BRASIL DIVIDIDO EM TRÊS
Uma simples operação matemática do ensino fundamental, uma das etapas da educação básica no País.
Nada é o que parece. Então, em reparação às primeiras impressões pós-escrutínio, em verdade lhes digo: Não, o Brasil não foi partido em dois nesta eleição. Não é metade pra lá e metade pra cá.
Sucede que mais de 30 milhões de eleitores deixaram de votar. Isso foi um recado. Esse aviso de 30 milhões de brasileiros que não foram às urnas é de uma densidade demográfica equivalente a dez vezes a população do Uruguai e quase igual a uma Argentina inteira de descontentes.
Então estamos assim: dos 142 milhões e 800 mil eleitores, pouco mais de 50 milhões parece que gostam de Dilma o bastante para votar nela e mais de 90 milhões de brasileiros, ao que tudo indica, não querem nada com Dilma Vana.
Assim é, pois, que o Brasil não está dividido ao meio coisa nenhuma. O Brasil foi dividido em três partes. Duas delas não estão com Dilma. Isso quer dizer que em cada grupo de dez pessoas, sete não convidariam Dilma para jantar. Ou, se quiserem ser mais festivos, não tirariam Dilma para dançar, nem para ir ao cinema, ou para passear na praça enquanto o Lobo não sai das Minas e Energia. E não me digam que já voltei a escrever de política e assinar embaixo. Isso não é política. É matemática. Matéria de ensino fundamental.
QUEM ANULOU
As urnas eletrônicas infalíveis, quando foram oficialmente devassadas pelo TSE apontaram cerca de 7 milhões de votos brancos e nulos. Desses, pelo menos 5, 8 milhões foram nulos. Seria bom saber quem anulou o voto: o eleitor descontente, ou o eleitor inocente, presa fácil de algum emissário com jeito de mesário?.. Isso, não é falar de política. É falar de polícia. Ah, passou.