O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

6 de out. de 2014

A vida é a arte da escolha...

VOCÊ DECIDE
Agora é o Brasil, meu povo; ou a Dilma de novo. É o Brasil brasileiro, ou o Brasil da Silva.

O QUE É QUE TÊM?
Afora o Norte e o Nordeste que são o que são por extrema necessidade, o que é que Minas Gerais e o Rio Grande do Sul têm contra o Brasil?!? 

TUDO CERTO
E então, você estava certo e as pesquisas científicas sob encomenda mais certas ainda. Viu só como elas não erraram nada nessa eleição? A única diferença é que os ibopes, datafolhas, sensus, vox populis ganharam dezenas de milhões de reais e você... Ah, você pagou pra ver.

O NADA E O TUDO
Quantas eleições mais você vai ter que engolir para se convencer de que o PT sozinho não ganha coisa nenhuma? Quer dizer, não ganha coisa nenhuma que não seja moeda sonante.

PRIMEIRAS PÉROLAS DE UM SEGUNDO TEMPO

Dilma Coração Valente na sua versão pós-primeiro turno, vem aí mais impagável do que nunca antes na história desse país. 

Ontem, á noite, roufenha como seu guru favorito, já começou a soltar suas pérolas. E, para não perder o hábito, escamoteou a primeira verdade. 

Disse que estava muito agradecida por ter recebido a aprovação da "maioria" do povo brasileiro. Pronto, embromou. O placar das urnas indevassáveis do TSE diz que nesse primeiro tempo Dilma teve 41,55% de um total de 100% de votos válidos. Então, a maioria é de 58,45% de eleitores que não a querem mais no governo. 

Um pequenino engano de quase 17% num universo de 143 milhões de eleitores. Mas, o que é um boi para quem tem uma fazenda com uma vaca que tussa?!?

Antes desse deslize costumeiro, Dilma Vana abriu sua fala bem assim: "quero fazer um agradecimento..." - tomou um gole d'água e atirou a primeira pedra - "porque a gente tem a obrigação de agradecer"... Epa! Quer dizer então que se não fosse obrigada, não agradeceria?... Ah deixa assim, ela é bem assim. 

Mais adiante, para encerrar suas primeiras falas como candidata inimiga de Aécio, voltou a ser a Dilma Vana de sempre - aquela que não faz, mas promete muito. 

E então, como se fosse o plano de governo que, passados quatro anos no Palácio, ela até agora não apresentou, Dilma lascou a sua imagem mais profunda, aquela que provoca os instintos mais primitivos: "Somos os construtores de futuro". Epa, de novo! 

Opa! Ela vai continuar construindo o futuro. Quer dizer, os quatro anos de ontem serviram para neste esfuziante presente prometer que "construirá" o futuro. Nem se deu conta de que o futuro é agora; daqui a um segundo. Mas prometer é preciso; construir, nem tão preciso. É como navegar. A gente vai na onda.

E como a aparição solene já estava dando sono, Dilma Vana puxou pela cabeça. E foi assim que disse, num esforço inaudito de criatividade que "a luta continua". 

Esperou o coral da claque companheira de olhos estrelados e inventou uma frase que ninguém seria capaz de imaginar como consequência inevitável do surrado e ousado bordão da luta: "petistas unidos, jamais serão vencidos". E, sem mais delongas, encerrou o papo com os olhos rasos d'água. Eu quase chorei... de rir.

MARINA SINALIZA QUE NÃO VAI DE DILMA

Pulando por Aécio Neves que, nas primeiras falas como concorrente de Dilma Vana ao Palácio do Planalto disse que "vem aí um governo competente por um Brasil decente", pego no ar os sinais de fumaça passados pela nativa acreana Marina Silva: "o Brasil mostrou que quer mudanças". 

Pronto, sinalizou que não vai com Dilma e nem leva para a dama petista os seus votos nesse segundo turno. O PT vai pagar caro a desconstrução insana e cruel que cometeu contra Marina, quando Lula pensou que era ela a inimiga do seu sonho de poder e não Aécio Neves. Dessa vez, o personagem preferido de Lula, o Metamorfose Ambulante, não vai ter chance de entrar em cena.