APOSTO NO DELATOR
Dilma repudia com veemência e indignação a delação de Delcídio Amaral o Tal. Aécio diz que citações sobre ele feitas por Delcídio "são todas falsas". Inda que mal pergunte, afinal quem é aqui o delator premiado? Aécio é delator premiado? Dilma é delatora premiada? Então não tem jeito. Aposto todas as fichas no delator. Ele sabe o quanto dói uma cadeia.
MAIS NA DELAÇÃO
DO QUE NO SÍTIO
No resumo da delação premiada de Delcídio do Amaral o Tal, o nome de Lula é citado 186 vezes. Quer dizer, Lula compareceu à delação de Delcídio 75 vezes mais do que os 111 prazerosos passeios que ele fez com a família ao sítio dos amigos em Atibaia.
PALÁCIO MANTÉM ESTRATÉGIA DO LULA MINISTRO:
DILMA E LULA SÃO APENAS BONS INIMIGOS
O Planalto não desistiu da estratégia de reduzir Dilma à mais simples expressão de coadjuvante e promover Lula a primeiro-ministro desse arremedo de democracia parlamentarista de gaveta.
Como Lula vai ser mesmo uma espécie de primeiro-ministro, conforme alardeia de boca cheia e torta o Rui Falcão, presidente do PT, o regime vira ditadura e o Lula, ditador.
E é fácil de se explicar. Se o governo do PT reconhece que Lula é "na prática" o primeiro-ministro, Dilma é, na teoria, a rainha da Inglaterra nesse Brasil da Silva.
Lula vai ser o ministro mandão do governo, sem ter sido eleito com um voto, um mísero voto sequer.
Não pode ser trocado, caso seja um péssimo primeiro-ministro, como de fato o será, porque tem tudo para sê-lo (epa!). E então, estaremos em plena ditadura, nas mãos de Lula o pequeno ditador.
Isso não quer dizer lá essas coisas, não. Não tem nada mais além da tramoia para livrar Lula da Vara de Moro e colocá-lo na barra do Supremo Aparelho Federa, no colo de Lewandowski, o mais distante possível da cadeia.
Quer também dizer, é claro, que assim se consolidará inevitável e singelamente a retomada do poder por Lula - aquele que nunca largou o osso; aquele que não suporta ser o lheguelhé que é hoje; aquele que não aguenta não valer nada mais do que valem os brasileiros comuns.
Mas, no meio disso tudo, Dilma e Lula continuam sendo apenas bons inimigos. Com os dois dentro do Palácio fica mais fácil de um comer o outro. No bom sentido, é claro. A gente está falando de autofagia; de canibalismo pornopolítico, nada mais.
Quanto à nação brasileira, essa sim será literalmente comida. No pior sentido da comilança. Estaremos todos comidos e mal pagos.