UM MINISTÉRIO PARA LULA
EM BUSCA DO DESAFORO
Mas a notícia nem é esta, a melhor de todas é aquela que seria, mais que uma confissão de culpa, um deboche escancarado típico do que a lei chama de "associação criminosa" e que o vulgo apelida de formação de quadrilha: Dilma teria oferecido, ontem lá no Palácio Alvorada, na frente de uns que outros ocupantes de pastelões ministeriais, um ministério para Lula.
Qualquer ministério. É só para livrar Lula da Vara de Sérgio Moro. Lula ministro teria direito a foro privilegiado. Seus processos teriam o sabor de desaforo: sairiam das mãos de Moro e cairiam no colo do Supremo Aparelhamento Federal, a Corte de Lewandowski - uma casa de amigos e companheiros.
Pronto, está aí o desaforamento golpista. A esse tipo de mudança de tribunais o populacho empresta a chula denominação de desaforo. Mas é muito mais que isso. É o reconhecimento escancarado de associação aberta e escrachada à pandilha de celerados que se apropriou desse país; um bando que arromba e deixa arrombar.
Quando você espera que o pior possa sair das gavetas dessa arbitrária e viciada democracia de gabinete, é justamente dali que saem as barbaridades que não deixam você se se enganar redondamente.
Essa confissão de cumplicidade com o crime organizado que se instalou no Estado brasileiro eu já esperava desde janeiro de 2011, quando Lula fez aquela viagem de Brasília para São Bernardo do Campo, com uma frota de 11 caminhões de mudança cheio de badulaques e com a recomendação de dona Marisa Letícia para que tomassem cuidados especiais para com a adega do marido e algumas outras relíquias não contabilizadas.
O que você acha de uma pasta para o Cara, eu não sei... Mas tenho pra mim que a oferta de um ministério, esse qualquer ministério para Lula, livra a cara de Lula e queima o filme da Dilma. Mas, eu até entendo: perdida como está, Dilma não tem mais nada a perder. Nem mesmo a vergonha de colocar o seu governo pública e definitivamente na quadrilha.
