O SUPER ANTI-HERÓI
Eleito presidente da Câmara dos Deputados em 1° de fevereiro, Eduardo Cunha diz que está "cansado de ser hostilizado pelo PT". De fevereiro para cá, são quatro meses e quinze dias de provocações.
Ai, minha sacoleta! Menos de um semestre e ele já não aguenta mais. Imagine então como estão as balacochetas e os balangandãs dos mais de 80 milhões de eleitores que há 12 anos e um semestre não seguem o PT, nem que a vaca tussa nesse Brasil da Silva.
O desabafo de Cunha não é apenas um queixume é uma ameaça de que vai reagir e contra-atacar. É bom e urge então que se preste atenção no que Cunha vai fazer.
Talvez ele dê uma aula aos brasileiros de como se pode dar fim a uma praga político-fisiológica que nos pegou para peteca.
Se 80 milhões de pessoas comuns não têm força para dar o troco a uma desgraça pública na mesma moeda, é bem possível que um político sozinho tenha bala na agulha e café no bule para ser o super anti-herói dos sonhos de uma sociedade submissa e apalermada.
De minha parte, confesso que já me conformei à ideia de que não podemos e não devemos aturar o poder desmedido de um político nesse país, seja qual for a fonte do seu poder, sem que de sua força ainda que nefasta, o povo tire algum proveito.
E antes que façam mau juízo de minhas atitudes entre anárquicas e estapafúrdias, já vou dizendo que Eduardo Cunha é para mim como uma obra de arte... Calma, calma! É que para entender bem o que uma obra de arte significa, a gente não pode chegar muito perto. Dessa, eu quero tirar proveito e... distância.