O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

23 de jun. de 2015


A VIDA É A ARTE DA ESCOLHA

Há quem diga que pau que bate em Chico também bate em Francisco, ou vice-versa e pelo avesso, ao contrário e coisa e tal, tanto faz. O que importa é que os tucanos não deram uma bicadinha de nada nos contatos de primeiro grau da Odebrecht e Andrade Gutierrez com Lula, o PT e o diabo a quatro. E por que será?

Ora, simples, simples... Eles fizeram e fazem cara de paisagem por que estão todos no mesmo barco, na mesma canoa furada.

As duas magnânimas empreiteiras dessa Terra do Brahma, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez tanto encheram na mesma in/justa medida as burras dos partidos governistas quanto os cofres das imaculadas facções oposicionistas.

Na eleição de 2014, a Andrade Gutierrez doou de mão beijada, assim como quem não quer nada devolta, R$ 21 milhões para Dilma Vana e, com a mesma desinteresseira bondade, deu R$ 19 milhões para Aécio Neves.

A Odebrecht, nesses casos é menos dadivosa, até por que suas ligações eram e são tão sólidas com o poder dominante que não precisava pagar tanto pelas benesses posteriores. Assim é que ela deu, assim só por dar, módicos R$ 6 milhões para Dilma e humilhantes R$ 2 milhões para Aécio, em que não botava muita fé.

NA VENEZUELA PARA DESFOCAR

É dessa maneira que a Lava-Jato nos leva a entender agora por que foi mesmo que, em pleno estouro da Erga Omnes, a depredadora operação Para Todos, Aécio formou um bando de senadores oposicionistas e se mandou para a Venezuela.

É que não há nesse mundo paraíso melhor nem mais propício para desviar as atenções do que a pátria do burro Nicolás Maduro. Não fosse Maduro ter tido a ideia de jerico de escorraçar o comboio senatorial brasileiro a gritos, paus e pedras, e a viagem turística de Aécio teria dado com os burros n'água; mereceria um pé de página nos jornais e olhe lá.

Eu tô dizendo há horas para vocês: Lulas, Dilmas e similares têm que ser mesmo defenestrados, ninguém aguenta mais a peste bubônica com que essa ratatulha contaminou o país,  mas não esperem nada de diferente dessa pandilha que aí está com cara de demos, tucanos e patotas afins.

A fauna que destrói a flora brasileira é a mesma, sem tirar nem pôr. Que saiam do mato os salvadores da pátria. Se não for do mato que saiam então do Ministério Público, da Magistratura, ou do time da Lava-Jato.

O que não se pode mais aguentar é que essa tropa, essa manada, essa corja que se apropriou indebitamente do Brasil continue trocando figurinha entre si, com a turma de FHC mandando na gente por uns tempos, ou a gangue de Lula nos mandando por tanto tempo.

REVOLUÇÃO MORAL

Já disse e vou repetir: o Brasil não sai do jugo dessa gentalha se não começar imediatamente uma Revolução Moral. O que a gente precisa saber e mostrar a essa caterva que nos domina, é que a dignidade dos brasileiros não depende das leis que eles mesmos inventam para se proteger e se locupletar; a dignidade dessa nação precisa é de bons exemplos.

E quem, nesse Brasil da Silva; quem desses que estão por aí sentados nas cadeiras que dominam os palácios dos nossos governos - federal, estaduais ou municipais - é um exemplo moral e ético a ser seguido?

A vida é uma grande cópula - me perdoem a metáfora atrevida, mas para falar de moral não é preciso ser moralista. É isso, sim... Gozar e fazer que outros gozem sem causar males, perdas ou danos a si mesmo e a ninguém: eis aí, um dos bons princípios de toda a moral. De moral e até de uma boa democracia democracia. Ter e receber e repartir prazer; repartir o pão e o cobertor...

A ARTE DA ESCOLHA

Ou o povo descobre logo quem pode comandar uma revolução moral nesse país onde os abusos chegaram ao ponto em que estão, ou então fiquem certos de que os deuses da politicagem se encarregarão de eleger sempre os nossos amos e senhores, os nossos destruidores.

Tirar dos caciques dessas tribos que se disfarçam de partidos políticos, o poder de escolher em nosso nome quem deve ser candidato a qualquer coisa nas próximas eleições - vereança, prefeitura, governanças de estados, presidência da República, ministérios, cargos públicos - é o primeiro passo para transformar a sua indignação, a nossa revolta em uma revolução.

Para que esta revolução seja um revolução moral, é preciso saber que a vida é a arte da escolha.