Dilma Vana, retribuindo sob encomenda ao Jô Soares a visita encomendada que ele lhe fez, outro dia: "Vou fazer o possível e o impossível contra a inflação".
Da última vez que ela fez uma ameaça assim, foi na antevéspera das eleições do outubro vermelho de 2014 e o Dias Toffoli assumiu a presidência do Superior Tribunal Eleitoral e o comando da abertura secreta das urnas eletrônicas indevassáveis.
Mas, para que essas pérolas não fiquem sendo privilégio dos porcos, seria bom que ela dissesse que agora vai ter mesmo que fazer o "possível e o impossível", por que há quatro anos e meio ela não fez o que ganha como presidente da República para fazer.
A inflação está aí, por que naquele mesmo outubro vermelho ela mentiu descaradamente; Dilma Vana jurou em falso que a economia estava sob absoluto controle. E aquela não foi a primeira e nem vai ser a última mentira.
O que antes era desconfiança, hoje é certeza absoluta: Dilma Vana não mente apenas; ela mente sempre com uma incontida dose de satisfação. Acho até que é por causa desse tipo de prazer que os mentirosos são pródigos em juramentos.
MAROLA NÃO É ONDA
Lá em Genebra, sem poder escapar do assédio de denodados repórteres internacionais, Dilma Vana tentou manter o fairplay quando lhe perguntaram por que a "marolinha" estava assustando meio mundo aqui no Brasil da Silva.
Ela foi o mais genial e cordata que, em dias felizes, ela consegue ser: "É óbvio que uma marolinha se avoluma e acaba virando onda". Sorriu com sua boca de todos os dentes, deus as costas e se mandou.
Saiu feliz da vida por uma razão muito simples, mentiu de novo: pô, marola é maré baixa; é mar calmo, sem ondas. Quer dizer, além de enganadora, Dilma Vana é sem noção.