AUGUSTIN, LARANJA
OU BODE EXPIATÓRIO?

Com essa mais recente tentativa de apagar as digitais do culpado pelo assalto às burras públicas, o governo Dilma bateu todos os seus próprios recordes e já está pronto para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. Vai ser campeão fácil na modalidade tiro no pé.

Pela primeira vez na história desse país, um servidor de alto escalão do governo assina, no seu último dia de emprego, uma confissão de que cumpriu a lei e que, por isso ele e mais ninguém, é o único responsável pelas consequências desse ato tresloucado para os padrões do governo a que pertencia.

Foi isso que fez Arno Augustin. Assinou um documento que ele, ao pedalar sozinho a lei, cometeu o hediondo crime contra as finanças públicas. E pensa que assim, livra a cara da Dilma de uma flagrante e escandalosa irresponsabilidade fiscal.

O único problema que resta para Dilma Vana é ter que explicar agora à Justiça - deveria ser à Polícia - se ela sabe dizer se o intimorato Arno Augustin é laranja ou bode expiatório.

Quanto ao resto, ela nem precisa dizer nada que a a polícia e a Justiça já sabem de quem é a culpa das pedaladas fiscais que atropelaram mais de R$ 40 bilhões dos cofres dessa República.