PLENO EMPREGO E 50 MILHÕES DE
BENEFICIÁRIOS DO BOLSA FAMÍLIA
Então me expliquem uma coisinha... Dilma Vana diz por aí afora e até em debates na TV, no uso e abuso do seu costumeiro simulacro verbal, que é a Rainha do Emprego no Brasil. Que em 12 anos de poder o PT acabou com o desemprego nesse país.
E logo em seguida diz que as "bolsinhas" dos tucanos eram "projetos para 5 milhões de pessoas", reles miniaturas do Bolsa Família que abriga hoje 50 milhões de beneficiários.
Então tá. Dilma não bebe, não joga, não fuma. Mas, de vez em quando, eu acho que ela mente um pouquinho. Senão, vejamos.
Todo país, seja ele subdesenvolvido ou desenvolvido, possui uma população economicamente ativa. Essa fatia do bolo populacional representa todas as pessoas que trabalham ou que estão procurando emprego.
São essas pessoas que produzem para o país e são elas que integram e formam o sistema produtivo. A população de idade ativa é dividida em população economicamente ativa e não economicamente ativa, ou até mesmo inativa.
No caso específico do Brasil da Silva, a população ativa - cidadãos entre 15 e 60 anos de idade - é de aproximadamente 100 milhões de pessoas, conforme o obediente IBGE. O restante da população, fica à mercê do sustento dos economicamente ativos.
Como, pelo que manda a lei, quem recebe Bolsa Família é só aquele que está desempregado e como, dos 201 milhões de habitantes que o Brasil possui há, pelo anúncio de Dilma, 50 milhões de beneficiários do Bolsa Família, então os que trabalham mesmo estão fazendo o papel de burros de carga para 151 milhões de desempregados.
Então, voltando à vaca fria, antes que ela tussa, me expliquem uma coisinha: onde é que entra o tal regime de pleno emprego? É só isso, nada mais que isso, que eu gostaria que vocês me informassem.
Ou será que tem gente trabalhando e recebendo o Bolsa Família ao mesmo tempo? Bom, nesse caso, então deixem que a Dilma Vana seja a nossa porta-voz. Porta-voz, sim... Mas só para aquelas conversas moles pra boi dormir.