ACAREAÇÃO
Grande segunda-feira. Dia da acareação entre os premiadíssimos Beto Youssef e Paulinho do Lula. Um dos dois dá com os burros n'água. O primeiro que piscar perde a tornozeleira e volta para trás das grades. A menos que os dois mintam tão bem que não consigam se desmentir.

COM AS AUTORIDADES AMERICANAS
O BURACO É MAIS EMBAIXO

E então, como eu já falei pra vocês, acabaram as férias do juiz Sérgio Moro e acabou o refresco dos mandarins suspeitos da Operação Lava-Jato. A partir de agora a força-tarefa do Ministério Público Federal contará com a parceria da mais famosa rede de combate à corrupção do mundo, os Intocáveis, lá da Terra de Obama.

As autoridades dos Estados Unidos vão trabalhar com os colegas da Lava-Jato para desmontar o engenhoso mecanismo usado pela Odebrecht para pagamento de propinas à turma braba que sujou o óleo da Petrobras e seus derivados.

O estratagema usou e abusou de empresas offshore em nome de segundos e terceiros, além de contas secretas no exterior.

A Odebrecht é a mosca do alvo da Erga Omnes, operação que na sexta-feira passada meteu algemas em Marcelo, presidente da Odebrecht, nos pulsos de Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez e de mais dez chefetes das duas empreiteiras.

Em setembro do já distante ano de 2014, o operador Paulo Roberto Costa delatou que a dinheirama que depositou lá fora era propina paga pela Odebrecht. A construtora nega tudo, tudinho. Mas, entre a Odebrecht e Paulo Roberto Costa, só o Paulinho do Lula tem o selo de garantia da delação premiada.

Adivinhem então em quem é mesmo que os investigadores da Polícia Federal, os procuradores do Ministério Público Federal e o juiz Sérgio Moro vão acreditar.

Quem acertar, ganha um barril de petróleo extraído de Pasadena, no Texas, ou da nacionalíssima refinaria de Abreu e Lima. Com as autoridades americanas metidas nessa trambicagem toda, o buraco de petróleo é mais embaixo.