MENSAGEM DO GARANHÃO DE PELOTAS
SOBRE O 24 DE AGOSTO NA REPÚBLICA
Lá da Itália, onde está vendo de perto o que aconteceu com o terremoto que abalou a Velha Bota, o Garanhão de Pelotas me mandou uma mensagem sobre a data de hoje. E, como seu porta-voz e ghostwriter, eu a transcrevo para vocês. Boa leitura.
O GARANHÃO E A REPÚBLICA DO PETROLÃO
Deixem que eu relembre umas coisinhas para vocês que são do meu tempo e deixem também que eu conte as mesmas coisinhas para os brasileiros que têm, digamos, menos experiência de vida, ou aniversários já festejados.
Foi assim: Getúlio Vargas, naquele 24 de agosto de 1954, se sentia - bem do jeito que Lula diz que se sente hoje - massacrado pela oposição, pela "República do Galeão" e pela imprensa, então Getúlio escolheu a noite de São Bartolomeu para sair da vida e entrar na História.
Depois de uma reunião ministerial de emergência, em que foi levado a escrever a carta de renúncia, Getúlio cometeu suicídio com um tiro no coração em seus aposentos no Palácio do Catete, naquela triste e pesada madrugada.
A coisinha que eu lhes estou falando teve os últimos momentos bem assim, ó: encerrada a reunião, ele subiu as escadas para ir ao seu apartamento. Virou-se e despediu-se do então ministro da Justiça Tancredo Neves e lhe deu uma caneta Parker 51 de ouro dizendo: "Para o amigo certo das horas incertas!".
E aí, todo mundo ficou sabendo o que aconteceu. Até o Lula sabe disso. E a Dilma também.
Mas, pelo tamanho de suas grandezas, eles pensam que a gente tem que engoli-los até que
a vaca tussa. E também tem um pequeno detalhe, eles não dariam pra ninguém uma caneta
Parker 51, ainda mais de ouro.
Mas, hoje, no caso da dama fora do baralho, é bem como diz e como fez o Michel Miguel,
presidente alternativo no exercício do cobiçado cargo dessa República do Petrolão:
"Jamais engoli-la-emos!".
Isso pode ser ênclise. Ou apenas mais uma grande e convicta bobagem desse senhor de
eterno colarinho branco que também não é produto de fácil digestão. O colarinho, não;
o Michel Miguel.