SENADORES BRASILEIROS CORRIDOS
A GRITO E A PEDRADAS NA VENEZUELA
E então, os heroicos senadores brasileiros Aécio Neves, Ronaldo Caiado, Aloysio Nunes, Zé Agripino Maia, Cássio Cunha Lima, Ricardo Ferraço, Zé Medeiros e Sérgio Petecão foram corridos a gritos e pedradas lá da Venezuela.
Sua missão de salvadores da pátria de Maduro foi dureza. No maior sufoco trocaram o comboio terrestre pelo jato da FAB e se mandaram de volta ao Brasil da Silva. Guerra é guerra, mas também não é bem assim.
A gente pode ver pela reação de uns que outros que não é nada demais botar sebo nas canelas, na hora do pega pra capar.
Lula da Silva que há uns dez dias recebeu a visita de um chanceler bolivariano tipo assim o nosso arremedo de diplomata Marco Aurélio Top-Top Sargento Garcia, jura com um sorrateiro sorriso que não sabe de nada.
Também, mais do que sorrir zombeteiro Lula não precisava fazer e nem dizer mais nada, por que nem tinha mesmo que meter seu bedelho onde não é chamado, afinal ele é o quê nessa vida?
Nesse episódio, ele foi só um escamoso anfitrião de um furtivo visitante do governo venezuelano que esteve no seu instituto trocando segredos de liquidificador, às vésperas da aventura senatorial em Caracas.
Dilma Vana, do alto de sua biografia de guerrilheira mandou dizer que a belicosa recepção é uma coisa "inaceitável" e, se alguém ouviu uma risada no Palácio do Planalto foi pelos corredores, nas cercanias do gabinete da presidente Coração Valente, mas nada indica que os sinais de hilaridade que ecoaram na Esplanada tenham sido dela.
É que essa irresistível mania de pedalar a está deixando de mau-humor de uns dias pra cá. E o que dá pra rir dá pra chorar.
Já a Câmara dos Deputados, expedita e indignada, aprovou uma moção de repúdio contra a Venezuela e o Senado, valente e ousado como ele só, criou uma outra comissão para excursionar até à Terra de Maduro.
O embaixador brasileiro na Venezuela, Ruy Pereira não tugiu nem mugiu. Seu mutismo lhe deu o ar de vaca de presépio.
Dizem que ele, sempre que pode, gosta de interpretar o melífluo Poncio Pilatos: adora lavar as mãos.
E foi o que fez o cordato representante da diplomacia brasileira. Sua madre superiora jamais o condenará pelo pecado da omissão. O embaixador jura que aquele seu esgar não é sorriso coisa nenhuma; é tique nervoso.
Quanto a Nicolás Maduro, o tosco ditador bolivariano que espalha a miséria e escravidão pela Venezuela, não viu nada, não sabe de nada, não falou nada, não fez nada.
Ele nem sabia que a estrada que leva do aeroporto ao centro de Caracas estava em obras.
Como se vê, não é apenas ao passarinho de Hugo Chávez que ele imita com perfeição.
Enfim, se amanhã ou depois eclodir uma guerra de travesseiros contra a Venezuela de Maduro, decerto o comandante das Forças brasileiras não será Jaques Wagner e nem o exército será aquele do Stédile, que só fica em pé de guerra quando tem que plantar um pé de couve.
Essas forças-tarefas nacionais só entram de prontidão e são convocadas por Dilma Vana para agir com o padrão Fifa em momentos cruciais dessa República, tipo assim a Copa das Copas, passeata gay e eleições gerais.
No caso de um comboio de senadores, o governo Dilma não mobiliza tropas nem mesmo no padrão CBF. Acho que essa nova comitiva vai levar pedrada e no primeiro grito fugir valentemente de novo lá da Venezuela.
Se eu fosse eles, pedia hoje mesmo para a Dilma Vana escalar uns black blocs para garantir a vitória em território hostil.