O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

4 de out. de 2014

SAI ROBINHO, FICA O SOPRADOR DE APITO

Nunca antes na história esportiva desse país, o futebol esteve tão abaixo do rabo da cola do cavalo do bandido como agora que é escravo de uma banda podre de técnicos parlapatões, de dirigentes malvistos - pra não dizer o que eles são, de uma pandilha de sopradores de apito e de jogadores de pedra em santo.

Para piorar o que se julgava impossível de ser pior, ainda há uma estrutura de doutos julgadores que bancam juízes quando não, na realidade, não passam de árbitros de arquibancada muito bem e até injusta e desnecessariamente remunerados.

Há também as torcidas organizadas que são de morte. O futebol brasileiro está nas mãos e aos pés de uma CBF cuja sigla esconde a verdadeira identidade: Casa da Bola Fora. E assim é que a gente não dá uma dentro.

Agora mesmo, Robinho - uma as aves raras que ainda se pode ver por aí alçando voo - pode pegar 12 jogos de suspensão. É que ele foi expulso por reclamação ao erro de um árbitro que soprou o apito pelo avesso.

Robinho disse umas coisinhas mais amenas do que o tradicional filho-dessa-e-daquela que os sopradores de apito estão acostumados a ouvir sempre que entram em campo para atrapalhar o esporte e, como consequência e exemplo, pode ser condenado como se fosse dez vezes pior que um Zé Dirceu, ou um desses genuínos Delúbios Soares que contam piadas de salão luláticas e nos roubam tudo, até o sossego.

Quer dizer, para endireitar o futebol brasileiro que toma 7 a 1 da Alemanha, mas não toma vergonha na cara, a gente pode ficar 12 jogos sem ver Robinho, mas assistindo a essa besta magnífica que se veste de preto, entra em campo com uma arma na boca e se transforma no matador da bola, do jogo, do estádio e vira, como qualquer guarda de esquina, a maior autoridade do país.

O apito é mais uma das armas letais que vêm atirando no pé do futebol brasileiro.

Esse nosso futebol merece mesmo ser treinado pelo Dunga, o maior reformador desses novos tempos do esporte mais praticado no antigo e desmoralizado País do Futebol.