O CONTRAGOLPE IMORAL E
AS GRAÇAS DO ESCAPULÁRIO
Ao defender a tese de que o impeachment é golpe, Lula da Silva - candidato a presidente de honra do Brasil - demonstra que conseguiu passar o recado direitinho para Dilma Vana. E o surpreendente é que ela assimilou; dessa vez conseguiu decorar a lição.
Ele e ela falam exatamente a mesma coisa quando chamam o impeachment de golpe. E a lenga-lenga é a mesmíssima:
"As contas (pedaladas) são de 2015 e nem foram apreciadas pelo Congresso. Portanto, impeachment sem crime de responsabilidade é golpe".
Quer dizer, para esse tipo de ilusionistas, "pedalar" é o de menos; para esse tipo de sevandijas, não prestar contas é o que há de normal; retardar a apreciação dos malfeitos pelo Congresso pode até nem ser legítimo, mas que é legal, ah, é legal.
Vampará com isso! Essa gente acha que um crime cometido no ano passado e em outros anos também é apenas um pecadilho de prazo vencido e digno do perdão de qualquer vigário no primeiro confessionário livre na missa das dez.
No jeito lulodilmático de ver as coisas, não carece de penitência e o pecador garante o seu lugar ao lado das mais santas almas vivas desse mundo incrível, fantástico, extraordinário, estarrecedor.
Se o Palácio do Planalto fosse um mosteiro, Dilma Vana e seu presidente de honra, o Lula, estariam santificados e protegidos pelas bençãos, pela copiosa chuva de graças do escapulário.
Ao invés de impeachment e prisão em regime fechado, eles teriam lugar garantido no céu.
RODAPÉ- Pelo que aprendi fora do catecismo de Lula, o escapulário é nesta Era Cristã, o símbolo de absolvição dos maiores pecados dessa vida; ele garante que o sepulcro de quem o usa permaneça incorrupto.