Então saí à cata de alguma razão de credibilidade nas pesquisas que andam rolando por aí. Porque não adianta nada você querer saber qual o clube mais querido do Brasil se fizer a pesquisa na arquibancada do Corinthians, no meio da Gaviões da Fiel.
Também não adianta nada você mandar seus pesquisadores perguntarem aos seus escolhidos em quem eles vão votar se 85% dos entrevistados forem beneficiários do Bolsa Família.
Aí, então, entrevistem os médicos e perguntem o que eles acham do programa Mais Médicos e em quem eles votarão para presidente; perguntem aos aposentados o que eles acham do fator previdenciário e em quem votarão daqui a uma semana.
Assim é, pois, que sai à procura de alguma coisa que me fizesse confiar nas pesquisas eleitorais. Não demorou muito e, lá pelas tantas, encontrei um arremedo de cartel entre Datafolha e Ibope com índices batendo ali, ali, uns com os outros, para dar empate pelo menos nas margens de lucro para cima e para cima, que lucro para baixo é prejuízo. Isso pegou mal. Não creio nessa dupla.
Foi então que lá pelas misturebas de tantos e tantos outros institutos, encontrei alguma coisa que me bateu nas orelhas: ouvi dizer e acabei conferindo que o Sensus foi o único grupo de pesquisa que previu Aécio Neves no segundo turno.
Então, meus amigos, meus irmãos, meus camaradinhas de fé, dá para acreditar que agora o Sensus, com a parceria da revista IstoÉ diga que Aécio Neves está com 56,4% de intenções de voto contra 43,6% da "coitadinha" da Dilma?!?
Sei lá, mas só por isso não digo que sim; mas também já não estou dizendo que não. Em todo caso, não esqueçam jamais que a eleição não é hoje; é só lá no longínquo dia 26 e os aloprados ainda têm tempo para fazer rolar muito dossiê por baixo da ponte.