Menos dízimo

Está no jornal Estado de São Paulo: Treze mortos e 120 feridos em evento da igreja Universal em Angola. Daqui pra frente é or conta do Sanatório da Notícia: A vigília organizada pelos bispos e pastores de Edir Macedo previa 70 mil fiéis. O número foi muito além da previsão. A multidão se acotovelou e se empurrou numa enorme parigata provocando a tragédia. Entre mortos e feridos, 13 já não precisam mais pagar dízimo para ir para o Reino de Deus.

Ministro da Justiça descobre a pólvora

Zé Eduardo Cardozo, um dos "três porquinhos de Dilma" na sua campanha para subir a rampa em 2010, hoje ministro da Justiça e do PT, já deu mais um cala-boca na pandilha que tenta mobilizar a população contra a cadeia decretada pelo STF para Zé Dirceu e seus mensaleiros: "Decisões do STF valem como lei". Pronto, descobriu a pólvora. Em todo caso, desta feita, não foi bala perdida. Acertou no peito dos articuladores majoritários que tentam livrar a cara dos malfeitores do Mensalão e blindar Lula, o eclético líder da companheirada boa e batuta.

 

Número cabalístico

E então a Polícia Federal engavetou, por quase oito meses, a relação de Rose com Lula, na Operação Porto Seguro que acabou desmantelando a Segunda Divisão do governo Dilma, instalado em São Paulo.

Em março, quando desvendou a quadrilha da segunda-dama do Brasil da Silva, os federais estavam investigando apenas quatro larápios suspeitos.

Depois que recebeu ordens superiores para acabar com a bandidagem, a PF gritou a senha "Abre-te Sésamo!" e descobriu que havia mais 40 cúmplices.

Esse número está virando cabala no jeito de governar que - como sempre diz Marta Suplicy - "Lula nos ensinou".

Desta vez, Rose - a dama dona do punhal da vez - tinha mais 40 seguidores; no Mensalão, Zé Dirceu tinha 40 mensaleiros...

Bolas, nos contos das 1.001 Noites, Ali Babá tinha 40 ladrões. Qualquer semelhança é mera coincidência.

Paulo Vieira, de piolho a bode
 

Pois a Advocacia-Geral da União acaba de confirmar irregularidades que favoreceram empresas investigadas na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, em processos da Agência Nacional de Transportes Aquaviários. 

Depois de passar um pente-fino na Procuradoria da Antaq ficou evidente que o ex-diretor da Agência Nacional de Águas Paulo Rodrigues Vieira, transitava livremente pela agência e recorria ao apadrinhamento político do ex-ministro Zé Dirceu e do notável Valdemar Costa Neto (PR) para fazer indicações e inflar seu prestígio.

Paulo Rodrigues Vieira tido como chefe do esquema de compra e venda de pareceres tinha forte influência sobre as decisões a respeito de tudo um pouco. O que ele não tem agora é a carcaça de Rose, primeira-dama - hoje Megera Abandonada - do governo Série-B da República, que atuava em São Paulo sob monitoramento do seu "Deus" telefonista. Sem uma namorada de peso para protegê-lo, Paulo Vieira aparece no pente-fino como um piolho de rico; é forte candidato a bode expiatório.