A reportagem quer contar; a entrevista, perguntar. A boa reportagem conta perguntando; a má entrevista pergunta contando.
O QUE FOI A REPORTAGEM DA VEJA
BOTANDO OS PODRES DE TOFFOLI PRA FORA
Mas, o que foi aquilo?!?...
O que foi aquela reportagem da revista Veja botando extemporaneamente os podres de Dias Toffoli pra fora do Supremo, cometendo o delito premeditado do vazamento de uma delação premiadíssima como a de Léo Pinheiro e outros executivos da OAS?!?
E você aí,na doce inocência de que "agora, sim, grudaram na cola do Toffoli, 'menino bonito' do PT".
Na euforia de ver o Toffoli na rua da amargura, você nem se perguntou a quem interessaria o vazamento de uma coisa que o Brasil inteiro já sabia: Dias Toffoli não é flor que se cheire.
Traduzindo do português para o português: o supremo sprit du corp, esse sentimento de honra e orgulho de 11 companheiros bons e batutas, botou o Rodrigo Janot contra a parede da Procuradoria-Geral da República que, na mesma hora e do alto de sua enorme autoridade, desfez o acordo de delação premiada e mandou Léo Pinheiro de volta para chorar as mágoas no catre da cadeia que é lugar quente.
Mas, até aí morreu o Neves. O diabo é que o tal "vazamento" melou as histórias horripilantes que Léo Pinheiro tinha para contar. A esta altura da melaçada, continue, então se perguntando a quem mais interessou e interessa a "reportagem" da Veja:
1) à revista Veja;
2) ao PT e seus sócios do sindicato da mesma dor;
3) à PGR e seu procurado-geral, Rodrigo Janot;
4) à OAS e seus executivos executados;
5) ao Supremo Tribunal Federal;
6) ao juiz Sérgio Moro que ficou com a sua Vara, digamos, na mão;
7) ao Lula, sua pandilha e suas circunstâncias que, uma vez mais, conseguiram escapar da República de Curitiba? Pense nisso. Vá se perguntando.

É como eu sempre digo e até editei na primeira postagem desta terça-feira de cinzas para os brasileiros de boa índole: A reportagem quer contar; a entrevista, perguntar. A boa reportagem conta perguntando; a má entrevista pergunta contando. E contando, não raro, o que lhe pedem para contar, no mais eficiente exercício do direito da liberdade de patrão.
RODAPÉ - Há coisa de dois meses, não mais que isso, a revista Veja trocou de diretor. Deixou-se infiltrar, para gáudio e comemoração da esgotosfera, pelo jornalista André Petry, tido, havido e reconhecido no meio jornalístico e das comunicações sociais, como simpatizante de carteirinha do PT. De lá pra cá, a Veja só circula com capas berrantes e chamativas; com reportagens apelativas e sem nenhum conteúdo que preste. A não ser para quem o infiltrou na Editora Abril, mergulhada num mar de dívidas que corre pelas beiras da... Justiça.