UM SEMESTRE SEM GOVERNO
Bem como a gente desconfiava. Mais que desconfiava, bem que a gente já sabia. Eduardo Cunha e Renan Calheiros já não são mais aqueles.
Já não querem mais, como queriam, que todos os indicados pelo governo para cargos de direção nas estatais fossem sabatinados pelo Congresso. Choveu na horta deles.
Levaram de Dilma quase tudo que queriam. O que ainda fica faltando, será pressionado na forma de outras tantas ideias malignas que desgastem mais ainda a combalida Dilma Vana. Uma delas, só para não dizer que não falei de flores, é a redução de 39 para 20 ministérios...
Enquanto isso, faltando 15 dias para completar o primeiro semestre de 2015, Dilma Vana ainda não começou a governar. E assim caminha a humanidade.
AI, AI, AI MEUS BALGANDÃS!
Ai, ai, ai meus balangandãs! Estou sentindo que não valeu de nada a devassa feita pelo Ministério Público Federal em pelo menos 50 contratos de financiamentos do BNDES com tão respeitáveis quanto manjadas empreiteiras brasileiras em condições, digamos, de bom grado para as tais construtoras.
E olha que mais da metade desses acordos de pai pra filho se refere a obras no exterior com o BNDES dando o que não tinha, não podia e nem deveria dar.
Sabe o que é? É que os mais de 60 pedidos de prisão formulados pelo Ministério Público caíram sob a análise de cinco juízes federais de Brasília. Caíram e estão dormindo a sono solto no colo dos meritíssimos serventuários da Justiça que mais tarda e falha no mundo.
Mas a gente sabe o que é mesmo: sucede é que 70% dos negócios do BNDES lá fora - Cuba, Venezuela, Angola... - beneficiaram a Odebrecht. Sucede mais ainda: é que Lula foi apontado como lobista da dita cuja Odebrecht nesses pequenos negócios no exterior. E toda vez que o nome da figura aparece, a justiça faz cara de paisagem.
Dá vontade de chutar os penduricalhos desses caras, não dá?!?
MEXEU NOS CURRAIS
O azedume nas relações dos deputados e senadores com o governo Dilma Vana é que os cortes, apelidados de contingenciamento, que chegam a R$ 70 bilhões do Orçamento deste estagnado ano de 2015, nada menos de R$ 25 bilhões saem das tais emendas parlamentares. Logo elas, as emendas, moeda de compra e manutenção dos currais eleitoreiros. E então é aí que pode ser que a vaca tussa.
EIS AÍ
E é bem assim que o Brasil da Silva finge que vai, mas não vai. A Justiça tarda e falha; o Legislativo toma chocolate e o Executivo no paga lo que deve. Eis aí o que vigora com jeito de poderes constituídos nessa pátria educadora. O Brasil deixou de ser o País do Futebol para ser o País do Carnaval. Vive de um constante humor burlesco - mistura de burla com carnavalesco.