábado, o ano inteiro.
Hoje, tudo é festa. 1° de janeiro de 2013! O salário mínimo do brasileiro comum passou para dadivosos R$ 675, enquanto a remuneração dos parlamentares e dos ministros supremos foi para R$ 28 mil, fora o alho. Eles continuam valendo 41 brasileiros que gozem do privilégio de ter um emprego e a alegria de bater ponto todo santo dia. Cada um desses senhores de anéis e colarinhos brancos é um fábrica de médio porte. E como produzem!
Quem é aposentado, sim... Esse pode festejar. Quem se aposentou em 2002 com um rendimento equivalente a 10 salários mínimos, coisa de R$ 2 mil naquelas priscas eras, hoje neste glorioso 2013 recebe perto de R$ 1.650, nada mais nem menos do que três bondosos e justos salários, tudo em honra e glória ao fator previdenciário, criado por FHC, impulsionado por Lula, consagrado, consolidado e congelado por Dilma Vana.
E, em assim sendo, acha você que o cidadão comum deve se preocupar com a pélvis de Hugo Chávez, a depressão de Zé Dirceu e seus condenados, a garganta de Lula, ou com o sistema linfóide de Dilma Vana? Que se lixem. O bom mesmo é que tudo isso evolua com a mesma rapidez que eles avançaram na vida.
De resto, minha brava gente brasileira, lá se foi mais um extraordinário Natal - sempre com menos alguém na foto - e o porre do Novo Ano já começou. Salve, salve 2013!