Bangue-Bangue Caseiro
Dilma Vana começa o ano enfrentando, mais do que nunca antes na história desse país, uma batalha sem trégua não contra tucanos, demos e oposicionistas abertos e francos; Dilma entra o ano desempenhando o papel de uma heroína batendo de frente com a pandilha dos radicais petistas que disparam pela volta do xerifão, Lula da Silva.
O Ano da Serpente chega para Dilma com o veneno mortal da necessidade urgente dos animais políticos que lutam pela sobrevivência. É matar ou morrer.Lula e sua legião não podem deixar que os seus fortes sejam invadidos pelos homens da lei. Erguem paliçadas porque já não contam com a imunidade dos foros especiais e sem recursos para continuar comprando munição.
Não pensem, porém, aqueles que assistem a este velho filme de bangue-bangue caseiro em versão petetizada, posto que não há mocinhos para defender a mocinha, que o esquadrão de Lula está vencido. Não batam pé, nem pensem que nesse puxa-puxa pra lá e pra cá, ele vai cair sem pelear.
A ira e a ganância são armas poderosas para enfrentar o perigo, mesmo quando se trata de uma chanchada com vilões de escassa coragem, acostumados a sair em disparada quando suas barricadas são derrubadas.
Nem pense, também, que a mocinha esteja perdida nesse duelo à sombra. Ela pode, no escurinho do cinema, passar a contar com a revolta da platéia diante de tanta cena de pastelão. E aí, não há quem vença a cavalaria ligeira popular.
Num quebra-quebra de cadeiras ninguém vai pedir devolução do ingresso; todos vão querer beijar a heroína. O Ano da Serpente promete. A oposição não tem nada com isso. Ainda está na fila dos que têm direito a meia-entrada.