ENTRE ASPAS, O BRASILEIRO É UM FRACO
Nesses 12 últimos anos eu vi, confesso que com a maior tristeza, que o brasileiro entre aspas - até o nordestino que antes de tudo e de mais nada já foi um forte - é um fraco.
O brasileiro é tão fraco que se curva diante de quem só vive de bazófia, fanfarronice e paparrotada o tempo todo. Tão fraco que acredita quando o parlapatão lhe diz que "eu posso tudo".
Esses 12 últimos anos me mostraram que o brasileiro é tão submisso que acredita e se dobra mesmo quando o aldrabão sai pela tangente, escapa pela porta dos fundos e lhe diz "eu não sei de nada; eu não fiz nada". É quando o brasileiro troca o complexo de vira-lata pelo prazer de ser chifrudo.
Minha tristeza diante desse povo de boa índole é porque sua fraqueza, sua credulidade, são justamente a causa do êxito desses bandoleiros puladores de cerca, imunes e impunes.
Mais tristeza do que essa constatação, só mesmo a certeza de saber que esses delinquentes públicos e notórios descobriram que o brasileiro, mesmo entre aspas, não se importa de usar boina de vaca, ou capacete de viking, porque já não tem mais vergonha de ser o último a saber.